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==Características e costumes==
O brasão dos Targaryen é um dragão com três cabeças expelindo chamas, vermelho sobre um fundo negro. O dragão de três cabeças representa Aegon, o Conquistador, e suas duas irmãs, [[Rhaenys Targaryen]] e [[Visenya Targaryen]]. Seu lema é ''"Fogo e Sangue''". {{Ref|aSoS|23}} Embora os reis Targaryen tenham tomado como sede a cidade de [[Porto Real]], lugar onde ocorreu o [[Desembarque de Aegon]], a sede dos herdeiros Targaryen continuou sendo Pedra do Dragão, sua fortaleza ancestral.{{Ref|TWOIAF|12}}
A Casa Targaryen era adepta dos deuses valirianos. Durante a [[Guerra da Conquista]], eles abandonaram sua antiga religião e se converteram à [[Fé dos Sete]], religião predominante em Westeros, e também adotaram vários novos traços culturais para ganharem a simpatia dos [[Lorde|nobres]] e do [[Plebeu|povo comum]] westerosi. No entanto, os Targaryens continuaram a seguir a prática valiriana do [[casamento]] [[Incesto|incestuoso]] entre membros da família, o que garantiria a pureza de sua linhagem e um menor número de pretendentes ao [[Trono de Ferro]].
A expressão "sangue do dragão" se refere às típicas características valirianas dos Targaryen: cabelos loiro-platinados e [[olhos violeta]]. {{Ref|TWOIAF|7}}{{Ref|TWOIAF|91}} Alguns Targaryen também possuem uma alta tolerância ao calor, embora não sejam imunes ao fogo. Outro traço típico dos Targaryen, que também foi herdado pelos [[Casa Blackfyre|Blackfyre]], é a capacidade de ter premonições em seus sonhos. {{Ref|TMK}} [[Aenar Targaryen]] era um nobre de [[Valíria]] de antes da [[Perdição de Valíria|Perdição]] cuja filha donzela, [[Daenys, a Sonhadora]], teve suas visões escritas e publicadas num livro.
Uma possível consequência de suas práticas incestuosas é a propensão dos Targaryen à [[Loucura Targaryen|loucura]]. O Rei [[Jaehaerys II Targaryen]] uma vez disse que cada vez que um novo Targaryen nascia os deuses jogavam uma moeda para decidir se este seria louco ou poderoso.
A Casa Targaryen também adota como costume cremar seus mortos ao invés de enterrá-los. Os Targaryen podem tolerar um pouco mais de calor do que a maioria das pessoas comuns; no entanto, eles não são imunes ao fogo.<ref>[http://web.archive.org/web/20051103091500/nrctc.edu/fhq/vol1iss3/00103009.htm/ "Interview with the Dragon" Copyright © 2003 Robert Shaw.]</ref><ref name=egg>[[So Spake Martin]]: [http://www.westeros.org/Citadel/SSM/Entry/Egg_and_the_Targaryens Egg and the Targaryens (5 de novembro de 1998)]</ref>
===Dragões===
''Ver artigo principal: [[Dragões]]''
Os Targaryen criaram dragões durante uma grande parte de seu reinado em Westeros. Cada dragão foi nomeado e vinculado a um Targaryen específico, que o montava em tempos de guerra ou o usava como meio de transporte. Para alojar seus dragões, a familia construiu uma imensa estrutura em forma de cúpula chamada de [[Fosso do Dragão]]. Os nove dragões nasceram a partir dos três primeiros pertencentes à Aegon, O Conquistador, porém seus números estavam diminuindo devido a mortes em batalhas e por ficarem mais fracos a cada geração. O último dragão Targaryen era deformado e morreu muito jovem.{{Ref|TPATQ}}
Não está muito clara a causa da extinção dos últimos dragões. A lenda diz que [[Aegon III Targaryen|Aegon, Veneno de Dragão]] os envenenou, mas o Arquimeistre [[Marwyn]] sugere que os [[meistres]] da [[Cidadela]] foram, de algum modo, responsáveis. Outros personagens argumentam que criar dragões em lugares fechados não é natural e atrofia seu crescimento.{{Ref|TWOIAF|20}}
==História==
*''Veja também: [[Perdição de Valíria]] e [[Guerra da Conquista]]''
[[Arquivo:Aegon the Conqueror.jpg|thumb|300px|[[Aegon I Targaryen|Aegon, o Conquistador]], o primeiro rei Targaryen a se sentar no [[Trono de Ferro]].]]
