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A Guerra da Conquista é o nome dado à série de empreitadas militares em que Aegon I Targaryen conquistou Westeros. Apoiado por suas duas esposas-irmãs (Visenya e Rhaenys), seus dragões e um pequeno exército, Aegon submeteu seis dos Sete Reinos. Nem todo o continente teve de ser tomado pela força. Algumas casas nobres apoiaram a Casa Targaryen, enquanto outras se renderam sem lutar. Apenas Dorne permaneceria em desafio aos dragões Targaryens e levaria mais um século e meio até que, via diplomacia, o trabalho do Conquistador fosse finalmente completado.[1]

Guerra da Conquista
Aegon And His Sisters by Amok.png
Data -2 d.C. a 1 d.C.
Local Westeros
Batalhas Batalha de Vila Gaivota
Última Tempestade
Campo de Fogo
Resultado Aegon I Targaryen conquista e unifica seis dos Sete Reinos
Beligerantes
Casa Targaryen Reinos de Westeros
  • Reino das Ilhas de Ferro e das Terras Fluviais
  • Reino da Tempestade
  • Reino do Rochedo
  • Reino da Campina
  • Reino do Norte
  • Reino da Montanha e do Vale
  • Principado de Dorne
  • Comandantes notáveis
    Aegon, o Conquistador
    Lorde Orys Baratheon
    Visenya Targaryen
    Rhaenys Targaryen
    Lorde Daemon Velaryon
    Lorde Jon Mooton
    Lorde Edmyn Tully
    Rei Harren, o Negro
    Rei Argilac, o Arrogante
    Rei Loren I Lannister
    Rei Mern IX Gardener
    Rei Torrhen Stark
    Rainha Regente Sharra Arryn
    Princesa Mariya Martell
    Forças
    Cerca de três mil homens
    Três dragões adultos
    Exércitos de Westeros
    (não unidos, exceto os do Reino da Campina e os do Reino do Rochedo)

    Após conquistar boa parte de Westeros, Aegon I foi coroado Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens e fundou uma nova dinastia sobre o continente. No local onde Aegon desembarcou uma nova cidade seria fundada, Porto Real, e a partir de lá, sentado no Trono de Ferro, os Senhores dos Sete Reinos governariam a Westeros unificada.

    Antecedentes

    A guerra começou em -2 d.C. quando Aegon Targaryen e suas duas irmãs-esposas Rhaenys e Visenya, desembarcaram com menos de 3.000 homens na costa leste de Westeros, na foz da Baía da Água Negra. Os Targaryen ocupavam a ilha-fortaleza de Pedra do Dragão, o posto mais ocidental do antigo Domínio da Cidade Franca de Valíria.

    Durante os Anos Sangrentos, período de caos em Essos após a Perdição, os Targaryen se mantiveram em Pedra do Dragão, conservando suas forças.[2] Eles até mesmo recusaram aos apelos de Volantis, a mais antiga colônia de Valíria, que tinha intenção de reconstruir o Domínio. Ao invés de ajudar aos volantinos, Aegon se voltou para Westeros e decidiu que unificaria o continente e o colocaria sob seu comando. Com mão de obra muito limitada, os Targaryen sabiam que seus dragões adultos seriam a sua grande arma.[3][3]

    Aegon, o Rei da Tempestade e Bravos, se aliaram com Tyrosh, Lys e Myr para quebrar a hegemonia de Volantis que se instaurara em Essos após a ascensão dos tigres na tríade volantina.

    Logo antes do Desembarque, havia guerra nas terras fluviais e na Campina. Os principais beligerantes eram o Rei Harren Negro, governante das Ilhas de Ferro, e Argilac, o Arrogante. Harren acabava de construir sua fortaleza de Harrenhal e procurava por mais conquistas. Argilac acabou temendo Harren e então propôs uma aliança com Aegon. Acredita-se que o Arrogante queria criar uma “zona tampão” entre ele e Harren. Ele ofereceu a Aegon a mão de sua filha em casamento e algumas terras que, de fato, estavam em posse de Harren Negro. Aegon recusou a oferta e ofereceu a mão do seu melhor amigo e irmão bastardo, Orys Baratheon. Argilac tomou isso como um insulto grave e arrancou as mãos do emissário que levara a proposta. Ele mandou-as para Aegon com a seguinte mensagem: “Essas são as únicas mãos que você vai receber”. Aegon então chamou seus subordinados e formou um conselho. Quando terminaram, corvos voaram para as fortalezas da cada governante nos Sete Reinos. Aegon os informou de que haveria apenas um único rei e aqueles que dobrassem o joelho e jurassem lealdade poderiam manter suas terras e títulos, mas os que se recusassem seriam destruídos.

