Mudanças entre as edições de "A Tormenta de Espadas - Capítulo 23"
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+ | [[Arquivo:Daenerys II Storm Swords Gary Gianni.jpg|thumb|350px|left|[[Daenerys Targaryen]], [[Kraznys mo Nakloz]], [[Missandei]] e outros. Arte extraída de 'A Tormenta de Espadas - Edição Ilustrada', por [[:Categoria:Imagens por Gary Gianni|Gary Gianni]] ©. ]] | ||
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+ | [[Daenerys Targaryen]] está na [[Praça do Orgulho]] em [[Astapor]] com um dos donos de [[escravos]]. Está muito quente. No centro da praça há uma fonte de tijolos vermelhos na qual está entronizada uma harpia de bronze com seis metros de altura e uma corrente pesada com algemas abertas penduradas em suas garras. A harpia é na verdade o símbolo da [[Antiga Ghis]]: A cidade velha foi vítima da então jovem [[Cidade Franca de Valíria | Valíria]] há 5000 anos, e os conquistadores trataram cruelmente a cidade caída: os muros foram quebrados e arrastados, sal foi espalhado nos campos, e os habitantes massacrados. Os [[Astapor|Astapori]] são mestiços e falam a [[alto valiriano|língua valiriana]] com sotaque. | ||
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+ | Daenerys, com a ajuda de uma tradutora, negocia com [[Kraznys mo Nakloz]], um traficante de escravos, o preço de alguns [[imaculados]]. Daenerys, a conselho de Sor [[Jorah Mormont]], finge não entender a língua valiriana, e o escravagista continuamente insulta Daenerys durante toda a negociação. A [[Missandei | tradutora]] de dez anos faz o possível para ser educada com Daenerys e não traduz o abuso. A menina vem de [[Naath]]. Daenerys responde na [[língua comum]] e na [[língua dothraki]]. Daenerys pergunta como os imaculados são treinada. Aborrecido, o traficante de escravos conta a Daenerys, por meio de Missandei, como é o treinamento, ao final do qual os imaculados lutam com lanças, escudos e espadas curtas. Daenerys observa que o exército veste apenas uma tanga no calor sufocante, o que não parece incomodá-los. Seu treinamento começa cedo: eles são selecionados quando crianças, com base no tamanho, velocidade e força. Aos cinco anos, têm que praticar com armas de manhã à noite. Apenas um em cada três meninos sobrevive. No final do treinamento, eles recebem seu capacete com ponta de espigão. Kraznys exorta Missandei a relatar que eles ficam parados ali dia e noite, sem comida ou bebida, e que permanecem até cairem ou receberem novas ordens. | ||
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+ | Tanto Daenerys quanto [[Barristan Selmy|Arstan]] ficam chocados com as condições em que os imaculados vivem, e com as condições de treinamento quase desumanas. Arstan não queria navegar para Astapor e também não acredita em exércitos de escravos. Seus [[companheiros de sangue]] estão protegendo-os na praça, e Sor [[Jorah Mormont]] permaneceu a bordo do [[Balerion (navio) | Balerion]] para proteger os dragões. Arstan diz que acha a obsessão dos imaculados com o dever insana, e Missandei traduz a responda de Kraznys, dizendo que a "obediência" típica dos imaculados é o motivo por serem famosos. | ||
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+ | ===Kraznys descreve a formação dos imaculados=== | ||
