Aerys II Targaryen, também conhecido como O Rei Louco, foi o décimo sétimo e último membro da Casa Targaryen a se sentar no Trono de Ferro, reinando de 262 d.C. até 283 d.C..[1]
Aerys, por Amoka © | |
Informações biográficas | |
Reinado | 262 d.C. a 283 d.C. |
---|---|
Nome completo | Aerys Targaryen, o Segundo de seu Nome |
Pseudônimo(s) | Aerys, o Louco O Rei Louco |
Títulos | Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens Senhor dos Sete Reinos Protetor do Território |
Nascimento | 243 d.C. |
Morte | 283 d.C., em Fortaleza Vermelha, em Porto Real |
Família | |
Casa Real | Casa Targaryen |
Predecessor | Jaehaerys II Targaryen |
Herdeiro(s) | Rhaegar Targaryen |
Sucessor | Robert Baratheon |
Rainha | Rhaella Targaryen |
Filhos | Rhaegar, Viserys, Daenerys |
Pai | Jaehaerys II Targaryen |
Intérprete | David Rintoul |
Aparições | Sexta Temporada |
O início de seu reinado foi promissor, resultando em paz e prosperidade aos Sete Reinos, mas o rei logo começou a ficar cada vez mais insano, principalmente após o Desafio de Valdocaso, onde ficou cativo de um nobre rebelde por vários meses. Sua crueldade e paranoia apenas cresceram depois disso. Foi morto durante uma grande revolta (a Guerra do Usurpador) que destronou sua família e viu ascender em Westeros uma nova dinastia real, com os Baratheons assumindo o controle do reino.
É um dos grandes exemplos da loucura Targaryen.
Caráter e aparência
Em sua juventude, Aerys II era charmoso, generoso, amável e decidido, embora facilmente irritável. Quando ficou mais velho, se tornou cada vez mais ciumento, desconfiado e crueal, suscetível a crises fulminantes de fúria. Após o Desafio de Valdocaso, essas características se tornaram mais pronunciadas. Começou a ver sinais de rebeldia e conspiração contra ele por todos os lados e passou a aplicar punições sádicas em todos os seus supostos inimigos. Desenvolveu uma fascinação pelo fogo, que chegava a excitá-lo sexualmente. De fato, quando Aerys entregava um inimigo às chamas, fazia uma visita ao leito da rainha, sua irmã-esposa Rhaella Targaryen. Os abusos do rei foram uma das razões para o casamento infeliz que os dois tiveram.[2]
Perto do fim de sua vida, a loucura de Aerys transformara sua aparência. Mesmo com quarenta anos, ele aparentava seu muito mais velho. Com medo de ser envenenado, ele comia pouco, o que o tornou esquelético. Como se cortava nas farpas do Trono de Ferro, desenvolveu fobia à qualquer tipo de lâmina e proibiu que qualquer um as portasse em sua presença, exceto os membros de sua Guarda Real. Devido à essa fobia ele não cortava os cabelos. Suas unhas cresceram sem corte e seus cabelos e barba se penduravam em tranças selvagens. Ele usava a elaborada coroa de Aegon, o Indigno.[2]
História
Juventude
Aerys era filho do Príncipe Jaehaerys, o segundo filho do Rei Aegon, o Improvável. Ainda adolescente, ele foi forçado a se casar com sua irmã Rhaella, seguindo a tradição da Casa Targaryen. A união foi apoiada pelo Rei Aegon V, que ouvira sobre uma profecia que dizia que o Príncipe Que Foi Prometido nasceria da linhagem deles. De acordo com Sor Barristan Selmy, que estava presente no casamento, não havia muito carinho entre os irmãos.[3]
Em 259 d.C., Rhaella deu à luz ao primeiro filho e herdeiro de Aerys, Rhaegar. Ele nasceu do "sangue e pesar" durante a Tragédia de Solarestival, incêndio que matou o Rei Aegon V, seu herdeiro, o Príncipe Duncan, e muitos outros. O pai de Aerys, Jaehaerys, reinou por apenas três anos e morreu, deixando o Trono de Ferro para Aerys, que foi coroado Aerys II. Ele e Rhaella tiveram mais dois filhos: Viserys e, após a morte de Aerys, Daenerys.[2]
Começo do reinado
O reinado de Aerys começou em 262 d.C. com grande promessa. No decorrer de uma dúzia de pacíficos anos, o reino se recuperou dos trágicos eventos em Solarestival e se tornou mais forte e próspero. Porém, problemas surgiram e modificaram o governo de Aerys e o caráter do próprio rei.[2]
Sob os governos de seu pai e avô, a corte real em Porto Real havia crescido conservadora. Aerys impressionou com suas mudanças, substituindo velhas e tacanhas figuras por rostos mais jovens e promissores. Impressionado com o jeito implacável do jovem Tywin Lannister em lidar com uma rebelião de seus vassalos, o rei nomeou-o sua Mão.