A Casa Targaryen era uma das Quarenta Famílias, os chamados [[Senhores de dragões]], da [[Cidade Franca de Valíria]], um grande império que dominou a maior parte do [[Essos|continente oriental]]. Porém, os Targaryen não eram uma das famílias mais poderosas, sendo que a supremacia do império era disputada entre dois outros clãs mais importantes. {{Ref|FAB|A Conquista de Aegon}}{{Ref|twoiaf|6}}
Antes da [[Perdição de Valíria]], [[Daenys Targaryen|Daenys, a Sonhadora]], previu o cataclisma que se seguiria. Seu pai, [[Aenar Targaryen|Aenar]], deu ouvidos à filha e se mudou com a família para o posto mais ocidental do império valiriano, a ilha-fortaleza de [[Pedra do Dragão]]. Para os outros nobres valirianos, isso foi visto como fraqueza. Doze anos depois que os Targaryen haviam se instalado em Pedra do Dragão, ocorreu a Perdição, o que levou a destruição de Valíria e o colapso do império. Os Targaryen foram os únicos senhores de dragões que sobreviveram.{{Ref|twoiaf|10}}{{Ref|FAB|A Conquista de Aegon}}
Aenar havia levado os cinco dragões da família para a ilha, mas quatro morreram em circunstâncias desconhecidas, deixando apenas [[Balerion]]. No entanto, dois ovos foram chocados, originando [[Vhagar]] e [[Meraxes]].{{Ref|FAB|A Conquista de Aegon}}{{Ref|twoiaf|11}}
Durante o [[Século de Sangue]], período de caos e guerras que assolou as regiões que antes eram dominadas pela Cidade Franca, havia pressões para que os Targaryen se unissem a [[Volantis]], a mais antiga das colônias valirianas, que tentava reconstruir o império. Frustrando as expectativas dos volantinos, os Targaryen permaneceram em Pedra do Dragão, conservando suas forças. Já muito depois, quando Volantis tentara conquistar [[Tyrosh]], o jovem [[Aegon I Targaryen|Aegon Targaryen]] voou de Pedra do Dragão em Balerion para esmagar os volantinos.{{Ref|FAB|A Conquista de Aegon}}{{Ref|twoiaf|12}}
Ao invés de se voltar para Essos, Aegon demonstrou maior interesse por [[Westeros]], continente que ele estava determinado a ser tornar o governante. Cem anos após a Perdição, Aegon e suas duas irmãs-esposas, [[Rhaenys Targaryen|Rhaenys]] e [[Visenya Targaryen|Visenya]], seus dragões e um pequeno exército, desembarcaram na [[Baía da Água Negra]], ponto de onde travaram a [[Guerra da Conquista]], unificando seis dos [[Sete Reinos]] e criaram dali uma dinastia que duraria quase trezentos anos. Após as vitórias no campo de batalha, o [[Alto Septão]] ungiu Aegon como rei com seus sete óleos em [[Vilavelha]], legitimando-o como o monarca absoluto. A área onde Aegon desembarcou tornou-se o local da nova capital, [[Porto Real]]. Pedra do Dragão tornou-se a sede do herdeiro do trono. A região em torno ficou conhecida como [[Terras da Coroa]] e Casas como os [[Casa Darklyn|Darklyn]], os [[Casa Velaryon|Velaryon]] e os [[Casa Rosby|Rosby]] passaram a ser vassalos diretos dos Targaryen. Sua maior Casa aliada foi a [[Casa Baratheon]], originada do irmão bastardo de Aegon, [[Orys Baratheon]], que se tornou suserano das [[Terras da Tempestade]]. Apenas [[Dorne]] permaneceu independente, mesmo depois dos dragões de Aegon terem queimado boa parte do seu país durante a [[Primeira Guerra Dornesa]].{{Ref|FAB|A Conquista de Aegon}}{{Ref|FAB|Reinado do Dragão: As guerras do rei Aegon I}}{{Ref|FAB|Três cabeças tinha o dragão: O governo do rei Aegon I}}{{Ref|twoiaf|12}}
===Começo da Dinastia e Revolta da Fé Militante===
*''Veja também: [[Levante da Fé Militante]]''