+ | Daenerys percorre a fileira de soldados escravos. Ela pode dizer pelos olhos e pela cor da pele de metade dos soldados que eles são [[dothraki]] ou [[lhazarenos]], mas outros vêm das [[Cidades Livres]], de [[Qarth]] ou das [[Ilhas de Verão]]. Existem também homens com uma aparência semelhante a Kraznys, pele âmbar e cabelos ruivos e negros: eles são o antigo povo de Ghis que se autodenominam filhos da Harpia. Os soldados têm entre 14 e 20 anos. Todos os seus olhos têm a mesma expressão, não importa a cor que sejam. Daenerys pergunta por que eles são sendo castrados: Kraznys responde que embora eles não alcancem a força de um homem "normal", eles são obedientes e fortes como grupo. Todo homem forte comum é como um touro, e touros morrem todos os dias nas arenas. Quando Arstan afirma que todo homem sente medo da mutilação, Kraznys dá uma chicotada em um dos imaculados e pergunta se ele quer outra. Quando o escravo responde impassível que quer o que seu mestre deseja, Kraznys ergue o chicote novamente, mas Daenerys o impede de atacar e elogia sua bravura. Kraznys afirma que não tem nada a ver com bravura e ordena que outro imaculado lhe dê sua espada curta. Kraznys então desenha um longo ferimento em seu peito e esfaqueia seu mamilo, fazendo-o cair. Quando Kraznys devolve ao imaculado sua espada, o escravo até mesmo agradeceu por ter servido a Kraznys. Missandei explica a Daenerys que todos os dias após a mutilação, os imaculados bebe o [[vinho da coragem]], uma bebida feita a partir de [[beladona]], larvas de [[mosca de sangue|mosca-de-sangue]], raízes de lótus-negra e muitas coisas secretas. No caso da mutilação - ao contrário de [[Yunkai]] ou [[Meereen]] - o pênis também seria cortado, pois às vezes poderia ser levado a uma ereção sem testículos e só causaria problemas. Kraznys, surpreso, pergunta sobre certas ordens em Westeros onde os votos seriam feitos e os homens então viviam em castidade, e Arstan conta a ele sobre os [[meistres]] da [[Cidadela]], os [[septões]] e [[septã]]s da [[Fé dos Sete]], as [[irmãs silenciosas]], a [[Guarda Real]] e a [[Patrulha da Noite]]. Kraznys zomba disso porque acha que os homens não deveriam viver assim. | ||
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+ | Quando Arstan afirma que há outras coisas que podem tentar um homem, o traficante de escravos responde que os imaculados não está interessada em saquear, eles nem mesmo têm nomes: eles são chamados de maneiras diferentes a cada dia, por exemplo, "Pulga Vermelha" , "Rato Preto" ou "Pulga Marrom". Cada nome é indicado em um pequeno disco de bronze no cinto da espada. Os discos com os nomes são atirados dentro de um barril vazio ao terminarem os deveres do dia, e ao nascer do dia sorteados novamente. Aqueles que não conseguem memorizar um nome diferente a cada dia são excluídos do treino, junto com os que não conseguiram correm com as bagagens, escalar uma montanha à noite, caminhar sobre brasas ou matar uma criança. Quando Daenerys pergunta sobre matar crianças, Kraznys explica que os imaculados devem ir ao mercado como o teste final antes de receber o capacete de espigão, comprar um recém-nascido com uma marca de prata e matá-lo na frente de sua mãe. Outro teste é a morte de um cachorro, que toda imaculado recebe com sua mutilação e do qual deve cuidar por um ano. Se um menino não consegue matar o cachorro depois de um ano, ele é morto e dado de comida aos outros cães. Finalmente, Daenerys pergunta o que aconteceria se eles recebessem a liberdade, mas Kraznys afirma que os imaculados não abandonam suas funções mesmo se a liberdade for oferecida. | ||