No entanto, Aerys veio a se arrepender de sua escolha - não devido à falta de competência por parte de Tywin, mas sim o contrário. O Lannister provou ser um brilhante administrador, e sua popularidade e fama se alastrou por entre o povo de modo que começaram a falar que era Tywin, e não Aerys, que governava o reino. O capitão da guarda de Tywin, Sor Ilyn Payne, teve a língua arrancada com tenazes quentes por repetir esse boato. Invejoso e temeroso, Aerys decidiu depender menos de Tywin.
Em 276 d.C., Lorde Tywin organizou um torneio em honra ao rei. Ele pretendia unir a Casa Lannister à Casa Targaryen através da união do Príncipe Rhaegar com sua filha, Cersei Lannister. Porém, Aerys temia o poder e ambição de Tywin e rejeitou rudemente a oferta, dizendo que seu filho não se casaria com a filha de seu servo. Tywin nunca esqueceu aquele insulto.
O Desafio de Valdocaso
Ver também: Desafio de Valdocaso
No final de 276 d.C., Lorde Denys Darklyn de Valdocaso, possivelmente sob influência de sua esposa myrana, Serala, reteve impostos da coroa. Querendo demonstrar que era capaz de resolver o problema sem a ajuda de Tywin, Aerys partiu para Valdocaso numa atitude que se mostrou desastrosa. Com uma força que incluía apenas um cavaleiro da Guarda Real, Aerys pretendia prender e executar Lorde Denys. Em pânico, Lorde Denys prendeu o rei. Coube a Lorde Tywin resolver o problema, reunindo um exército e cercando a cidade. A situação se arrastou por seis meses, com Denys ameaçando executar o rei ao primeiro sinal de que Tywin fosse invadir a cidade. Por fim, Sor Barristan Selmy da Guarda Real se infiltrou em Valdocaso e resgatou Aerys.[2]
Sem refém, Lorde Denys rendeu a cidade e implorou por misericórdia, mas a reação de Aerys foi brutal. Ele ordenou que a Casa Darklyn fosse destruída junto de sua aliada, a Casa Hollard. Os membros dessas duas Casas foram torturados e queimados vivos, com exceção do jovem Dontos Hollard, poupado devido a um pedido de Sor Barristan.[2]
Esses eventos foram um marco para a descida de Aerys rumo à loucura. Depois do tempo de cativeiro, ele se recusou a deixar a Fortaleza Vermelha nos anos que se seguiram. Seus ciúmes e suspeita naturais cresceram numa paranoia sem tamanho, de modo que via sinais de traição em todo lugar. O rei não confiava nem em sua esposa e herdeiro, e especialmente não confiava em sua Mão, já que sugerira-se que Tywin seria capaz de abandoná-lo para morrer em Valdocaso. Após ouvir sobre os talentos de Varys, ele o trouxe do outro lado do Mar Estreito e o nomeou Mestre dos Sussurros, acreditando que o eunuco o alertaria sobre possíveis ameaças. Aerys se tornou brutal, inconstante e demasiadamente fascinado pelo fogo, especialmente pelo fogovivo.[2]
A relação de Aerys com Lorde Tywin se deteriorou rapidamente. De acordo com Sor Barristan, um dos pontos altos da crise foi o desejo de Aerys pela mulher de Tywin, Joanna Lannister. Tywin continuou com sua intenção de casar Cersei com Rhaegar, mas o rei decidiu casar o filho com Elia Martell. Ainda assim, Tywin manteve a filha na corte, talvez esperando casá-la com o Príncipe Viserys. Por fim, Aerys tomou de Tywin seu herdeiro ao nomear para a Guarda Real o jovem Jaime Lannister. A nomeação foi uma clara intenção de privar a Casa Lannister de um herdeiro adequado (o outro filho de Tywin, Tyrion Lannister, era anão e deformado, e por isso um rejeitado) e dar a Aerys um refém que pudesse garantir a lealdade de Tywin. Furioso, Tywin se demitiu do cargo de Mão e voltou com Cersei para Rochedo Casterly.[2]
Para substituir Tywin, Aerys apontou o velho Lorde Owen Merryweather, um homem amável mas não muito competente, cujas principais qualidades eram o gosto por festas e a capacidade de bajular o rei constantemente.
