Os Dothraki referem-se ao oceano como água venenosa; eles desgostam, desconfiam e temem-na. Para eles, água que um cavalo não pudesse beber era algo de impuro; as agitadas planícies verde-acinzentadas do oceano enchiam-nos com uma repunância supersticiosa. [1] Eles também não gostam do fato de que um cavalo não possa cruzar a água venenosa em suas próprias pernas.
Os Dothraki acreditam que a terra termina no mar negro de sal. Antes de sua promessa de tomar o Trono de Ferro por seu filho, a noção de cruzar o mar negro assustava até mesmo Khal Drogo.
Navios são chamados pelos Dothraki de cavalos de madeira. No dia em que os três navios de Daenerys levantaram âncora em Qarth, seria possível ter pensado que estavam zarpando para o inferno e não para Pentos; Irri e Jhiqui se agarraram desesperadamente à amurada e vomitavam borda afora a cada pequeno balanço. Até mesmo seus bravos e jovens companheiros de sangue fitavam com enormes olhos brancos a linha de costa que minguava, cada um deles determinado a não mostrar medo perante os outros dois. [2]
O minúsculo khalasar de Dany permaneceu sob o convés, preferindo a companhia de seus nervosos cavalos ao aterrorizador mundo sem terra que rodeava os navios. Quando uma súbita tempestade os engoliu no sexto dia de viagem, ela ouviu-os através das escotilhas; os cavalos relinchando e aos coices, os cavaleiros rezando com vozes agudas e trêmulas a cada vez que o Balerion se elevava ou adernava. [2]
Citações
| “ | Nenhum cavalo pode atravessar a água venenosa. [1] | ” |
- Khal Drogo, discutindo a possibilidade de viajar a Westeros com Dany.
Referências
- ↑ 1,0 1,1 A Guerra dos Tronos, Capítulo 54, Daenerys.
- ↑ 2,0 2,1 A Tormenta de Espadas, Capítulo 8, Daenerys.
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