Apesar de convertidos à Fé, os Targaryen mantinham-se sem prestar contas aos deuses ou aos homens, continuando com sua prática de [[Casamento#Casamentos incestuosos|casamento incestuoso]], um pecado abominável para [[Fé dos Sete#Os Sete|Os Sete]]. Quando Aegon I morreu, trinta e sete anos depois da Conquista, e foi sucedido por seu herdeiro nascido de incesto, [[Aenys I Targaryen]], a poderosa e influente milícia conhecida como [[Fé Militante]] se [[Revolta da Fé Militante|revoltou]] contra o Trono de Ferro Targaryen. À época, a [[Mão do Rei|Mão]] de Aenys era [[Maegor I Targaryen|Maegor Targaryen]], seu truculento meio-irmão que acabou herdando o trono após a morte de Aenys. De forma brutal, Maegor tentou conter a revolta mas não teve êxito. A Fortaleza Vermelha foi construída sob ordens suas durante esse período. O governo de Maegor foi marcado pela tirania e arbitrariedade, que ameaçava a estabilidade em todo o reino. Seu sucessor, [[Jaehaerys I Targaryen|Jaehaerys, o Conciliador]], optou pela diplomacia e negociou com a [[Fé dos Sete]], dissolvendo o braço armado da Fé Militante e prometendo proteção para a Igreja. O governo de Jaehaerys I foi longo e sábio, com a lei e a ordem sendo restauradas. Várias importantes reformas foram impostas ao território, modernizando o reino e trazendo prosperidade.{{Ref|twoiaf|15}}{{Ref|twoiaf|16}}{{Ref|twoiaf|17}}{{Ref|FAB|Os filhos do dragão}}
===Guerra civil e a morte dos dragões===
*''Veja também: [[Dança dos Dragões]]''
No começo do segundo século após a Conquista, os Targaryen estavam no apogeu do seu poder e glória nos [[Sete Reinos]], com o território prosperando e em relativa paz. {{Ref|FAB|Um tempo de testes: Um reino refeito}}{{Ref|FAB|O longo reinado Jaehaerys e Alysanne: Política, progênie e provação}}{{Ref|FAB|Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão}}{{Ref|twoiaf|17}}
O idoso rei Jaehaerys I morreu em {{data|103}} e foi sucedido por seu neto, [[Viserys I Targaryen|Viserys I]], que, a despeito de também ter feito um bom governo, teve vários problemas matrimoniais. {{Ref|twoiaf|18}} Viserys declarou como herdeira sua filha e primogênita, [[Rhaenyra Targaryen]], mas seu desejo foi desafiado por Sor [[Criston Cole]], o Fazedor de Reis, que ganhou essa alcunha após coroar [[Aegon II Targaryen|Aegon II]] (o filho homem mais velho do rei Viserys). Seguiu-se então uma sangrenta guerra de sucessão conhecida como a [[Dança dos Dragões]] ({{data|129-131}}), na qual os dois monarcas reclamantes pereceram, assim como muitos ramos menores da Casa Targaryen e também a maioria dos seus dragões. De fato, foi durante o reinado de [[Aegon III Targaryen]], o filho de Rhaenyra que acabou sentando no [[Trono de Ferro]] ao fim da guerra, que o último dragão morreu, e Aegon passou a ser conhecido como o "Desgraça dos Dragões". Como consequência, a Casa Targaryen saiu enfraquecida da guerra.{{Ref|twoiaf|19}}{{Ref|twoiaf|20}}{{Ref|FAB|A morte dos dragões: Os pretos e os verdes}}{{Ref|FAB|A morte dos dragões: Um filho por um filho}}{{Ref|FAB|A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado}}{{Ref|FAB|A morte dos dragões: Rhaenyra triunfante}}{{Ref|FAB|A morte dos dragões: Rhaenyra triunfante}}{{Ref|FAB|A morte dos dragões: Rhaenyra destituída}}{{Ref|FAB|A morte dos dragões: O breve e triste reinado de Aegon II}}
Depois da Dança dos Dragões, os Targaryen passaram a adotar uma versão extrema das leis de sucessão ândalas, passando todos os herdeiros masculinos, mesmo os colaterais, à frente de um possível herdeiro feminino.{{Ref|twoiaf|19}}
===Paz com Dorne===
*''Veja também: [[Conquista de Dorne]]''
O [[Dorne|Principado de Dorne]] conseguiu [[Primeira Guerra Dornesa|resistir]] a fúria de Aegon I durante a Guerra da Conquista, permanecendo sob o governo dos [[Casa Martell|Martell]]. Ao assumir o trono, em {{data|157}}, [[Daeron I Targaryen]] (conhecido como "o Jovem Dragão"), com apenas quatorze anos de idade, decidiu resolver esse assunto pendente. Mesmo jovem e sem dragões, Daeron derrotou os dorneses em uma [[Conquista de Dorne|invasão bem-sucedida]]. Porém, ele não conseguiu manter sua conquista e morreu jovem, junto com mais de cinquenta mil homens que tentavam conter a revolta dos [[dorneses]]. {{Ref|twoiaf|21}} Morto com apenas dezoito anos, o Jovem Dragão foi sucedido por seu irmão, [[Baelor I Targaryen|Baelor, o Abençoado]], que estava em vias de se tornar septão. Um dos primeiros atos de Baelor foi fazer a paz com Dorne ao casar seu sobrinho, o Príncipe [[Daeron II Targaryen|Daeron]], com a Princesa [[Mariah Martell]]. {{Ref|twoiaf|22}}
