Conflito Para Lá da Muralha

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O Conflito Para Lá da Muralha, é o nome do conflito que ainda está ocorrendo na região da Muralha; a mais antiga e poderosa estrutura defensiva construída pelo homem. Seu principal objetivo era defender os reinos dos homens de um possível retorno dos Outros, seres terríveis que assolaram Westeros durante a Longa Noite. Desde então, a Patrulha da Noite ficou de guarda por oito mil anos, defendendo Westeros das ameaças que vinham do norte da Muralha. Durante esse tempo, o propósito inicial da Patrulha se perdeu, e eles passaram a combater os selvagens, humanos que vivem ao Para Lá da Muralha. Ocasionalmente formando grupos de ataque, os selvagens tentam atravessar a Muralha em direção às terras ricas e quentes ao sul, ou para simplesmente escapar dos terrores da região.

A maior parte dos eventos desse conflito de três lados se passa no extremo Norte dos Sete Reinos, sendo assim desconhecido da maior parte da população, principalmente no decorrer da Guerra dos Cinco Reis que assolou o continente. Não é de se estranhar que essa guerra não tenha recebido um nome oficial nos livros. Apesar disso, o conflito parece ser uma peça fundamental no destino do continente inteiro.

A decadência da Patrulha da Noite

Antes do Desembarque de Aegon, a Patrulha da Noite ostentava dezenove castelos ao longo de uma centena de léguas da Muralha e contava com cerca de dez mil guerreiros, morando cinco mil homens em Castelo Negro com seus cavalos, servos e equipamentos. Porém, esse poderio foi se esvaindo nos últimos trezentos anos, de modo que durante os eventos de As Crônicas de Gelo e Fogo apenas três castelos ainda são guarnecidos: Castelo Negro, localizado na porção central da Muralha e com seiscentos homens; a Torre Sombria no extremo oeste, ligando a Muralha às montanhas, com cerca de duzentos homens; e Atalaialeste do Mar no extremo leste com menos homens ainda. Apenas um terço do total corresponde a guerreiros.

O 997º Senhor Comandante da Patrulha da Noite, Jeor Mormont, estava profundamente preocupado com essa decadência no poder da Patrulha e com os crescentes ataques dos selvagens Para Lá da Muralha. Ele tentou compensar sua falta de homens criando um sistema de patrulhas aleatório, variando o número de patrulheiros e os dias de patrulha para dificultar que os selvagens percebessem um padrão de idas e vindas. Às vezes ele enviava uma força maior para guarnecer um dos castelos abandonados por um período também.

O Rei Para Lá da Muralha e a Grande Patrulha

Ver também: Mance Rayder e Grande Patrulha

Antes mesmo da Rebelião de Robert, Mance Rayder, o Rei Para Lá da Muralha, começou a reunir os selvagens em torno de si numa tentativa de conseguir proteção contra os ataques dos Outros e de encontrar o Berrante de Joramun. O Berrante serviria como um trunfo diante da Patrulha da Noite, já que a lenda dizia que a Muralha ruiria se ele fosse tocado. Enquanto a maioria das pessoas acreditavam que o Berrante era uma lenda, Mance achava que ele realmente existia e que seria encontrado nas entranhas das geladas Presas de Gelo.

Após o desaparecimento de um grupo de patruleiros liderados por Sor Waymar Royce, um segundo grupo, liderado pelo Primeiro Patrulheiro Benjen Stark, partiu com a missão de encontrar o grupo de Royce e descobrir para onde estavam indo os selvagens. Esse grupo também desapareceu, de modo que o Senhor Comandante Jeor Mormont organizou uma expedição com trezentos irmãos (uma junção de homens de Castelo Negro e da Torre Sombria) e a liderou até o Punho dos Primeiros Homens, uma fortaleza ancestral.

Mormont despachou grupos de batedores para sondar a região. Um desses grupos, era liderado pelo experiente patrulheiro Qhorin Meia-Mão e composto por meia dúzia de patrulheiros, entre eles Jon Snow. O grupo encontrou uma enorme hoste de selvagens reunida nas Presas de Gelo e decidiu retornar para avisar a Mormont. Foram caçados e capturados por selvagens um a um, até que sobraram apenas Meia-Mão e Jon Snow. Nesse momento, Qhorin decidiu que pelo menos um patrulheiro de seu grupo devia sobreviver para avisar a Mormont da ameaça que descia das Presas de Gelo. Ele instruiu Jon a se infiltrar entre os selvagens e permitiu que o garoto o matasse num duelo, garantindo a confiança do inimigo. Com a destruição do grupo de Meia-Mão e a impossibilidade de Jon escapar a tempo, o Senhor Comandante não foi avisado sobre a ameaça que descia das Presas de Gelo.

O Desastre do Punho dos Primeiros Homens

Veja também: Batalha do Punho dos Primeiros Homens e Motim na Fortaleza de Craster

Enquanto a Patrulha estava no Punho, seu alto comando se viu num acalorado debate acerca de qual curso de ação eles deviam tomar para lidar com a ameaça de Mance Rayder. Alguns, como Thoren Smallwood, defendiam atacar a hoste selvagem em sua linha de marcha. Outros acreditavam que seria melhor retornar à Muralha e preparar uma defesa. A corrente de Smallwood venceu e Mormont decidiu enfrentar Rayder diretamente, mas seus planos foram frustrados por um repentino ataque dos Outros. Tais criaturas antigas lideravam hostes de mortos-vivos, sendo estes selvagens e patrulheiros caídos.

As flechas não tinham efeito contra as criaturas, de modo que Mormont ordenou que os combatessem com fogo. Isso atrasou os atacantes, mas não os venceu. As defesas do Punho foram sobrepujadas, e as criaturas subiram pelas encostas íngremes sem dificuldades.

Num último ato de desespero, Mormont ordenou a retirada. Montados, os patrulheiros realizaram um movimento em cunha e atravessaram a horda de criaturas. Cinquenta patrulheiros deixaram o Punho dos Primeiros Homens, tendo perdido a melhor parte de sua força guerreira.

Mormont liderou uma marcha forçada embaixo da nevasca e do constante ataque das criaturas até chegar na Fortaleza de Craster, um conhecido selvagem e amigo da Patrulha. Ali, a avareza e os maus modos de Craster, aliados à exaustão e fome dos patrulheiros, culminou num terrível motim, no qual alguns patrulheiros mataram Craster, o Senhor Comandante, e muitos outros. Em menor número do que os amotinados, os patrulheiros leais fugiram para a Muralha para relatar o desastre que ocorrera com a Grande Patrulha.

O ataque de Rayder à Muralha

Veja também: Batalha de Castelo Negro e Batalha da Ponte das Caveiras

Ao saber do Desastre no Punho, Mance iniciou sua marcha até a Muralha. Ele decidiu simular ataques em diversos pontos para atrair e espalhar os homens de Castelo Negro e da Torre Sombria enquanto enviava um grupo especial com a missão de escalar a Muralha e abrir o portão em Castelo Negro. O Senhor Intendente Bowen Marsh caiu na armadilha e reuniu a guarnição de Castelo Negro, deixando para trás os velhos, os doentes e os demasiado verdes.

Depois de seu ataque pelo sul falhar, Mance reuniu seu exército e atacou a Muralha pelo norte por diversos dias até a chegada do Rei Stannis Baratheon, que viera de Atalaialeste do Mar. Seus cavaleiros montados quebraram a hoste de Mance e capturaram o Rei Para Lá da Muralha.

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