Daeron II, conhecido como Daeron, o Bom, foi o décimo segundo rei Targaryen a se sentar no Trono de Ferro e governar os Sete Reinos. Daeron anexou Dorne pacificamente ao reino, unindo assim sob a Coroa todas as terras de Westeros ao sul da Muralha. Seu governo foi desafiado pelo seu meio-irmão bastardo, Daemon Blackfyre, e o resultado foi uma violenta guerra civil, a chamada Primeira Rebelião Blackfyre, vencida pelas forças leais ao Trono de Ferro.[1]
Daeron II Targaryen, por Amoka © | |
Informações biográficas | |
Reinado | 184 d.C. a 209 d.C. |
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Nome completo | Daeron Targaryen, o Segundo de Seu Nome |
Títulos | Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens Senhor dos Sete Reinos Protetor do Território Senhor de Solarestival |
Nascimento | 153 d.C., em Porto Real |
Morte | 209 d.C., em Porto Real |
Família | |
Casa Real | Casa Targaryen |
Predecessor | Aegon IV Targaryen |
Sucessor | Aerys I Targaryen |
Rainha | Mariah Martell |
Filhos | Baelor Quebralanças Aerys Rhaegel Maekar |
Pai | Aegon IV Targaryen |
Mãe | Naerys Targaryen |
Livros As Crônicas de Gelo e Fogo | |
Apêndice | |
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Livros Históricos | |
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Daeron era lembrado como um rei justo. Morreu durante a Grande Praga da Primavera, em 209 d.C..[1]
Aparência e personalidade
- Veja também: Imagens de Daeron II Targaryen
Daeron tinha ombros redondos, com pernas finas e uma pequena barriga. No entanto, seu rosto gentil e atencioso tinha uma certa força serena e seus olhos eram claros e cheios de determinação. Ele usava uma elaborada coroa de dragão (a mesma do seu pai Aegon IV).[2] Em suas moedas, ele era retratado como barbeado.[3]
Daeron o Bom era visto como sábio, justo e de bom coração.[4] Não sendo de forma alguma um guerreiro, ele era um homem culto e erudito que mantinha a companhia de meistres e outros estudiosos.[5]
História
Juventude
Nascido no último dia de 153 d.C. durante os anos finais do reinado de seu tio-avô, o Rei Aegon III, Daeron era o filho mais velho do príncipe Aegon e sua irmã-esposa, Naerys.[6]
Após a fracassada invasão de Dorne durante o curto reinado de Daeron, o Jovem Dragão,[7] o Rei Baelor o Abençado ascendeu ao Trono de Ferro e arranjou o casamento de seu primo, o príncipe Daeron com a princesa Myriah Martell de Dorne como parte de um pacto de casamento duplo entre os dois reinos para fazer a paz.[8] Em 170 d.C., Daeron e Myriah tiveram seu primeiro filho, que recebeu o nome de Baelor. O casal teria outros três filhos.[9]
Príncipe de Pedra do Dragão
Quando seu pai ascendeu ao trono como Rei Aegon IV Targaryen em 172 d.C., Daeron se tornou automaticamente o herdeiro ao Trono de Ferro e o Príncipe de Pedra do Dragão. Daeron desafiava grande parte dos comportamentos de Aegon IV. Ele se tornou um obstáculo para muitos dos esquemas de seu pai, principalmente o plano de Aegon IV de iniciar uma guerra não provocada contra Dorne. O rei ignorou os protestos de Daeron, construiu uma enorme frota e enviou-a para invadir a costa dornesa em 174 d.C.. Daeron ficou aliviado quando a frota foi dispersada e destruída por uma tempestade no caminho.[6]
Mais ou menos na mesma época, a mãe de Daeron, a rainha Naerys, foi subitamente acusado de adultério e traição por Sor Morgil Hastwyck, tentando lançar dúvidas sobre a ascendência de Daeron. A questão foi resolvida quando o príncipe Aemon o Cavaleiro de Dragão defendeu a honra de sua irmã e matou seu acusador em um julgamento por combate.[6][10] De acordo com os escritos do meistre Kaeth em Vidas de Quatro Reis, o Rei Aegon havia secretamente iniciado os rumores do adultério de Naerys. O rei negou os rumores de que ele havia usado Morgil para instigar essa história, para que tivesse motivos para deserdar Daeron.[6]
No final do reinado de Aegon IV, após as mortes de Aemon e Naerys, Aegon começou a fazer referências veladas à suposta ilegitimidade de Daeron, insinuando que Daeron não era seu filho, mas o produto de uma união ilegítima entre sua esposa Naerys e seu outro irmão, Aemon. Também houve rumores de que Aegon planejava deserdar Daeron em favor do seu filho bastardo, Daemon Waters.[6]