Baelor é lembrado positivamente pelos [[plebeu]]s, mas os [[meistres]] não tem a mesma opinião e consideram que sua piedade foi sua ruína. Seu tio [[Viserys II Targaryen|Viserys II]] o servia como Mão, assim como havia servido a Daeron I. {{Ref|twoiaf|23}} Viserys teve de governar o reino enquanto Daeron guerreava e Baelor rezava. Durante seu reinado, Baelor confinou suas três irmãs na Arcada das Donzelas da Fortaleza Vermelha, tentando evitar pensamentos carnais. A despeito disso, [[Daena Targaryen|Daena, a Desafiante]], teve um caso com seu primo, o jovem [[Aegon IV Targaryen|Aegon]]. {{Ref|twoiaf|24}}
Em {{data|171}}, Baelor morreu sem filhos e Viserys II herdou o trono. Após um curto reinado, ele foi sucedido por seu filho, [[Aegon IV Targaryen|Aegon IV]], que ficou conhecido como Aegon, o Indigno. Seria somente durante o reinado do sucessor de Aegon IV que Dorne finalmente foi anexada aos Sete Reinos sob o comando dos Targaryen, o que se deu através de alianças matrimoniais.{{Ref|twoiaf|24}}
===Os Pretendentes Blackfyre===
*''Veja também: [[Pretendentes Blackfyre]], [[Primeira Rebelião Blackfyre]] e [[Segunda Rebelião Blackfyre]]''
[[Aegon IV Targaryen]] é considerado um dos piores governantes que Westeros já teve. Um déspota incompetente e corrupto, o reino sofreu com graves crises morais durante seu reinado. Aegon IV manteve muitas amantes e gerou vários bastardos. O mais velho deles, gerado de sua relação com a Princesa Daena, o garoto [[Daemon Blackfyre]], tinha fortes características Targaryen e cresceu como um cavaleiro jovem e promissor. Alcançou tal estima que o rei lhe presentou com a ''[[Blackfyre]]'', a espada de aço valiriano da Casa Targaryen, portada por todos os seus reis desde Aegon, o Conquistador.{{Ref|twoiaf|24}}
O rei Aegon IV legitimou todos os seus bastardos em seu leito de morte, colocando-os atrás de seu filho legítimo para a sucessão ao [[Trono de Ferro]]. Aqueles de nascimento elevado ficaram conhecidos como "os [[Grandes Bastardos]]", como [[Daemon Blackfyre]], [[Aegor Rivers|Aegor "Açoamargo" Rivers]], [[Brynden Rivers|Brynden "Corvo de Sangue" Rivers]] e [[Shiera Seastar]]. Após a morte de Aegon IV, seu filho legítimo mais velho, [[Daeron II Targaryen]], herdou a coroa, mas seu direito foi contestado por seu irmão Daemon. A contestação foi sustentada por velhos boatos que afirmavam que Daeron não era filho de Aegon e sim nascido de adultério por Sor [[Aemon Targaryen]], o Cavaleiro Dragão. Também havia o fato de a antiga espada Targaryen, a ''[[Blackfyre]]'', ter sido dada a Daemon por Aegon IV, o que fazia muitos dizerem que o velho rei realmente queria que o filho bastardo o sucedesse no trono. A nova influência dornesa na corte trazida pela esposa de Daeron II também incomodava alguns nobres, o que rendeu mais apoio a Daemon.{{Ref|twoiaf|25}}
Após um longo período de tensões, Daemon Blackfyre se levantou em revolta contra seu irmão e rei Daeron II Targaryen quando este prometeu a mão de sua irmã, Daenerys, ao Príncipe [[Maron Martell]], casamento que garantiu a anexação de Dorne (diziam que Daemon era apaixonado por esta garota). A [[Primeira Rebelião Blackfyre]] ({{data|195}}-{{data|196}}) foi esmagada pelos filhos de Daeron, [[Baelor Quebralanças]] e [[Maekar I Targaryen|Maekar]], com a ajuda de Corvo de Sangue, que disputava o amor de Shiera Seastar com seu meio-irmão Aegor Açoamargo (que apoiava Daemon). Na [[Batalha do Campo do Capim Vermelho]], Daemon foi morto por Corvo de Sangue, mas Açoamargo, leal a [[Casa Blackfyre]], conseguiu fugir para o exílio, atravessando o [[Mar Estreito]], e fundou a [[Companhia Dourada]], um grupo de mercenários empenhados em colocar um [[Pretendente Blackfyre]] no Trono de Ferro. {{Ref|twoiaf|25}}{{Ref|TSS}}