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+ | O traficante de escravos diz que possui atualmente 8.000 soldados que concluíram o treinamento. Eles só seriam vendidos às centenas ou aos milhares. Daenerys quer pensar na oferta por uma noite. Ela se vira para Arstan e pede sua opinião, embora ela já saiba como ele pensa. Ela quer que Kraznys ouça o que ele tem a dizer. Arstan é contra o uso de escravos porque eles poderiam comprar mercenários nas [[Cidades Livres]]. Ele afirma que se ela chegasse a [[Westeros]] com um exército de escravos, muitos entrariam em oposição simplesmente porque eram contra a [[escravidão]]. Tanto a [[Fé dos Sete]] quanto a [[Deuses Antigos|crença dos deuses antigos]] abominariam a escravidão. Ele defende deixar os dragões crescerem em Pentos, enquanto [[Magíster]] [[Illyrio Mopatis]] a auxilia a receber os senhores de Westeros com quem ela pretende fazer alianças. | ||
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+ | Como despedida, Kraznys se oferece para mostrar a cidade a ela. Enquanto ele pondera em voz alta sobre como seduzir Daenerys, e Missandei traduz brandamente a grosseria, reverenciando as atrações da cidade. | ||
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+ | Ela dá o braço a Arstan e se deixa levar até a liteira, onde [[Aggo]] e [[Jhogo]] estão esperando por ela. Arstan se junta a ela na liteira, e Daenerys deixa as cortinas de lado para ver um pouco da cidade. Jhogo empurra as pessoas para o lado com seu chicote até que Daenerys pede que ele não o faça, pois eles acham que as pessoas já ouviram o estalar do chicote suficiente. Arstan explica a Daenerys que em Westeros dizem que Astapor é feita de tijolos e sangue, e que seu povo também é feito de tijolos e sangue. Mais uma vez, ele pede a Daenerys para deixar a cidade o mais rápido possível e, em vez dos escravos guerreiros, comprar mercenários em [[Pentos]], [[Myr]] ou [[Tyrosh]], mas Daenerys é muito orgulhosa para voltar como um mendiga a Pentos, enquanto ela se lembra do que mendigar fez de seu irmão [[Viserys Targaryen]]. Ela também se lembra de seu irmão a vendendo para [[Khal]] [[Drogo]]. Quando Arstan se desculpa, Daenerys se acalma, dizendo que ela tem o temperamento de dragões e que ela apreciaria seus conselhos honestos. Ela se pergunta por que Sor Jorah suspeita tanto do velho e suspeita que ele possa estar com ciúmes. | ||
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+ | Ela pensa no incidente no [[Balerion (navio) | Balerion]] quando ele a beijou e sente-se irritada com isso. Ela também percebe que ele vai fazer isso de novo, então ela sempre se certifica de que nunca está sozinha com Sor Jorah. Por outro lado, o beijo despertou nela uma saudade que não sentia desde a morte de Drogo. E então ela sempre sonha com um jovem amante desconhecido à noite. Certa vez, um sonho a excitou tanto que ela acordou e usou a mão, embora [[Irri]] estivesse deitada ao lado dela. Mas quando ela acidentalmente acordou Irri, sua empregada a ajudou a um rápido clímax. | ||
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+ | Daenerys chega à baía, onde estão as mais belas e maiores pirâmides de tijolos da cidade, em cujos terraços até árvores e plantas crescem. [[Belwas]] senta-se em um alto pilar e come um cachorro no espeto. Daenerys vai para o convés do Balerion. Sor Jorah os espera lá. Ele relata que os astapori apareceram e checaram sua carga com muito cuidado. Quando ele pergunta a ela sobre os escravos guerreiros, ela reage com raiva e diz que eles não são homens de verdade, mas eunucos com olhos mortos que nem mesmo tinham nomes. Sor Jorah tenta defender os imaculados e destacar sua utilidade, e Daenerys encontra lágrimas nos olhos. Para evitar que chore, ela dá um tapa na cara de Sor Jorah. Ela diz que ele nunca deveria tê-la levado para essa cidade ruim, mas pensa no beijo e na aparência dele. Toda a tripulação faz uma pausa e os observa. Sor Jorah pede desculpas e quer instruir o capitão [[Groleo]] a zarpar com a maré vespertina, mas Daenerys o contradiz: ela gostaria de zarpar imediatamente, mas os 8000 imaculados são muito valiosos e agora ela deve encontrar uma maneira para poder pagá-los. Em seguida, ela desaparece na cabine do capitão. | ||