Apesar de tudo, Aegon nunca renegou formalmente Daeron e o manteve como herdeiro. Os relatos divergem quanto ao motivo, provavelmente porque isso significaria mais uma guerra civil. Entre os principais apoiadores de Daeron estava a Casa Martell, devido ao seu casamento com Myriah Martell de Lançassolar.[6] Daeron passou boa parte dos últimos anos do reinado de seu pai na ilha de Pedra do Dragão junto com sua esposa e filhos.[4]
Em seu leito de morte, o rancoroso Aegon IV legitimou todos os seus bastardos, com aqueles nascidos de mães nobres sendo chamados de Grandes Bastardos.[6]
Reinado
Ao saber da morte do seu pai, o Rei Aegon IV, Daeron partiu de Pedra do Dragão para Porto Real. Ele escolheu se coroar com a coroa de seu pai para acabar com as dúvidas e rumores sobre sua ascendência. Ciente de seu dever para com o reino, Daeron agiu rapidamente para corrigir muitos dos erros do reinado de seu pai. Ele substituiu todos os membros do pequeno conselho com seus próprios homens, normalmente selecionando conselheiros sábios e capazes. Levou quase um ano para reparar os danos na Patrulha da Cidade de Porto Real, cujos oficiais eram tão corruptos quanto Aegon havia sido.[4]
Daeron não poderia desfazer a legitimação dos bastardos de seu pai, mas ele os tratou com honra e continuou com os rendimentos que lhes foram concedidos. Ele pagou o dote que Aegon havia prometido para o Arconte de Tyrosh por sua filha, Rohanne, para casa-la com Daemon Blackfyre quando este tinha treze anos. No dia do casamento de Daemon, o Rei Daeron concedeu-lhe um pedaço de terra perto da Torrente da Água Negra para que Daemon pudesse construir uma fortaleza.[4]
Devido ao casamento de Daeron com Myriah Martell, muitos nobres e damas dorneses passaram a viver na corte de Daeron, que, aos olhos de muitos westerosis, serviu para dar um sabor estrangeiro a Fortaleza Vermelha, mas isso também alienou muitos dos outros nobres e cortesãos de Daeron que ainda ressentiam Dorne. No geral, o casamento de Daeron e Myriah foi feliz e frutífero.[4]
O Rei Daeron iniciou negociações com seu cunhado Maron Martell, o Príncipe de Dorne, para formalmente unificar Dorne aos Sete Reinos. Após dois anos de negociações, um acordo foi finalizado. Maron se casaria com a irmã de Daeron, a princesa Daenerys, em 188 d.C. e, no ano seguinte, o Príncipe de Dorne se ajoelhou perante o Trono de Ferro e jurou fidelidade a Coroa. No Grande Septo de Baelor, eles colocaram uma coroa de ouro diante da estátua do Rei Baelor o Abençoado e afirmaram em unisso, "Baelor, seu trabalho foi completado".[4]
Para celebrar a união pacífica de Dorne ao reino, Daeron começou a construção de Solarestival, um novo palácio nas Marcas Dornesas levemente fortificado para representar a nova era de paz. Contudo, muitas casas nobres de Westeros, especialmente no sul, ressentiam-se dos privilégios e direitos especiais que foram concedidos a Casa Martell. Maron foi autorizado a manter o título real de "Príncipe" e poderia cobrar impostos para o Trono de Ferro com menos supervisão de Porto Real.[4]
Popular dentro do reino, o Rei passou a ser conhecido como Daeron "O Bom" pelo povo comum e pelos nobres. Embora ele fosse mais um estudioso do que guerreiro, dois de seus filhos eram habilidosos com armas. O seu filho mais velho era Baelor Quebralanças, que recebeu esta alcunha quando num torneio para celebrar o casamento de Daenerys com Maron de Dorne, ele derrubou Daemon Blackfyre na batalha final. Seu filho mais novo era Maekar, também conhecido por ser um guerreiro formidável.[4]
Rebelião Blackfyre
Após anos de tensão, finalmente explodiu a Primeira Rebelião Blackfyre em 195 d.C. e engolfou quase toda Westeros. Alguns lordes, especialmente os Senhores da Marca, ainda odiavam os dorneses da mesma forma que o rei Aegon IV Targaryen e desconfiavam do pacífico Daeron e seus laços com a Casa Martell. Muitos nobres passaram a olhar para Daemon Blackfyre, um Grande Bastardo que brandia a espada valiriana Blackfyre da Casa Targaryen, como um possível rei forte e admiravam suas habilidades marciais.[6] Daemon amava a princesa Daenerys, mas Daeron decidiu casar sua irmão com o príncipe Maron Martell, para finalmente trazer Dorne para o reino e unificar o continente.[11]