O Príncipe Baelor foi nomeado Mão de seu pai, além de herdeiro, mas morreu em {{data|209}} pelas mãos do irmão Maekar no [[Julgamento dos Sete]] que ocorreu no [[Torneio de Vaufreixo]]. [[Aerion Targaryen|Aerion Chamaviva]], o filho de Maekar, foi enviado para o exílio após o julgamento, e Maekar permitiu que seu filho "[[Aegon V Targaryen|Egg]]" continuasse como escudeiro de [[Duncan]], um [[cavaleiro andante]], para ensinar-lhe humildade e honra. Durante o reinado de Daeron II, o terceiro maior palácio dos Targaryen foi construído nas [[Marcas de Dorne]], chamado [[Solarestival]].{{Ref|twoiaf|25}}
A partir do exílio, a [[Casa Blackfyre]] continuaria [[Pretendentes Blackfyre#História|a atormentar]] o Trono de Ferro dos Targaryen por gerações, até que [[Maelys Blackfyre|Maelys, o Monstruoso]], o último dos Blackfyres da linhagem masculina da família, viria a [[Guerra dos Reis de Nove Moedas|tombar em combate]] contra os lealistas Targaryen.
===Problemas crescentes===
*''Ver também: [[Grande Praga da Primavera]], [[Terceira Rebelião Blackfyre]], [[Quarta Rebelião Blackfyre]] e [[Guerra dos Reis de Nove Moedas]]''
O último século de dominação Targaryen sobre Westeros foi marcado por instabilidades e crises. A [[Grande Praga da Primavera]] de {{data|209}} fez milhares de vítimas, incluindo o rei Daeron II e vários de seus netos. Seu filho igualmente culto, [[Aerys I Targaryen|Aerys I]], assumiu o trono, nomeando seu tio [[Brynden Rivers|Corvo de Sangue]] como [[Mão do Rei|Mão]]. Aerys ignorou os problemas do reino (a praga, a seca, diminuição do comércio, aumento da criminalidade e os assaltos de [[Dagon Greyjoy]]), deixando Corvo de Sangue focado em eliminar os focos de apoio dos [[Casa Blackfyre|Blackfyre]] que eram sustentados por Açamargo. De fato, em {{Data|219}}, os Blackfyre tentaram novamente usurpar o Trono e novamente fracassaram [[Terceira Rebelião Blackfyre|em batalha]].{{Ref|twoiaf|26}}
O Príncipe [[Maekar I Targaryen|Maekar]], que devia ter sido nomeado Mão de Aerys, sucedeu seu irmão no trono em {{Data|221}} e jogou Corvo de Sangue nas masmorras da Fortaleza Vermelha. Do outro lado do Mar Estreito, a Casa Blackfyre representava uma ameaça distante aos Targaryen mas, em {{data|233}}, o rei Maekar pereceu [[Levante Peake|em batalha]] contra um senhor rebelde, provavelmente um apoiador dos Blackfyre.{{Ref|twoiaf|27}}
Essa série de infortúnios e mortes ao longo dos anos culminou no [[Grande Conselho]] em {{data|233}}, logo após o falecimento do rei Maekar. O conselho passou por cima da filha do Príncipe Daeron e do filho pequeno de Aerion, coroando então o jovem Egg, que se tornou [[Aegon V Targaryen|Aegon V]], e recebeu a alcunha de "o Improvável" por ter nascido quarto filho de um quarto filho. A coroa também havia sido oferecida em segredo ao seu irmão, [[Aemon Targaryen (filho de Maekar I)|Aemon]], mas este a recusou e se juntou à [[Patrulha da Noite]], contraindo votos adicionais que o distanciariam mais do Trono e impediriam que fosse usado em conspirações contra Aegon. {{Ref|AFFC|15}}
Aegon V esvaziou as masmorras e mandou centenas de homens para a [[Muralha]], incluindo seu tio-avô, Corvo de Sangue, que depois se tornou [[Senhor Comandante da Patrulha da Noite]]. Como Comandante de sua [[Guarda Real]], Aegon nomeou Sor [[Duncan]], o Alto, a quem havia servido como escudeiro na juventude.O reinado de Aegon V é bem lembrado pelo [[Plebeus|povo]], especialmente por suas reformas, mas seus problemas familiares o atormentaram.{{Ref|twoiaf|28}}
No último período do reinado de Aegon V, ocorreu a [[Quarta Rebelião Blackfyre|quarta tentativa dos Blackfyre]] para conquistar o Trono de Ferro. O rei e seus filhos, a frente de um enorme exército real, [[Batalha da Ponte do Guaquevai|massacraram]] as forças rebeldes lideradas por Açamargo.{{Ref|twoiaf|28}}
