Assalto ao Fosso dos Dragões
O Assalto ao Fosso dos Dragões foi um evento importante que aconteceu durante a Dança dos Dragões, a guerra civil Targaryen. Aconteceu no meio de uma revolta de plebeus pelas ruas de Porto Real. A multidão estava causando grande devastação pela capital e muitas pessoas morreram. A massa enraivecida era atiçada por um profeta chamado "O Pastor", que os convenceu a invadir o Fosso dos Dragões e matar os grandes animais que estavam lá.[1]
Assalto ao Fosso dos Dragões | |||||||||||||||||
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Conflito | Dança dos Dragões | ||||||||||||||||
Data | 130 d.C. | ||||||||||||||||
Local | Fosso dos Dragões, Porto Real | ||||||||||||||||
Resultado | Multidão destroça o fosso e mata vários dragões | ||||||||||||||||
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Prelúdio
- Ver também: Revolta de Porto Real (Dança dos Dragões)
Os temerosos cidadãos de Porto Real iniciaram uma grande revolta na noite seguinte ao suicídio da rainha consorte Helaena Targaryen. Durante a primeira noite desses tumultos, as multidões de revoltosos saquearam e mataram por toda a cidade, destroçaram o Portão do Rio e então mataram Sor Luthor Largent e quinhentos dos Mantos Dourados na Praça do Sapateiro quando estes chegaram para prender o Pastor, que havia fugido antes.[2]
Embora a maioria da turba tenha fugido ao amanhecer, eles voltaram em maior número na noite seguinte, que viria a ser chamada de "O Último Dia", por Munkun. O Pastor apareceu então novamente na Praça do Sapateiro para pregar para a grande multidão que voltou a se formar na praça. As pessoas temiam a chegada dos dragões e do exército do Rei Aegon II Targaryen, mas o Pastor disse aos seus "cordeiros" que todos iriam queimar quando os dragões chegassem e que as orações não seriam capazes de deter a ira do Estranho. Em vez disso, o Pastor afirmou que a única maneira pela qual a cidade seria capaz de alcançar a salvação era matando os dragões no Fosso dos Dragões.[2]
Os Sete que Cavalgaram
- Ver também: Sete que Cavalgaram
A Rainha Rhaenyra Targaryen e seus filhos, Joffrey Velaryon e Aegon Targaryen, observavam com seus lealistas do teto da Fortaleza de Maegor a revolta na cidade. Embora Rhaenyra tenha enviado cavaleiros para ajudar Sor Balon Byrch no Portão Velho e Sor Garth o Leporino no Portão do Dragão para capturar o Pastor, dispersar seus seguidores e proteger os dragões, eles não sabiam se os cavaleiros haviam conseguido chegar aos seus destinos. O príncipe Joffrey desejava partir para ele mesmo defender os dragões, mas Rhaenyra se recusou a permitir isso, insistindo que eles precisariam de todos os homens disponíveis para defender a Grande Colina de Aegon após a queda da Colina de Rhaenys. Joffrey, temendo por seu dragão, Tyraxes, que poderia ser morto, escapuliu para o quintal e soltou o dragão de sua mãe Syrax. Montado nas costas de Syrax, o príncipe voou sobre a cidade. Se era sua intenção voar com o dragão para a batalha ou voar para o Fosso dos Dragões para buscar seu próprio dragão, Tyraxes, e talvez os outros dragões também, é desconhecido.[2]
Tenebrosa, Rhaenyra ordenou aos homens que trazerem seu filho de volta ao castelo. Sor Medrick Manderly, Sor Loreth Lansdale, Sor Harrold Darke, Sor Harmon dos Reeds, Sor Gyles Yronwood, Sor Willam Royce, Sor Glendon Goode, seus escudeiros, oito Mantos Dourados e vinte homem-de-armas cavalgaram da Fortaleza Vermelha e abriram caminho pela cidade na tentativa de alcançar o príncipe. Joffrey, contudo, não conseguiu permanecer montado em Syrax uma vez que estavam no ar e deslizou de suas costas 60 metros acima Baixada das Pulgas e mergulhou para sua morte. Os "Sete que Cavalgaram" encontraram seu corpo enquanto a multidão o cortava em pedaços e conseguiu recuperar todas as partes dele, exceto um pé.[2]