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+ | Seus dragões o recebem com impaciência. Irri explica que eles ficaram inquietos quando Daenerys se foi: [[Drogon]] tentou escapar quando os comerciantes de escravos vieram vê-los e mordeu Irri, e [[Viserion]] arrancou lascas da porta com as garras. Os Dothraki e os cavalors abaixo do convés também estão inquietos e se sentem desconfortáveis no navio. Irri percebe que Daenerys está triste e se oferece para satisfazê-la novamente, mas Daenerys se recusa, lembrando-a de que ela não é uma escrava de cama, mas livre. Irri responde que gosta de fazer isso e que é uma honra para ela. Daenerys se recusa novamente e quer ficar sozinha. | ||
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+ | Só ao anoitecer ela volta a bordo e observa a cidade junta à amurada. Agora a cidade está quase linda. Sor Jorah se aproxima dela e diz a ela que [[Aegon I Targaryen]] teve que conquistar o [[Trono de Ferro]] com aço e fogo de dragão, e que isso envolve derramamento de sangue. Os reis do [[Vale]], do [[Terras Ocidentais|Rochedo]], e da [[Campina]] não teriam se rendido sem resistência. Daenerys pensa nas palavras da [[Casa Targaryen]], "fogo e sangue", mas sente que é injusto derramar o sangue de inocentes, como os imaculados. Sor Jorah responde que pelo menos ela não deve esperar estupros dos imaculados em [[Porto Real]]. Daenerys pergunta por que os Dothraki nunca tomaram a cidade, tão mal fortificada. Sor Jorah explica que, embora os mestres da cidade afirmem ser de descendência antiga e bons comandantes, eles apenas enviariam imaculados para a batalha, e os Dothraki ainda se lembram da [[Batalha de Qohor]]. Além disso, se matassem os comerciantes, não poderiam mais vender escravos. As cidades escravas, bem como Pentos, [[Norvos]] e Myr pagam tributos generosos aos Dothraki. As outras duas cidades escravas, Meereen e Yunkai, competem entre si, mas não são inimigas. E desde a [[Perdição de Valíria]], as piores contendas também foram extintas. No leste, existem apenas outros ghiscari e os [[lhazareenos]] que são pacíficos. | ||
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+ | [[nl:Daenerys II (Een Storm van Zwaarden)]] | ||
+ | [[ru:Буря мечей, Дейнерис II]] | ||
+ | [[zh:冰雨的风暴-章节 23]] |
Edição atual tal como às 02h56min de 14 de novembro de 2020
Daenerys II | ||||||||||
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Capítulo de A Tormenta de Espadas | ||||||||||
PDV | Daenerys | |||||||||
Local | Astapor, Essos | |||||||||
Página | 240-254 PT-BR Leya (Outras versões) | |||||||||
Cena | . (Série HBO) | |||||||||
Cronologia dos capítulos (Todos) | ||||||||||
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Daenerys inspeciona os imaculados em Astapor.
Índice
Sinopse
Daenerys examina os imaculados
Daenerys Targaryen está na Praça do Orgulho em Astapor com um dos donos de escravos. Está muito quente. No centro da praça há uma fonte de tijolos vermelhos na qual está entronizada uma harpia de bronze com seis metros de altura e uma corrente pesada com algemas abertas penduradas em suas garras. A harpia é na verdade o símbolo da Antiga Ghis: A cidade velha foi vítima da então jovem Valíria há 5000 anos, e os conquistadores trataram cruelmente a cidade caída: os muros foram quebrados e arrastados, sal foi espalhado nos campos, e os habitantes massacrados. Os Astapori são mestiços e falam a língua valiriana com sotaque.
