Batalha do Vinhomel
A Batalha do Vinhomel foi uma das muitas batalhas travadas durante a Dança dos Dragões entre os Verdes do Rei Aegon II Targaryen e os Negros da Rainha Rhaenyra Targaryen pelo controle dos Sete Reinos após a morte do pai dos dois pretendentes, Viserys I.[1]
Batalha do Vinhomel | |||||||||||||||||
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Conflito | Dança dos Dragões | ||||||||||||||||
Data | 130 d.C. | ||||||||||||||||
Local | Margens do Vinhomel | ||||||||||||||||
Resultado | Vitória dos Verdes | ||||||||||||||||
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Prelúdio
Como o principal apoio do Rei Aegon II Targaryen vinha da Casa Hightower, a família de sua mãe Alicent, os Verdes tinham assumido que a maioria dos lordes e cavaleiros da Campina acabariam se declarando pelos Verdes. Porém, o contrário se provou verdadeiro, com a maioria dos nobres nas regiões norte e leste da Campinha apoiando a reivindicação de Rhaenyra Targaryen e os Negros, incluindo as casas Caswell, Rowan e Tarly. De fato, vários dos próprios vassalos diretos dos Hightowers declararam por Rhaenyra, como as casas Beesbury e Costayne. Com a Campina dividida entre os Negros e os Verdes, e com o Lorde Lyonel Tyrell de Jardim de Cima sendo apenas um bebê, sua mãe (que servia como regente) garantiu que a Casa Tyrell permaneceria neutra durante a guerra civil. Em vez de marchar rapidamente com seus exércitos da Campina para se unir aos outros Verdes ao norte, os Hightowers e seus aliados tiveram de marchar lentamente pela Campina, enfrentando forte resistência. [1]
Após as vitórias iniciais dos Negros nas Terras Fluviais, como em Harrenhal e Barreira de Pedra, Otto Hightower então enviou mensagem para o seu sobrinho, o Lorde Ormund Hightower, pedindo para que ele mobilizasse o grande exército Hightower para esmagar a rebelião na Campina. Ormund de fato reuniu as tropas de sua Casa e marchou de Vilavelha, sendo atacado pelas forças dos Negros pouco tempo depois. Embora estivessem em menor número do que o exército Hightower, as forças dos Negros os enfrentaram de várias direções e usaram táticas de assédio para retardar seu avanço. Alan Tarly e Alan Beesbury (os "Dois Alans") juntaram suas hostes e atacaram os acampamentos de Ormund dia e noite, matando seus batedores e ateando fogo em suas linhas de marcha. Mais ao sul, Lorde Costayne veio com seu exército, de sua fortaleza em Três Torres, para atacar as linhas de suprimento dos Hightowers na retaguarda. Esses ataques de bater e correr, ações de guerrilha, de várias direções duraram vários meses, com os Hightowers falhando em repelir os rebeldes.[1]
Ao final de 129 d.C., notícias piores chegaram a Ormund de que um grande exército igual em tamanho do seu estava descendo do norte do Vago, liderado por Thaddeus Rowan, Senhor de Bosquedouro (aparentemente consistindo numa força combinada dos Rowans, Caswells e outros Negros do norte da Campina). Diante dos inimigos na frente e atrás, em vez de avançar, Ormund decidiu interromper seu avanço e acampar em uma posição defensiva ao longo do rio Vinhomel. Ele permaneceu lá por várias semanas, enquanto enviava mensagens para Porto Real, exortando o Rei Aegon II e seu irmão Aemond a enviar um de seus dragões para ajudá-lo. Aegon II havia sido gravemente ferido em Pouso de Gralhas, contudo, e o cabeço-quente Aemond decidiu que a ameaça maior era seu tio Daemon Targaryen em Harrenhal com Caraxes, ele ignorou os pedidos por ajuda de Ormund e levou seu dragão Vhagar e o seu exército para as Terras Fluviais.[1]
O exército Hightower deixou Vilavelha assim que a guerra começou nas Terras Fluviais, em meados de 129 d.C., enquanto Ormund deteve seu avanço logo após a Batalha de Pouso de Gralhas em 129 d.C.. O exército de Rowan alcançou o Vinhomel três semanas após o ano novo de 130 d.C. ("uma quinzena" depois da Batalha da Goela, que ocorreu no quinto dia de 130 d.C.).[1]
A batalha
Na terceira semana do ano 130 d.C., o exército de Ormund Hightower estava preso entre dois exércitos, prensado contra as margens do rio Vinhomel. Do nordeste, Lorde Thaddeus Rowan e Tom Flowers, o "Bastardo de Ponteamarga", lideravam uma grande hoste de cavaleiros montados. Um segundo exército, uma força menor, liderada por Sor Alan Beesbury, Lorde Alan Tarly e Lorde Owen Costayne, veio de outra direção e então atacaram as tropas Hightower por trás, cortando a retirada dos Verdes para o sul, em direção de Vilavelha.[2]
Atacado pela frente e por trás, as linhas das forças de Lorde Hightower começaram a ceder e a derrota parecia iminente. Foi então que então uma sombra enorme apareceu no céu acima deles, o príncipe Daeron Targaryen e seu dragão Tessarion. Foi então que a batalha virou a favor das forças de Aegon II e a debandada foi iniciada com pesadas baixas na retirada para os Negros.[1]
Tom Flowers foi morto na batalha e Lorde Owen Costayne terminou mortalmente ferido por Jon Roxton e sua espada de aço valiriano, a Fazedora de Órfãos. Alan Tarly e Alan Beesbury foram feitos prisioneiros. O único comandante dos Negros que conseguiu escapar foi Thaddeus Rowan, que recuou para o norte com os restos de seu exército.[1]
Desfecho
Essa seria a segunda derrota consecutiva para Rhaenyra Targaryen e seus Negros nas mãos de Aegon II e os Verdes. As perdas provaram que a guerra não seria uma campanha fácil para nenhum dos dois lados, e que o fim não estava à vista. Rhaenyra, porém, também perdia quatro comandantes valiosos: Tom Flowers, Sor Alan Beesbury, Lorde Alan Tarly e Lorde Owen Costayne.
Daeron Targaryen surgiu como um herói naquele dia e foi sagrado cavaleiro por Lorde Ormund Hightower com sua espada de aço valiriano Vigilância.
Citações
“ | Meu senhor é bondoso em dizer, mas a vitória pertence a Tessarion. | ” |
—— Príncipe Daeron, o Ousado.
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Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado.
- ↑ A Princesa e a Rainha.