Dragões que estavam no fosso
Havia quatro dragões no fosso no momento do ataque:
- Shrykos - originalmente pertencente ao príncipe Jaehaerys Targaryen, não reivindicado desde a morte dele
- Morghul - pertencente a princesa Jaehaera Targaryen
- Tyraxes - pertencente ao príncipe Joffrey Velaryon
- Dreamfyre - originalmente cavalgado pela rainha Helaena Targaryen, não reivindicado desde a morte dela
A invasão do Fosso dos Dragões
A Patrulha da Cidade saem de seus quartéis no Portão do Dragão para defender a Colina de Rhaenys, mas eles não conseguiram deter a multidão. Menos de cinquenta Guardiões de Dragão estavam dentro do Fosso dos Dragões na hora, mas embora eles tenham tentado manter suas posições da melhor forma que podiam, as turbas ensandecidas eventualmente quebraram as portas menores do Fosso dos Dragões, que eram feitas de carvalho e ferro, usando aríetes rudimentares e machados, enquanto outras centenas entraram pelas janelas. Durante a batalha, todos os Guardiões de Dragão foram mortos.[2]
Dentro do Fosso, os quatro dragões lá presentes foram despertados, atiçados e irritados pelos sons do ataque. Incapazes de voar, pois estavam acorrentados, os quatro dragões lutaram com seus chifres, garras e dentes. Eles jorraram suas chamas para todos os lados e transformaram o Fosso dos Dragões em um inferno flamejante. O primeiro dragão a morrer foi Shrykos, morto por Hobb, o Lenhador. Hobb pulou nas costas dela e arrebentou seu machado contra o crânio do dragão. Levou sete golpes, de acordo com Septão Eustace, para o dragão morrer. O próximo a morrer foi Morghul, morto pelo Cavaleiro Ardente, que se lançou destemidamente em meio a chama do dragão e o esfaqueou repetidamente no olho com sua lança enquanto ele queimava até a própria morte. Tyraxes queimou aqueles que correram para ele de seu covil, até a entrada da frente de seu covil estar completamente bloqueada com cadáveres. No entanto, depois que o Pastor instruiu seus seguidores a arrombar a porta dos fundos do covil do dragão, o dragão ficou preso em suas próprias correntes e foi morto pela multidão. Suas membranas foram depois cortadas de suas asas e rasgadas em tiras, para que capas de parentes de dragão pudessem ser moldadas a partir delas.[2]
Já Dreamfyre conseguiu escapar dos seus grilhões. Ela conseguiu voar, circulou o interior cavernoso da cúpula e desceu para atacar os homens abaixo. Ela matou mais homens do que os outros três dragões juntos. Arqueiros e besteiros disparavam flechas e pedras contra ela, e sempre que o animal pousava, homens a cercavam para atacá-la, levando-a de volta ao ar. Eventualmente, um de seus olhos foi cortado por uma seta de besta. Meio cega e enlouquecida, Dreamfyre voou contra o grande domo acima do Fosso dos Dragões, o fazendo quebrar com o impacto. Metade do teto desmoronou, esmagando Dreamfyre e centenas de pessoas em seus destroços.[2][1]
Ninguém sabe quantas pessoas morreram naquela noite, mas estima-se que tenham sido centenas, possivelmente até milhares, com muitos mais ficando feridos.[2][1]
Eventos posteriores
A morte de Syrax