Daenerys, com a ajuda de uma tradutora, negocia com Kraznys mo Nakloz, um traficante de escravos, o preço de alguns imaculados. Daenerys, a conselho de Sor Jorah Mormont, finge não entender a língua valiriana, e o escravagista continuamente insulta Daenerys durante toda a negociação. A tradutora de dez anos faz o possível para ser educada com Daenerys e não traduz o abuso. A menina vem de Naath. Daenerys responde na língua comum e na língua dothraki. Daenerys pergunta como os imaculados são treinada. Aborrecido, o traficante de escravos conta a Daenerys, por meio de Missandei, como é o treinamento, ao final do qual os imaculados lutam com lanças, escudos e espadas curtas. Daenerys observa que o exército veste apenas uma tanga no calor sufocante, o que não parece incomodá-los. Seu treinamento começa cedo: eles são selecionados quando crianças, com base no tamanho, velocidade e força. Aos cinco anos, têm que praticar com armas de manhã à noite. Apenas um em cada três meninos sobrevive. No final do treinamento, eles recebem seu capacete com ponta de espigão. Kraznys exorta Missandei a relatar que eles ficam parados ali dia e noite, sem comida ou bebida, e que permanecem até cairem ou receberem novas ordens.
Tanto Daenerys quanto Arstan ficam chocados com as condições em que os imaculados vivem, e com as condições de treinamento quase desumanas. Arstan não queria navegar para Astapor e também não acredita em exércitos de escravos. Seus companheiros de sangue estão protegendo-os na praça, e Sor Jorah Mormont permaneceu a bordo do Balerion para proteger os dragões. Arstan diz que acha a obsessão dos imaculados com o dever insana, e Missandei traduz a responda de Kraznys, dizendo que a "obediência" típica dos imaculados é o motivo por serem famosos.
Kraznys descreve a formação dos imaculados
Daenerys percorre a fileira de soldados escravos. Ela pode dizer pelos olhos e pela cor da pele de metade dos soldados que eles são dothraki ou lhazarenos, mas outros vêm das Cidades Livres, de Qarth ou das Ilhas de Verão. Existem também homens com uma aparência semelhante a Kraznys, pele âmbar e cabelos ruivos e negros: eles são o antigo povo de Ghis que se autodenominam filhos da Harpia. Os soldados têm entre 14 e 20 anos. Todos os seus olhos têm a mesma expressão, não importa a cor que sejam. Daenerys pergunta por que eles são sendo castrados: Kraznys responde que embora eles não alcancem a força de um homem "normal", eles são obedientes e fortes como grupo. Todo homem forte comum é como um touro, e touros morrem todos os dias nas arenas. Quando Arstan afirma que todo homem sente medo da mutilação, Kraznys dá uma chicotada em um dos imaculados e pergunta se ele quer outra. Quando o escravo responde impassível que quer o que seu mestre deseja, Kraznys ergue o chicote novamente, mas Daenerys o impede de atacar e elogia sua bravura. Kraznys afirma que não tem nada a ver com bravura e ordena que outro imaculado lhe dê sua espada curta. Kraznys então desenha um longo ferimento em seu peito e esfaqueia seu mamilo, fazendo-o cair. Quando Kraznys devolve ao imaculado sua espada, o escravo até mesmo agradeceu por ter servido a Kraznys. Missandei explica a Daenerys que todos os dias após a mutilação, os imaculados bebe o vinho da coragem, uma bebida feita a partir de beladona, larvas de mosca-de-sangue, raízes de lótus-negra e muitas coisas secretas. No caso da mutilação - ao contrário de Yunkai ou Meereen - o pênis também seria cortado, pois às vezes poderia ser levado a uma ereção sem testículos e só causaria problemas. Kraznys, surpreso, pergunta sobre certas ordens em Westeros onde os votos seriam feitos e os homens então viviam em castidade, e Arstan conta a ele sobre os meistres da Cidadela, os septões e septãs da Fé dos Sete, as irmãs silenciosas, a Guarda Real e a Patrulha da Noite. Kraznys zomba disso porque acha que os homens não deveriam viver assim.