O meio-irmão de Daemon e outro Grande Bastardo, Aegor Rivers, conhecido como Açoamargo, motivava Daemon a lançar uma reivindicação ao Trono de Ferro e desafiar Daeron pela coroa. Com os antigos rumores sobre a legitimidade de Daeron como um possível bastardo nascido de adultério, alguns rebeldes, como Sor Eustace Osgrey, viam Daeron como um falso nascido e usurpador do Trono de Ferro.[5]
A Rebelião Blackfyre começou com combates sendo travados nas Terras Fluviais, na Campina, no Vale de Arryn e nas Terras Ocidentais entre aqueles que apoiavam a reivindicação do Dragão Negro (Daemon) e os que permaneceram leais ao Dragão Vermelho (Daeron). O Rei Daeron recebeu apoio das grandes casas e de um Grande Bastardo, Brynden Rivers, conhecido como Corvo de Sangue.[5] A rebelião acabou na decisiva Batalha do Campo do Capim Vermelho em 196 d.C. com a derrota do exército rebelde e a morte de Daemon e seus dois filhos mais velhos, Aegon e Aemon. Açoamargo escapou e fugiu para o outro lado do Mar Estreito com os filhos sobreviventes de Daemon. Os Pretendentes Blackfyre continuaram a causar problemas para os Sete Reinos por gerações.[4]
Últimos anos
Após a Rebelião Blackfyre, Daeron tomou terras, castelos e reféns daqueles senhores que lutaram pela Casa Blackfyre como punição.[5] O resto do reinado de Daeron foi pacífico.
Daeron e Myriah Martell tiveram quatro filhos: Baelor, Aerys, Rhaegel e Maekar. O filho mais velho e herdeiro aparente de Daeron, Baelor Quebralanças, o Príncipe de Pedra do Dragão, serviu como a Mão do Rei durante a parte final do reinado de seu pai. Baelor serviu habilmente como Mão e muitos viram nele um grande homem que se tornaria um grande rei depois de seu pai. Contudo, tragédia aconteceu no Torneio de Vaufreixo em 209 d.C. quando Baelor foi acidentalmente morto por Maekar durante o Julgamento de Sete envolvendo Sor Duncan o Alto.[12]
O rei Daeron II faleceu no ano seguinte devido a Grande Praga da Primavera, junto com dois de seus netos, os príncipes Valarr e Matarys.[5] Ele foi sucedido por seu segundo filho, Aerys I Targaryen. Daeron reinou durante vinte e cinco anos, e a maior parte desses anos viu paz e abundância para o reino.[4]
Família
{Daeron II} | {Mariah Martell} | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
{Baelor} | {Jena Dondarrion} | {Aerys I} | {Aelinor Penrose} | {Rhaegel} | {Alys Arryn} | {Maekar I} | {Dyanna Dayne} | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
{Valarr} | {Kiera de Tyrosh} | {Matarys} | {Aelora} | {Aelor} | {Daenora} | {Aerion} | {Daeron} | {Kiera de Tyrosh} | {Aemon} | {Aegon V} | {Rhae} | {Daella} | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Gêmeo | Gêmeo | {Maegor} | {Vaella} | Casa Targaryen | Filhos desconhecidos | Filhos desconhecidos | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Sobre a página
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Referências
- ↑ 1,0 1,1 George R. R. Martin's A World of Ice and Fire, 25.
- ↑ So Spake Martin: Targaryen Kings (1 de novembro de 2005)
- ↑ O Cavaleiro dos Sete Reinos, O Cavaleiro Misterioso.
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 4,8 4,9 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Daeron II.
- ↑ 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 O Cavaleiro dos Sete Reinos, A Espada Juramentada.
- ↑ 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Aegon IV.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Daeron I.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Baelor I.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Apêndice: Árvore Genealógica dos Targaryen.
- ↑ A Guerra dos Tronos, Capítulo 15, Sansa.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 38, O Sentinela.
- ↑ O Cavaleiro dos Sete Reinos, O Cavaleiro Andante.