Campanha Targaryen na Baía dos Escravos
A Campanha Targaryen na Baía dos Escravos é um conflito que aconteceu no continente de Essos, principalmente na Baía dos Escravos. Foi iniciado por Daenerys Targaryen quando esta começou uma campanha militar para libertar a região da escravatura. O conflito é descrito principalmente nos livros A Tormenta de Espadas, A Dança dos Dragões e Os Ventos do Inverno.
Prelúdio
Após a morte de Khal Drogo, Daenerys Targaryen conseguiu chocar seus três ovos de dragão em sua pira funerária. Com o khalasar de Drogo se dispersando após a morte do seu líder, Daenerys parte pelo deserto vermelho em uma perigosa jornada. Ela eventualmente chegou na rica cidade de Qarth em busca de apoio mas após a destruição da Casa dos Imortais, ela acaba enfrentando a hostilidade da cidade e é forçada a se retirar com seus poucos companheiros que ainda eram leais a ela, incluindo Jorah Mormont e alguns dothrakis.[1][2] Ela eventualmente recebe ajuda de um eunuco chamado Belwas e um velho guerreiro chamado Arstan Barba-Branca (que mais tarde seria revelado como sendo Barristan Selmy). Estes dois foram enviados por Illyrio Mopatis, que queria que Dany retornasse para Pentos.[2] Contudo, Jorah a convence a ir para Astapor e lá recrutar um exército de escravos imaculados para marchar em Westeros.[3] Daenerys concorda mas ao chegar na cidade ela fica enojada com a escravidão. Apesar de tudo isso, ela aceita os Imaculados e compra mais de 8 000 deles, concordando em dar um dos seus dragões (Drogon) como pagamento.[4]
A guerra
Após concordar em trocar seu maior dragão (Drogon) por cerca de 8 000 Imaculados, Daenerys trai os Grandes Mestres de Astapor e volta seus recém adquiridos guerreiros imaculados contra seus antigos mestres. Drogon se liberta e queima guerreiros e nobres por toda a cidade. Com os outros dois dragões soltos, as defesas da cidade de Astapor são facilmente superadas após uma curta batalha.[4] Uma vez no controle, Dany abole a escravidão na cidade e substitui os seus antigos líderes escravagistas por um conselho de três homens (um curandeiro, um estudioso e um sacerdote). Agora com um exército fortemente armado e bem treinado de imaculados a sua disposição, Daenerys pondera suas próximas opções.[5]
Após a vitória em Astapor, Daenerys oficialmente liberta seus Imaculados e oferece a eles a chance de voluntariamente jurar lealdade a ela ou serem dispensados. A esmagadora maioria decide oferecer seus serviços para ela e é iniciada a marcha em direção a grande cidade escravagista de Yunkai. Por sua vez, os yunkaistas, cientes da queda de Astapor, começam a reunir um exército (formado quase que majoritariamente por escravos) para se defender. Eles também recrutaram várias companhias mercenárias, como os Soprados pelo Vento, Corvos Tormentosos e os Segundos Filhos. Daenerys manda mensageiros para estas duas últimas companhias e convida também os yunkaistas para conversar. Ao tentar fazer com que os Corvos Tormentosos e os Segundos Filhos traiam seus contratantes, ela só recebe como resposta uma recusa e ameaças. Já os líderes de Yunkai oferecem suborno para Dany para que ela se retire com suas tropas, mas ela responde dando a eles três dias para que rendam seus escravos ou ela vai atacar. Daenerys, contudo, planeja ordenar o ataque naquela mesma noite, afirmando que os yunkaistas estariam sob uma falsa sensação de segurança, enquanto os Corvos Tormentosos estariam lutando uns contra os outros e os Segundos Filhos estariam todos bêbados. Porém, pouco antes do ataque, Daario Naharis, um dos comandantes dos Corvos Tormentosos, chega para ela e a presenteia com a cabeça dos outros dois capitães da companhia, Prendahl na Ghezn e Sallor. Ele então oferece seus serviços para Dany e diz que seus homens mudaram de lado com ele. Agora apoiada pelos Corvos Tormentosos, Daenerys ordena que o ataque a Yunkai comece. A batalha é curta e o exército yunkaista se rende rapidamente. Os líderes de Yunkai decidem então atender as exigências de Dany e libertam seus escravos, com ela permitindo que os Sábios Mestres permaneçam no controle da cidade. Daenerys é então aclamada pelos agora escravos libertos, que começam a chama-la de "Mãe" (Mhysa, na língua ghiscari).[6]
Após a conquista de Astapor e Yunkai, estava claro que o próximo passo de Daenerys Targaryen seria marchar para a cidade de Meereen e assim completar a conquista da Baía dos Escravos. Os meereeneses começam a preparar suas defesas, fechando seus portões após trazer todos os suprimentos do campo para dentro da cidade. Pelo menos cento e sessenta e três crianças escravas são crucificadas e exibidas na estrada entre Yunkai e Meereen, como um aviso para Daenerys desistir ou para coibir rebeliões em favor dela. Dany avança com uma multidão de mais de 80 mil pessoas, embora menos de 20 mil tinham algum treinamento militar (incluindo seus Imaculados). Meereen é então cercada. Os nobres locais oferecem combate singular para resolver a questão, mas Belwas (um servo de Dany) acaba matando Oznak zo Pahl, o campeão da cidade. Daenerys então manda homens se infiltrarem em Meereen pelos esgotos para convencer a população a se rebelar. A tática dá certo, com os escravos iniciando uma revolta dentro dos muros da cidade, enquanto os homens de Dany invadem pelo portão leste. Assim como em Astapor e Yunkai, a conquista de Meereen foi uma rápida e decisiva vitória Targaryen.[7][8]
Consequências e eventos posteriores
Após ter conquistado as três principais cidades da Baía dos Escravos (Astapor, Yunkai e Meereen), Daenerys ponderou suas opções e planejou seus próximos passos. A região agora oficialmente havia abolido a escravidão mas a paz não durou muito.