Quando Arstan afirma que há outras coisas que podem tentar um homem, o traficante de escravos responde que os imaculados não está interessada em saquear, eles nem mesmo têm nomes: eles são chamados de maneiras diferentes a cada dia, por exemplo, "Pulga Vermelha" , "Rato Preto" ou "Pulga Marrom". Cada nome é indicado em um pequeno disco de bronze no cinto da espada. Os discos com os nomes são atirados dentro de um barril vazio ao terminarem os deveres do dia, e ao nascer do dia sorteados novamente. Aqueles que não conseguem memorizar um nome diferente a cada dia são excluídos do treino, junto com os que não conseguiram correm com as bagagens, escalar uma montanha à noite, caminhar sobre brasas ou matar uma criança. Quando Daenerys pergunta sobre matar crianças, Kraznys explica que os imaculados devem ir ao mercado como o teste final antes de receber o capacete de espigão, comprar um recém-nascido com uma marca de prata e matá-lo na frente de sua mãe. Outro teste é a morte de um cachorro, que toda imaculado recebe com sua mutilação e do qual deve cuidar por um ano. Se um menino não consegue matar o cachorro depois de um ano, ele é morto e dado de comida aos outros cães. Finalmente, Daenerys pergunta o que aconteceria se eles recebessem a liberdade, mas Kraznys afirma que os imaculados não abandonam suas funções mesmo se a liberdade for oferecida.
O traficante de escravos diz que possui atualmente 8.000 soldados que concluíram o treinamento. Eles só seriam vendidos às centenas ou aos milhares. Daenerys quer pensar na oferta por uma noite. Ela se vira para Arstan e pede sua opinião, embora ela já saiba como ele pensa. Ela quer que Kraznys ouça o que ele tem a dizer. Arstan é contra o uso de escravos porque eles poderiam comprar mercenários nas Cidades Livres. Ele afirma que se ela chegasse a Westeros com um exército de escravos, muitos entrariam em oposição simplesmente porque eram contra a escravidão. Tanto a Fé dos Sete quanto a crença dos deuses antigos abominariam a escravidão. Ele defende deixar os dragões crescerem em Pentos, enquanto Magíster Illyrio Mopatis a auxilia a receber os senhores de Westeros com quem ela pretende fazer alianças.
Como despedida, Kraznys se oferece para mostrar a cidade a ela. Enquanto ele pondera em voz alta sobre como seduzir Daenerys, e Missandei traduz brandamente a grosseria, reverenciando as atrações da cidade.
Daenerys passeia por Astapor
Ela dá o braço a Arstan e se deixa levar até a liteira, onde Aggo e Jhogo estão esperando por ela. Arstan se junta a ela na liteira, e Daenerys deixa as cortinas de lado para ver um pouco da cidade. Jhogo empurra as pessoas para o lado com seu chicote até que Daenerys pede que ele não o faça, pois eles acham que as pessoas já ouviram o estalar do chicote suficiente. Arstan explica a Daenerys que em Westeros dizem que Astapor é feita de tijolos e sangue, e que seu povo também é feito de tijolos e sangue. Mais uma vez, ele pede a Daenerys para deixar a cidade o mais rápido possível e, em vez dos escravos guerreiros, comprar mercenários em Pentos, Myr ou Tyrosh, mas Daenerys é muito orgulhosa para voltar como um mendiga a Pentos, enquanto ela se lembra do que mendigar fez de seu irmão Viserys Targaryen. Ela também se lembra de seu irmão a vendendo para Khal Drogo. Quando Arstan se desculpa, Daenerys se acalma, dizendo que ela tem o temperamento de dragões e que ela apreciaria seus conselhos honestos. Ela se pergunta por que Sor Jorah suspeita tanto do velho e suspeita que ele possa estar com ciúmes.
Ela pensa no incidente no Balerion quando ele a beijou e sente-se irritada com isso. Ela também percebe que ele vai fazer isso de novo, então ela sempre se certifica de que nunca está sozinha com Sor Jorah. Por outro lado, o beijo despertou nela uma saudade que não sentia desde a morte de Drogo. E então ela sempre sonha com um jovem amante desconhecido à noite. Certa vez, um sonho a excitou tanto que ela acordou e usou a mão, embora Irri estivesse deitada ao lado dela. Mas quando ela acidentalmente acordou Irri, sua empregada a ajudou a um rápido clímax.
