Foi em Volantis que o Príncipe [[Doran Martell]] conheceu sua futura esposa, [[Mellario]] de Norvos.
==A viagem de Tyrion por Volantis, do portão meridional até a Grande Ponte==
Depois de capturar [[Tyrion Lannister|Tyrion]] num bordel de [[Selhorys]], Sor Jorah Mormont se dirigiu para Volantis, com a intenção de conseguir uma passagem para Meereen.
Tyrion analisa uma boa parte da cidade durante o capítulo. O dia da chegada deles é o terceiro dia das eleições volantinas. O crepúsculo está caindo. Tyrion e seu captor, Sor Jorah, entram na cidade pelo portão norte, passando por baixo das maciças paredes da cidade.
Dentro da cidade, eles passaram por guildas, mercados e casas de banho. Fontes jorravam e cantavam no centro de amplas praças onde homens jogadam cyvasse em mesas de pedra e bebiam taças de vinho enquanto escravos acendiam lanternas ornamentadas para manter a escuridão na baía. Palmeiras e cedros cresciam ao longo da estrada empedrada, e monumentos erguiam-se em todas as encruzilhadas. O anão reparou que a muitas das estátuas faltavam cabeças, mas mesmo sem cabeças ainda conseguiam parecer imponentes no ocaso purpúreo.
Carregado por Sor Jora em direção ao sul, ao longo do rio, as lojas foram-se tornando menores e pobres, e as árvores ao longo da rua transformaram-se numa fileira de tocos. O empedrado cedeu lugar a relva sob os cascos do cavalo, e depois a lama mole e úmida da cor dos dejetos de um bebê. As pequenas pontes sobre os riachos que alimentavam o Roine rangiam de forma alarmante sob o peso deles.
Onde um forte um dia dominara o rio encontrava-se agora um portão quebrado, escancarado como a boca desdentada de um velho. Vislumbravam-se cabras espreitando por cima dos baluartes.
Tyrion se lembra do que sabe sobre a Velha Volantis, revelando que é uma cidade decadente:
{{Quote|Velha Volantis, primeira filha de Valíria. Orgulhosa Volantis, rainha do Roine e senhora do Mar do Verão, lar de nobres senhores e adoráveis senhoras do mais antigo dos sangues.}}
E não importava as matilhas de crianças nuas que corriam as vielas gritando em vozes estridentes, ou os espadachins à porta das tabernas afagando os cabos das espadas, ou os escravos de costas dobradas e caras tatuadas que corriam por todo o lado como baratas
{{Quote|Poderosa Volantis, a mais grandiosa e populosa das Nove Cidades Livres.}}
Antigas guerras tinham despovoado boa parte da cidade, porém, e grandes áreas de Volantis tinham começado a afundar-se de novo na lama sobre a qual se erguiam.
{{Quote|Bela Volantis, cidade de fontanários e flores."}}
Mas metade dos fontanários estavam secos, metade das piscinas estavam estaladas e estagnadas. Trepadeiras em flor projetavam gavinhas de cada rachadura nas paredes ou pavimentos, e jovens árvores tinham criado raízes nas paredes de lojas abandonadas ou de templos sem telhados.
E então Tyrion comenta sobre o cheiro. Pairava no ar quente e úmido, forte, fétido, penetrante. Há nele peixe e flores, e também alguma bosta de elefante. Algo doce e algo terroso e algo morto e podre.
Ele comenta com Sor Jora:
{{Quote|Essa cidade cheira como uma puta velha... Algo como uma mulher desleixada e flácida que encharcou suas partes íntimas em perfuma para disfarçar o fedor entre as pernas.}}
Mais para sul, sinais de prosperidade começaram a reaparecer. Edifícios abandonados foram vistos com menos frequência, as crianças nuas desapareceram, os espadachins nas entradas pareceram estar vestidos de forma mais suntuosa. Algumas das tabernas por que passaram chegaram mesmo a parecer lugares onde um homem poderia dormir sem medo de que lhe cortassem a goela. Lanternas balançavam de espeques de ferro ao longo da estrada do rio, oscilando quando o vento soprava. As ruas tornaram-se mais largas, os edifícios mais imponentes. Alguns estavam coroados por grandes cúpulas de vidro colorido. No ocaso que se aprofundava, com fogueiras acesas por baixo, as cúpulas brilhavam azuis, vermelhas, verdes e purpúras.
Mesmo assim, algo no ar deixava Tyrion inquieto. A oeste do Roine, bem o sabia, os cais de Volantis estavam repletos de marinheiros, escravos e mercadores, e todas as tabernas, estalagens e bordéis os serviam. A leste do rio, forasteiros vindos do ultramar eram vistos com menos frequência. Não nos querem aqui, compreendeu o anão.
Como se aproximavam das muralhas negras e dos distritos lotados perto da Grande Ponte, eles veem uma dúzia de elefantes. Maneiram o passo, já que a estrada do rio tinha um tráfego pesado, quase tudo flundo para o sul. Tyrion olhou a multidão, reparou que nove entre cada dez homens tinham tatuagens de escravos no rosto. Os escravos estavam indo ouvir [[Benerro]] falar.
Três quarteirões mais à frente, a rua, à frente deles, abriu-se numa enorme praça iluminada por archotes, e ali estava o templo. Tyrion se espantou ao ver que o templo do Senhor da Luz era três vezes maior do que o Grande Septo de Baelor. Ali, Jorah atravessou a multidão e levou Tyrion a um estábulo para vender o cavalo. Depois, ele coloca Tyrion em correntes.
O resto da viagem eles fizeram a pé, até a Casa do Mercador.