Em Astapor, Cleon assassinou o conselho que Daenerys havia colocado no poder e começa a treinar um exército de escravos. Doença e fome se alastram na região, com os mortos ocupando as ruas da cidade. Ao saber do caos que aflige Astapor, Daenerys decide ficar em Meereen e se coroa como a rainha desta cidade, tomando a Grande Pirâmide como seu novo assento de poder.[8]
Em Yunkai as coisas também não estão melhores. Pouco depois de Daenerys se retirar, a cidade é novamente tomada pelos escravagistas que imediatamente abolem todas as reformas feitas pela rainha (reinstituindo a escravidão, por exemplo).[9] Os Sábios Mestres começam então a reunir um novo exército, recrutando escravos e mercenários de toda Essos para atacar Meereen e acabar com o governo de Daenerys na Baía dos Escravos de uma vez por todas. Yunkai manda então representantes para diversas cidades, como Qarth, para conseguir apoio para enfrentar a rainha.[10] Grazdan mo Eraz viaja para Volantis para persuadir a Tríade (que governa a cidade) a enviar apoio na luta contra Daenerys. Auxílio também vem das cidades de Nova Ghis, Tolos e Elyria, que querem ver a escravidão restaurada na Baía dos Escravos. Mensagens são enviadas até mesmo para os Dothraki.[11]
Enquanto isso, a situação dentro de Meereen também não está muito boa. Um movimento chamado "Filhos da Harpia", liderados por nobres ghiscaris locais, começa a atacar as tropas e os apoiadores de Daenerys após ela se coroar a rainha da cidade.[9] Ela decide então formar uma guarda da cidade, consistida de escravos libertos. Uma guerra interna e sorrateira começa, ceifando muitas vidas.[12]
Então, tropas de Yunkai e Nova Ghis marcham sobre Astapor, causando grande devastação e a fuga de Cleon (que é posteriormente assassinado por seus próprios comandados). Assim, toda a Baía dos Escravos (com exceção de Meereen) estava novamente em mãos dos escravagistas.[12] Logo depois, a cidade de Meereen finalmente é atacada e um prolongado cerco começa.[13][14] Nesse meio tempo, uma epidemia de fluxo sangrento começa a assolar toda a região, causando milhares de mortos nos acampamentos e cidades de todos os lados envolvidos.[14]
Uma tênue trégua é então alcançada quando Daenerys aceita se casar com um nobre (Hizdahr zo Loraq) de uma das Casas mais distintas de Meereen.[15] Uma breve e nervosa paz se segue, mas após Dany sofrer uma tentativa de envenenamento na Arena de Daznak, onde rapidamente se instaura um pandemônio com a chegada do dragão Drogon, as hostilidades voltam a se iniciar na região, pois, logo em seguida, os apoiadores de Daenerys (após ela sumir em meio ao caos nas costas do seu dragão) decidem encarcerar Hizdahr e se preparam para a batalha contra os Yunkaistas e seus aliados.[16][17][18]
Referências
- ↑ A Fúria dos Reis, Capítulo 27, Daenerys.
- ↑ 2,0 2,1 A Fúria dos Reis, Capítulo 63, Daenerys.
- ↑ A Tormenta de Espadas, Capítulo 8, Daenerys.
- ↑ 4,0 4,1 A Tormenta de Espadas, Capítulo 27, Daenerys.
- ↑ A Tormenta de Espadas, Capítulo 49, Catelyn.
- ↑ A Tormenta de Espadas, Capítulo 42, Daenerys.
- ↑ A Tormenta de Espadas, Capítulo 57, Daenerys.
- ↑ 8,0 8,1 A Tormenta de Espadas, Capítulo 71, Daenerys.
- ↑ 9,0 9,1 A Dança dos Dragões, Capítulo 2, Daenerys.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 6, O Homem do Mercador.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 22, Tyrion.
- ↑ 12,0 12,1 A Dança dos Dragões, Capítulo 16, Daenerys.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 25, O Soprado pelo Vento.
- ↑ 14,0 14,1 A Dança dos Dragões, Capítulo 36, Daenerys.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 43, Daenerys.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 47, Tyrion.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 52, Daenerys.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 70, A Mão da Rainha.