Ouvindo a profecia de uma bruxa da floresta, que dizia que de sua linhagem surgiria o [[Príncipe que foi prometido|Príncipe Prometido]], um herói de uma antiga profecia que derrotaria os [[Outros]], o rei Aegon V havia arranjado o casamento de seus netos: [[Aerys II Targaryen|Aerys]] e [[Rhaella Targaryen|Rhaella]]. Mesmo assim, ele permitiu que seus filhos casassem por amor, o que lhe rendeu amargos inimigos no lugar de aliados. Sua filha, [[Rhaelle Targaryen]], casou-se com um [[Casa Baratheon|Baratheon]]. Seu filho Duncan deixou a coroa de lado por [[Jenny de Pedravelhas]]. Pouco depois aconteceu o [[Tragédia de Solarestival|Desastre de Solarestival]], no qual Aegon V e Duncan (tanto seu filho quanto o Senhor Comandante da Guarda Real), morreram em {{data|259}}. {{Ref|twoiaf|28}} Após o falecimento de Aegon V, seu sucessor, [[Jaehaerys II Targaryen|Jaehaerys II]], lidou com outra grande rebelião Blackfyre (a quinta na história). No que ficou conhecido como a [[Guerra dos Reis de Nove Moedas]] ({{data|260}}), as forças leais aos Targaryens enfrentaram as tropas de [[Maelys Blackfyre]] nos [[Degraus]]. {{Ref|twoiaf|29}} O velho Maelys acabou morto em combate. Isso finalmente pôs um fim à linhagem masculina da Casa Blackfyre. O enfermiço Jaehaerys II governou por apenas três anos antes de morrer em {{data|262}}. Afável, inteligente e capaz, foi visto como fraco por parte da nobreza, que viam sua constituição frágil com preconceito, mas sua administração foi popular dentre o povo comum (assim como foi a do seu pai). {{Ref|twoiaf|29}} Ele foi sucedido no trono por seu filho mais velho, [[Aerys II Targaryen|Aerys II]].{{Ref|twoiaf|30}}
===Derrocada===
*''Veja também: [[Loucura Targaryen]], [[Desafio de Valdocaso]] e [[Rebelião de Robert]]''
[[Arquivo:Aerys twoiaf.png|thumb|300px|[[Aerys II Targaryen|Aerys II]], o Rei Louco, o décimo-sétimo e último rei Targaryen no Trono de Ferro.]]
Em conjunto com sua Mão, o capaz [[Tywin Lannister]], [[Aerys II Targaryen|Aerys II]] teve um próspero governo no início. Porém, a paranoia e a loucura que o tomou cresceram com o tempo, principalmente depois de ele ter sido [[Desafio de Valdocaso|sequestrado pelos Darkyn]], antigos aliados da Casa Targaryen, o que o afastou de lorde Tywin. Esse afastamento logo se tornou uma disputa velada com diversos episódios que aumentaram as tensões, como a recusa do rei em aceitar o casamento de [[Cersei Lannister]] com seu herdeiro, [[Rhaegar Targaryen]], e a nomeação de Sor [[Jaime Lannister]] para a [[Guarda Real]], "roubando" de Tywin o seu herdeiro. Depois deste episódio, o lorde Tywin renunciou ao cargo de Mão e voltou para [[Rochedo Casterly]].{{Ref|twoiaf|29}}{{Ref|twoiaf|30}}
O príncipe Rhaegar pretendia ser um monarca melhor que o seu pai, e parecia decidido a cumprir a profecia do [[Príncipe que foi prometido|Príncipe Prometido]]. Casado com [[Elia Martell]], Rhaegar tivera dois filhos, mas sabia que "o dragão tem três cabeças", e sua esposa não poderia engravidar de novo. Por fim, no [[Torneio de Harrenhal]], Rhaegar nomeou [[Lyanna Stark]] como Rainha do Amor e da Beleza, o que ofendeu o noivo dela, [[Robert Baratheon]].{{Ref|twoiaf|31}}{{Ref|twoiaf|32}}
Logo após este torneio, o príncipe sequestrou Lyanna e a levou para o sul. O irmão e o pai de Lyanna ([[Brandon Stark|Brandon]] e [[Rickard Stark]], respectivamente) protestaram, mas foram mortos com requintes de crueldade por ordens de Aerys. Isso foi o estopim de [[Rebelião de Robert|uma nova guerra civil]]. O [[Norte]], o [[Vale]], as [[Terras Fluviais]] e as [[Terras da Tempestade]] se levantaram em revolta contra os atos injustos e sádicos de Aerys. Já a [[Campina]], as [[Terras da Coroa]] e [[Dorne]] (além de várias casas menores por todos os Sete Reinos, incluindo em territórios rebeldes) permaneceram fiéis aos Targaryens. As [[Terras Ocidentais]] e as [[Ilhas de Ferro]] ficaram neutras inicialmente. Os rebeldes, liderados por [[Robert Baratheon]], o prometido de Lyanna, começaram a guerra bem, derrotando as forças lealistas [[Batalha de Solarestival|em Solarestival]] e na chamada [[Batalha dos Sinos]], apesar de terem sofrido um revés na [[Batalha de Vaufreixo]]. Então, o príncipe [[Rhaegar Targaryen]] finalmente assumiu o comando das tropas lealistas e partiu para enfrentar os revoltosos. Contudo, as forças Targaryen foram derrotadas e o príncipe da coroa acabou sendo morto por Robert Baratheon na decisiva [[Batalha do Tridente]]. {{Ref|twoiaf|33}}
