Idioma Comum

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O Idioma Comum ou Língua Comum[1][2][3] [N 1] é um idioma comumente falado nos Sete Reinos de Westeros. Há sotaques regionais,[4][5] mas são detalhes que não resultam em falta de compreensão.

Enquanto parte do povo livre que vive Além da Muralha compreende a Língua Comum, muitos clãs falam dialetos locais.[6] Os Thenns, por exemplo, falam a Idioma Antigo e só conseguem falar algumas palavras da Língua Comum.[7]

Linguagem

Diferenças na fala podem ser observadas entre os cidadãos de alto nascimento e os de baixo nascimento nos Sete Reinos.[8][9][10][11] Essas diferenças podem ser encontradas no som da fala,[10][4][12] mas também no uso de frases e palavras específicas. Como exemplo, o uso de "my lord" (meu senhor) pelos nobres, mas "m'lord" ('nhor) por camponeses.[13] De acordo com Lorde Roose Bolton, camponeses pronunciam "m'lord" como se tivessem lama na boca.[13] Embora o grau de uso difira muito entre os nascidos pobres, suas gírias podem ser vistas em várias outras instâncias. No exemplo abaixo, é possível ver que muito dos dialetos locais ocorrem na pronuncia diferenciada, ocasionadas por erros de ortografia fonética. Como apontamos a seguir, na maioria das vezes, essas questões de linguística se perdem na tradução:

Exemplo 1: "She ast me to, m'lord," Mycah said. "She ast me to."..."It's not no sword, it's only a stick."[14]
Tradução: "Ela me pediu, senhor - disse Mycah, - Ela pediu."... "Não é espada nenhuma, é só um pau."


Exemplo 2: "She don't know me," he said, "but I knows her, oh, yes."[15]
Tradução: "Ela não me conhece" - ele disse -, "mas eu a conheço, ah, sim."


O sotaque regional pode levar alguém a determinar onde uma pessoa nasceu.[4] Isso não se limita às regiões de Westeros (terras da coroa, Dorne, Ilhas de Ferro, norte, Campina, terras fluviais, terras da tempestade, Vale, terras ocidentais),[4] mas também cidades específicas.[16][17] Por exemplo, Tyrion Lannister, um nobre nascido em Rochedo Casterly, próximo a Lannisporto nas terras ocidentais, tenta escapar de olhares suspeitos alegando ser um nobre bastardo que cresceu em Lannisporto,[18] respondendo assim por seu sotaque. Outro exemplo é Samwell Tarly, que é identificado como nobre por Pypar, quem afirma que Samwell é "sulista", provavelmente de algum lugar próximo à Jardim de Cima", baseado unicamente em seu jeito de falar.[4]

A maior diferença entre os sete reinos pode ser encontrada em Dorne, onde a Língua Comum é marcada pelas influências da linguagem dos Roinares.[19][20] Esta influência pode ser encontrada em toda Dorne,[19] mas mais fortemente entre os dorneses salgados,[20] que possuem mais sangue roinar.[21] O Dorneses falam com um sotaque Dornês,[22][23][10] esticando alguns sons, enrolando outros, e cadenciando outros.[20] Alguns descrevem o discurso dornês como encantador.[20]

Citações


Sim, Westeros tem sotaques regionais. Brinquei com a ideia de tentar retratá-los com erros de ortografia fonética (e de fato faço um pouco disso, com alguns personagens menos instruídos), mas esse caminho é uma loucura. Eu tento sugerir os sotaques com sintaxe e palavras de efeito, em vez disso.[24]





"Juro" - disse ela no Idioma Comum dos Sete Reinos que por direito eram seus. [25]





Tyrion tinha um prazer cáustico em inventar os detalhes da pitoresca vida de Hugor Hill, também conhecido como Yollo, um bastardo de Lannisporto. As melhores mentiras são temperadas com uma pitada de verdade. O anão sabia que falava como um homem do oeste, e bem-nascido, então Hugor precisava ser algum tipo de fidalgote. Nascido em Lannisporto porque conhecia a cidade melhor do que Vilavelha, Porto Real ou as cidades onde a maioria dos anões ia parar,[18]
—— pensamentos de Tyrion Lannister





Pelo menos em Dorne se falava a Língua Comum. Como a comida e as leis, a fala dornense era temperada com os sabores do Roine, mas um homem podia compreendê-la.[19]
—— pensamentos de Tyrion Lannister



Notas

  1. Nas edições em inglês, George R. R. Martin varia utilizando o termo Common Tongue e Common Speech (este último, em A Dança dos Dragões, no capítulo 1 e no capítulo 38). Em português, a tradução permanece Língua Comum ou Idioma Comum.

Referências