A Guerra do Usurpador
Veja também: Rebelião de Robert
A primeira vez que Aerys deixou a Fortaleza Vermelha após o Desafio de Valdocaso foi para assistir o Torneio de Harrenhal em 281 d.C.. Ele só o fez devido ao aviso de Varys, que disse que o Príncipe Rhaegar planejava utilizar o torneio para reunir apoiadores e tomar o trono do pai. Um cavaleiro misterioso, o Cavaleiro da Árvore que Ri, competiu no torneio. Acreditando que o cavaleiro escondia sua identidade por ser inimigo da coroa, Aerys ordenou que Rhaegar descobrisse sua identidade, mas nenhuma evidência foi encontrada. Rhaegar venceu o torneio e, chocando todos os presentes, coroou Lyanna Stark como Rainha do Amor e da Beleza no lugar de sua esposa, a Princesa Elia.
Logo depois, o Príncipe Rhaegar desapareceu com Lyanna, aparentemente tendo sequestrado-a. O irmão mais velho da garota, Brandon, cavalgou a Porto Real com um grupo de amigos. Ao chegar à Fortaleza Vermelha, Brandon gritou pelo Príncipe Rhaegar e o desafiou a "sair e morrer". Rhaegar não estava presente, mas Aerys estava. Ele ordenou que Brandon e seus companheiros fossem presos sob acusação de conspirar a morte do príncipe herdeiro e exigiu que seus pais aparecessem para responder pelo crime dos filhos. Quando eles o fizeram, Aerys executou a todos sem julgamento. Lorde Rickard Stark foi queimado vivo com fogovivo enquanto Brandon assistia, preso pelo pescoço a um dispositivo. O Stark acabou se estrangulando ao tentar salvar o pai. No auge de sua paranoia, o rei ordenou que Lorde Jon Arryn enviasse para Porto Real a cabeça de seus dois protegidos, Eddard Stark e o noivo de Lyanna, Robert Baratheon, acusados de participar daquela conspiração. Arryn se recusou, e os atos brutais do rei levariam a uma cadeia de eventos que culminariam na chamada Guerra do Usurpador pelos lealistas Targaryen, ou Rebelião de Robert pelos rebeldes. A Casa Arryn, a Casa Stark, a Casa Baratheon e a Casa Tully se rebeleram contra o Trono de Ferro, unidos pela reivindicação de Robert Baratheon, neto de Rhaelle Targaryen, a tia do rei.
A inércia de Lorde Merryweather, que ainda era Mão do Rei, permitiu que a rebelião se espalhasse, de modo que Aerys o substituiu por um amigo próximo de Rhaegar, Lorde Jon Connington. No Septo de Pedra, Jon perdeu a Batalha dos Sinos e deixou os lealistas numa posição vulnerável, de modo que foi exilado e substituído pelo Lorde Qarlton Cheslted.