Após a derrota no Tridente, a situação dos Targaryen se tornou precária. Já não havia mais exércitos lealistas entre os rebeldes e [[Porto Real]]. Como uma medida de segurança, o rei Aerys II mandou o novo príncipe herdeiro, seu filho mais novo [[Viserys Targaryen|Viserys]], e a Rainha Rhaella, que estava grávida, fugirem para [[Pedra do Dragão]]. O rei Aerys, cada vez mais louco e perdendo o contato com a realidade, ordenou que [[A Conspiração do Fogovivo|fosse colocado fogovivo]] em vários locais da capital, incluindo áreas residenciais e em edifícios públicos e governamentais. Então, inesperadamente, um grande exército [[Casa Lannister|Lannister]] chegou na capital, liderado pelo lorde [[Tywin Lannister|Tywin]] em pessoa, que jurou estar ali para servir a coroa. Os conselheiros reais pediram para o rei Aerys II dispensar o Lannister, duvidando de suas verdadeiras intenções, mas o Grande Meistre [[Pycelle]] convenceu o [[Aerys II Targaryen|Rei Louco]] a abrir os portões e assim ele o fez. Quando as forças de lorde Tywin adentraram as muralhas da capital, eles começaram imediatamente [[Saque de Porto Real|a saquear a cidade]], matando, roubando e estuprando. Soldados Lannisters invadiram então a [[Fortaleza Vermelha]] e chacinaram a família real, matando [[Elia Martell]], a esposa do finado Rhaegar, e seus dois filhos, a menina [[Rhaenys Targaryen (filha de Rhaegar)|Rhaenys]] e o bebê [[Aegon Targaryen|Aegon]]. Enquanto o saque acontecia nas ruas da capital, o rei Aerys ordenou que seus piromantes [[A Conspiração do Fogovivo|executassem seu plano]] e queimassem toda a cidade num mar de [[fogovivo]]. Para salvar a população das ordens do Rei Louco, o único membro da Guarda Real presente na capital, Sor [[Jaime Lannister]] (filho de Tywin), matou o piromante oficial do rei e para impedir que Aerys desse novas ordens a outros piromantes, ele acabou matando o rei sob os pés do Trono de Ferro.{{Ref|twoiaf|33}}{{Ref|twoiaf|34}}
Logo após a queda da capital, a rainha Rhaella, que estava em Pedra do Dragão, morreu ao dar à luz a princesa [[Daenerys Targaryen|Daenerys]], que foi levada por lealistas para as [[Cidades Livres]] junto com o príncipe Viserys para iniciarem seu exílio. O líder rebelde, [[Robert Baratheon]], foi então coroado como o novo [[Senhor dos Sete Reinos]] e tomou seu lugar no Trono de Ferro, fundando [[Casa Baratheon de Porto Real|uma nova Casa Real]] sobre Westeros. Para dar legitimidade a sua reivindicação a coroa, ele apontou seus descendentes Targaryens, como sua avó, que era filha de Aegon V.{{Ref|twoiaf|34}}
O Rei Aerys II acabou sendo o último monarca da dinastia Targaryen, que reinara ininterruptamente por quase trezentos anos. Antes semideuses intocáveis montados em dragões, os Targaryen haviam perdido muito de seu poder em decorrência das guerras civis e do extermínio de seus dragões. Como razão imediata, a loucura de Aerys provocou a rebelião dos nobres, mas o desafio aberto não teria ocorrido se o prestígio da família não tivesse decaído tanto. Essa perda de influência talvez tenha sido bem demonstrada na coroação de Aegon V, que foi escolhido por um conselho ao invés de reivindicar a coroa por direito. O Desafio de Valdocaso pela Casa Darklyn, uma das mais antigas e tradicionais Casas lealistas, foi outro sinal da decadência dos Targaryen.{{Ref|twoiaf|34}}
==Situação atual==
[[Arquivo:Daenerys e Prata M. Luisa Gilliberti.jpg|thumb|right|300px|align|[[Daenerys Targaryen]] e seus três dragões.]]