Após a destruição do teto do fosso, a invasão do Fosso dos Dragões acabou. O único dragão vivo em Porto Real, Syrax, que era a montaria de Rhaenyra Targaryen, se libertou dos estábulos da Fortaleza Vermelha pelo filho da rainha, o príncipe Joffrey Velaryon, agora desceu sobre os sobreviventes que saíram das ruínas fumegantes do fosso. De acordo com Cogumelo, "mil gritos e brados ecoaram por toda a cidade, misturandos ao rugido do dragão". A Colina de Rhaenys parecia que usava "uma coroa de fogo amarelo", queimando tão brilhante que parecia que o sol estava nascendo. Em vez de cuspir fogo nas multidões de cima, Syrax voou até o chão e atacou a multidão com seus dentes e garras, devorando as pessoas abaixo. Rhaenyra observou o fim de Syrax da sua posição elevada na Fortaleza de Maegor, agarrando seu único filho sobrevivente Aegon em seus braços até que Syrax caiu no chão.[2]
Cogumelo, o Septão Eustace e o Grande Meistre Munkun escreveram seus relatos da morte de Syrax. De acordo com Munkun, Hobb o Lenhador matou o dragão com seu machado, embora o arquimeistre Gyldayn acredite que isso é quase certamente errado, pois considerava improvável que o mesmo homem possa ter matado dois dragões na mesma noite e da mesma maneira. Outros sugeriram um lanceiro sem nome, "um gigante banhado de sangue" que pulou nas costas do dragão, enquanto outros contam que Sor Warrick Wheaton, que supostamente cortou uma das asas de Syrax com uma espada de aço valiriano (Gyldayn afirma que possivelmente tal espada podia ser Lamentação). Bean, um besteiro, reivindicou a responsabilidade pela morte de Syrax depois e se gabava disso com frequência - até que um apoiador de Rhaenyra se cansou de suas histórias e cortou sua língua.[2]
Gyldayn argumenta que é possível que todos os candidatos, exceto Hobb o Lenhador, tenham desempenhado algum papel na morte do dragão. No entanto, a história mais frequentemente contada em Porto Real envolve o próprio Pastor. De acordo com a história, enquanto os outros fugiam, o Pastor enfrentou Syrax por conta própria, pedindo por ajuda para os Sete por coragem, até que o Guerreiro em pessoa tomou forma, trinta pés de altura, com uma lâmina preta feita de fumaça que se transformou em aço. Até o Septão Eustace repete a história em seus relatos, enquanto cantores cantavam sobre isso por muitos anos.[2]
A fuga de Rhaenyra
Abatida pela morte de seu dragão e seu filho Joffrey, a Rainha Rhaenyra Targaryen ficou inconsolável, de acordo com Cogumelo. Seus conselheiros concordaram que Porto Real estava perdida e eles conseguiram convencer Rhaenyra a abandonar a cidade, com ela fugindo no dia seguinte, esgueirando-se para fora da cidade com alguns de seus leais e o filho Aegon. Rhaenyra chegou, após grande dificuldade, ao castelo de Pedra do Dragão, onde ela foi traída e capturada por homens do Rei Aegon II Targaryen, que haviam tomado a ilha algumas semanas antes.[2][1]
Citações
“ | Bêbados eles podem ser, mas homens bêbados não conhecem o medo. Tolos, também, mas um tolo pode matar um rei. Ratos, isso também, mas mil ratos podem derrubar um urso. Eu vi isso acontecer uma vez, lá na Baixada das Pulgas. | ” |
—— Cogumelo
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“ | Quando os dragões vierem sua carne vai queimar e empolar e se tornar cinzas. Suas esposas irão dançar em vestes de fogo, gritando enquanto queimam, obscenas e nuas debaixo das chamas. E vocês verão suas crianças chorando, chorando enquanto sua carne rosada cai negra e crepitante de seus ossos. Orações não deterão sua fúria, não mais do que lágrimas resfriam o fogo dos dragões. Apenas sangue pode fazer isso. Seu sangue, meu sangue, o sangue deles. Ali os demônios habitam, ali em cima. Essa é a cidade deles. Se quiserem fazê-la sua, primeiro devem destruí-los! Se quiserem se limpar dos pecados, primeiro devem se banhar em sangue de dragão! Porque apenas sangue pode apagar os fogos do inferno! | ” |
—— Pregação do Pastor para a multidão.
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