Morte
Veja também: Saque de Porto Real e A Conspiração do Fogovivo
Após a Batalha dos Sinos, o rei percebeu que Robert não era um mero senhor fora da lei, mas a maior ameaça à Casa Targaryen desde Daemon Blackfyre. Temendo uma vitória rebelde, ele passou a planejar seu ato de vingança final contra os inimigos caso a capital fosse tomada. Ele ordenou aos seus piromantes que criassem uma grande reserva de fogovivo, tramando incendiar a cidade e reduzi-la a cinzas, matando meio milhão de habitantes para que Robert não a conquistasse. Quando Lorde Chelsted descobriu isso, confrontou Aerys e tentou dissuadi-lo dessa loucura. Frustrado, ele jogou a corrente de Mão nos pés de Aerys, e por isso foi queimado vivo. Os alquimistas haviam subido muito nos favores do rei Aerys desde o Desafio de Valdocaso devido ao interesse do rei pelo fogovivo, de modo que Aerys apontou seu líder, Rossart, como Mão.
Com o desfecho da Batalha do Tridente, na qual o Príncipe Rhaegar foi assassinado e o exército lealista, derrotado, a vitória rebelde parecia certa. Aerys enviou a Rainha Rhaella (que estava grávida de Daenerys) e o Príncipe Viserys para Pedra do Dragão para sua segurança. Apesar disso, ele manteve a Princesa Elia e seus filhos, Rhaenys e Aegon na Fortaleza Vermelha, acreditando que isso garantiria a lealdade da Casa Martell e de Dorne. Essa decisão temerária resultou na morte de boa parte da família real nas mãos de Sor Amory Lorch e Sor Gregor Clegane.
Horas antes da vanguarda do exército rebelde, encabeçada por Eddard Stark, chegar em Porto Real, doze mil ocidentais se apresentaram nos portões da cidade. Tywin Lannister declarou sua lealdade ao Rei Aerys e pediu que os portões fossem abertos. Varys alertou o rei para que não atendesse ao pedido, mas o Grande Meistre Pycelle, que acreditava que a guerra já fora perdida pela Casa Targaryen, convenceu o rei a abrir os portões da cidade. Assim, o Rei Louco ordenou seu último ato de loucura e abriu sua cidade aos leões que estavam à porta. Os Lannister iniciaram seu saque em nome do Rei Robert. Percebendo que o fim havia chegado, Aerys ordenou a Rossart que iniciasse a destruição da cidade.[1][4][5]
O único cavaleiro da Guarda Real na cidade era Sor Jaime, então coube a ele a defesa da Fortaleza Vermelha. Ele pediu ao Rei Aerys poderes para tentar uma rendição, mas o rei ordenou que ele matasse o próprio pai.[6][7] Jaime também descobriu que Rossart estava pronto para incendiar a cidade. Jaime era o único além de Aerys e dos piromantes que sabia sobre a conspiração, e decidiu impedir aquela tragédia. Ele encontrou Rossart e o matou, partindo em seguida para a sala do trono. Lá, ele matou o rei Aerys, garantindo que suas ordens não alcançassem outro piromante.[6]
Pouco depois, Robert Baratheon reivindicou o Trono de Ferro. A Dinastia Targaryen, que unificara e reinara sobre os Sete Reinos por trezentos anos, chegava ao fim.[5]
Citações
“ | Os traidores querem a minha cidade, mas não lhes darei nada a não ser cinzas. Que Robert seja rei de ossos carbonizados e carne esturricada. | ” |
Família
Referências
- ↑ 1,0 1,1 A Guerra dos Tronos, Referência errada.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 O Mundo de Gelo e Fogo, Referência errada.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 23, Daenerys.
- ↑ A Fúria dos Reis, Capítulo 3, Tyrion.
- ↑ 5,0 5,1 A Guerra dos Tronos, Capítulo 3, Daenerys.
- ↑ 6,0 6,1 A Tormenta de Espadas, Capítulo 11, Jaime.
- ↑ A Tormenta de Espadas, Capítulo 37, Jaime.
Nota: Esta página utiliza conteúdo da A Wiki Of Ice And Fire. O conteúdo original está aqui em Aerys II Targaryen. A lista de autores pode ser vista no histórico da página.