Daenerys retorna ao Balerion
Daenerys chega à baía, onde estão as mais belas e maiores pirâmides de tijolos da cidade, em cujos terraços até árvores e plantas crescem. Belwas senta-se em um alto pilar e come um cachorro no espeto. Daenerys vai para o convés do Balerion. Sor Jorah os espera lá. Ele relata que os astapori apareceram e checaram sua carga com muito cuidado. Quando ele pergunta a ela sobre os escravos guerreiros, ela reage com raiva e diz que eles não são homens de verdade, mas eunucos com olhos mortos que nem mesmo tinham nomes. Sor Jorah tenta defender os imaculados e destacar sua utilidade, e Daenerys encontra lágrimas nos olhos. Para evitar que chore, ela dá um tapa na cara de Sor Jorah. Ela diz que ele nunca deveria tê-la levado para essa cidade ruim, mas pensa no beijo e na aparência dele. Toda a tripulação faz uma pausa e os observa. Sor Jorah pede desculpas e quer instruir o capitão Groleo a zarpar com a maré vespertina, mas Daenerys o contradiz: ela gostaria de zarpar imediatamente, mas os 8000 imaculados são muito valiosos e agora ela deve encontrar uma maneira para poder pagá-los. Em seguida, ela desaparece na cabine do capitão.
Seus dragões o recebem com impaciência. Irri explica que eles ficaram inquietos quando Daenerys se foi: Drogon tentou escapar quando os comerciantes de escravos vieram vê-los e mordeu Irri, e Viserion arrancou lascas da porta com as garras. Os Dothraki e os cavalors abaixo do convés também estão inquietos e se sentem desconfortáveis no navio. Irri percebe que Daenerys está triste e se oferece para satisfazê-la novamente, mas Daenerys se recusa, lembrando-a de que ela não é uma escrava de cama, mas livre. Irri responde que gosta de fazer isso e que é uma honra para ela. Daenerys se recusa novamente e quer ficar sozinha.
Só ao anoitecer ela volta a bordo e observa a cidade junta à amurada. Agora a cidade está quase linda. Sor Jorah se aproxima dela e diz a ela que Aegon I Targaryen teve que conquistar o Trono de Ferro com aço e fogo de dragão, e que isso envolve derramamento de sangue. Os reis do Vale, do Rochedo, e da Campina não teriam se rendido sem resistência. Daenerys pensa nas palavras da Casa Targaryen, "fogo e sangue", mas sente que é injusto derramar o sangue de inocentes, como os imaculados. Sor Jorah responde que pelo menos ela não deve esperar estupros dos imaculados em Porto Real. Daenerys pergunta por que os Dothraki nunca tomaram a cidade, tão mal fortificada. Sor Jorah explica que, embora os mestres da cidade afirmem ser de descendência antiga e bons comandantes, eles apenas enviariam imaculados para a batalha, e os Dothraki ainda se lembram da Batalha de Qohor. Além disso, se matassem os comerciantes, não poderiam mais vender escravos. As cidades escravas, bem como Pentos, Norvos e Myr pagam tributos generosos aos Dothraki. As outras duas cidades escravas, Meereen e Yunkai, competem entre si, mas não são inimigas. E desde a Perdição de Valíria, as piores contendas também foram extintas. No leste, existem apenas outros ghiscari e os lhazareenos que são pacíficos.
Daenerys diz que seu irmão Viserys comprou e instalou imaculados em sua casa sem hesitação, mas ela se sente mais como Rhaegar. Sor Jorah a lembra que, embora Rhaegar tenha lutado com honra, ele também caiu.
Links externos
- (em inglês) A Read of Ice and Fire: A Storm of Swords, Part 14 por Leigh Butler, resumo e análise do capítulo.
- (em inglês) ASOS Daenerys II na Tower of the Hand, resumo do capítulo.
- (em inglês) Re-read - Daenerys II: Attack of the Clones no Stormsongs.
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