*''Ver também: [[As Crônicas de Gelo e Fogo]]''
Do outro lado do Mar Estreito, o filho sobrevivente do Rei Louco reivindicou o Trono de Ferro e se autoproclamou [[Viserys Targaryen|Viserys III]]. Ele e [[Daenerys Targaryen|Daenerys]] passaram a juventude perambulando pelas Cidades Livres em busca da ajuda de príncipes mercantes que estivessem interessados em restaurar a Casa Targaryen. Não foi levado a sério e passou a ser conhecido como "Rei Pedinte".{{Ref|twoiaf|35}}{{Ref|AGOT|3}}
Em {{data|298}}, Viserys arranjou o casamento da irmã com [[Khal Drogo|Drogo]], um poderoso khal [[dothraki]], esperando em troca um exército que o ajudasse a conquistar os Sete Reinos. A arrogância e loucura de Viserys, porém, fizeram com que ele fosse morto pelas mãos do khal. Drogo também morreu logo depois e Daenerys, acompanhada pelos restos do khalasar do marido, conseguiu chocar três ovos de dragão: os primeiros em um século e meio.{{Ref|AGOT|11}}{{Ref|AGOT|23}}
Após uma penosa travessia no [[Deserto Vermelho]], Dany chegou em [[Qarth]] e depois rumou para a [[Baía dos Escravos]]. Ali, ela entrou em choque com as cidades escravagistas e mergulhou a região no caos. Em {{data|299}}, Daenerys e seu exército de [[Imaculados]] entram na cidade de [[Meereen]], completando [[Campanha Targaryen na Baía dos Escravos|a conquista]] da Baía dos Escravos.{{Ref|ACOK|27}}{{Ref|ACOK|63}}
Daenerys passa a governar Meereen como rainha, mas começa a enfrentar problemas e distúrbios internos pela cidade. Em {{data|300}}, ela recusou uma proposta de casamento de [[Quentyn Martell]], cujo [[Doran Martell|pai]] tentava honrar um pacto secreto de casamento entre Viserys e [[Arianne Martell]]. Atualmente, ela está no [[Mar Dothraki]] perto de [[Meereen]], cidade onde seus inimigos e simpatizantes esperam por ela. Logo ela deve voltar os olhos para Westeros, uma terra que nunca conheceu.{{ref|asos|57}}{{ref|asos|71}}
Na Muralha, o centenário [[Meistres|Meistre]] [[Aemon Targaryen (filho de Maekar I)|Aemon]], irmão de Aegon V, foi enviado para [[Vilavelha]] por [[Jon Snow]] mas morreu no trajeto. Para lá da Muralha, o corvo de três olhos que apareceu para [[Bran Stark]] é fortemente cogitado como o próprio Corvo de Sangue, mantido vivo por magia.
Alega-se que, sem o conhecimento dos Lannister, o filho de Rhaegar, Aegon, sobreviveu ao [[Saque de Porto Real]] graças a [[Varys]], que orquestrou uma troca de bebês. O suposto Aegon foi criado em segredo pelo amigo de Rhaegar, [[Jon Connington]], e já desembarcou nas Terras da Tempestade com o apoio da Companhia Dourada, declarando-se Aegon VI.{{ref|ADWD|61}}
==Linha do Tempo==
Todas as datas são dadas em relação a vinda de Aegon I (d.C. - "Depois do Desembarque - DDda Conquista").
* '''Aproximadamente - 200 DD'''
**A Casa Targaryen se muda para a ilha de [[Pedra do Dragão]], próxima da [[Baía da Água Negra]].
[[tr:Targaryen Hanesi]]
[[fr:Maison Targaryen]]
[[pt:Casa Targaryen]]
[[ru:Таргариены]]
[[zh:&#22374;&#26684;&#21033;&#23433;&#23478;&#26063;]]
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