    A Conquista

    Na época, os monarcas dos Sete Reinos eram:

    A data dos eventos é incerta, de modo que podem ou não ter ocorrido nessa sequência:

    O Desembarque de Aegon

    Não se sabe ao certo quantos homens Aegon tinha a seu serviço. Alguns afirmam que eram 3 000, outros que não passavam de algumas centenas.[4]

    O desembarque ocorreu na Baía da Água Negra, um lugar que centenas de antigos reis já reclamaram. Apenas alguns pequenos lordes viviam na região, todos governados por Harren e com muito pouco amor pelo seu suserano. Aegon mandou suas irmãs para perto de Rosby e Stokeworth e os castelos se renderam sem derramamento de sangue. Os Darklyn de Valdocaso e os Mooton de Lagoa da Donzela chegaram a lutar. Orys liderou o exército enquanto Aegon montava Balerion alto no céu. Eles ganharam facilmente.[1]

    Um forte de madeira foi construído em uma das colinas com vista para a Baía da Água Negra. Aegon nomeou Daemon Velaryon como Mestre dos Navios, Tristan Massey como Mestre das Leis e Crispian Celtigar como Mestre da Moeda. Ele denominou Orys Baratheon como “seu escudo, seu partidário, sua forte mão direita” e Orys se tornou a primeira Mão do Rei. Visenya coroou Aegon e Rhaenys o saudou como rei. Os lordes e cavaleiros aplaudiram-no, mas o povo aplaudiu mais alto.[1]

    Nos Sete Reinos, os reis ergueram seus estandartes e fizeram alianças. Dorne ofereceu lealdade aos Targaryen desde que fossem tratados como iguais. O pequeno Rei Ronnel Arryn também enviou um tratado a Aegon, mas o Conquistador ignorou a ambos.

    Todos decidiram esperar e ver para onde os Targaryen marchariam.

    Conquista das Terras Fluviais e das Ilhas de Ferro

    Aegon atacou primeiramente o rei das Ilhas de Ferro, a noroeste. O rei Harren, o Negro governava tanto as Ilhas de Ferro quanto as Terras Fluviais de sua recém-construída fortaleza em Harrenhal, o maior castelo de Westeros, considerado inexpugnável contra cerco ou ataque.[5]

    Diante da ameaça Targaryen, o regime de terror de Harren entrou em colapso. Liderados por Edmyn Tully, grande parte dos senhores das terras fluviais - Mallister, Bracken, Frey, Blackwood - decidiu se juntar a Aegon, que marchou para Harrenhal e cercou a imensa fortaleza.[1][6]

    Os meistres presentes durante o ocorrido registraram a parlamentação com Harren:

    Aegon: Renda-se agora e eu o farei Senhor das Ilhas de Ferro. Tenho oito mil homens aqui.

    Harren: O que são oito mil homens? Eu tenho muralhas!

    Aegon: Eu tenho dragões.

    Harren: Pedras não queimam.

    Aegon: Ao anoitecer, vocês estarão acabados.

    Harren ofereceu uma vasta recompensa para o homem que matasse o dragão. Quando a noite caiu, Aegon voou com Balerion e ultrapassou as defesas de Harrenhal. Balerion soltou suas chamas e, embora pedras realmente não queimem, o mesmo não se aplica a madeira, palha e homens. Logo, as torres de Harrenhal pareciam grandes velas, sendo que Harren e seus filhos foram consumidos pelas chamas. Espadas, negras e destruídas, foram recolhidas por ordem de Aegon.[1]

    Os homens de ferro restantes renderam-se. Aegon permitiu que continuassem com seu costume de escolher seu líder, sendo que o eleito foi Vickon Greyjoy, de Pyke.[7] Logo em seguida, os Greyjoy e os Tully foram os primeiros a se ajoelhar diante de Aegon. Pelos serviços prestados pelos Tully, Aegon lhes deu a senhoria das terras fluviais.[6]

    A Submissão da Baía dos Caranguejos

    Após a morte de Harren, o Negro, Aegon enviou sua irmã, a Rainha Visenya, para submeter os senhores da Baía dos Caranguejos. Os nobres perceberam que não tinham chances, então depositaram suas espadas aos pés da rainha e ela os tomou como seus próprios homens, no entanto eles não deveriam lealdade a ela, mas sim ao Trono de Ferro.[1]

    Conquista das Terras da Tempestade

    Ver Artigo Principal: Última Tempestade

    Após ver o que acontecera com Harren, Argillac jurou que não morreria assado em seu castelo como um porco com uma maçã na boca, e sim lutando. Ele liderou seu exército e marchou de encontro ao inimigo. Rhaenys, montada em seu dragão, observou tudo de cima e relatou seus movimentos para Orys. Enquanto os exércitos se aproximavam, uma grande tempestade caiu sobre eles. Seus homens o aconselharam a esperar mas ele tinha a vantagem de dois pra um e o vento estava carregando a chuva para cima dos Targaryen. Argilac avançou e começou a Batalha da Última Tempestade. Os cavaleiros de Argilac atacaram, mas foram atrasados pela lama. Quando eles finalmente conseguiram avançar, tiveram de enfrentar Rhaenys em Meraxes. O dragão era tão mortal em terra quanto no céu. Na confusão, Argilac foi derrubado do seu cavalo e acabou ficando frente a frente com Orys Baratheon. Os dois se feriram muito, mas logo Argilac conseguiria realizar o seu desejo e morreria em batalha. Sua morte significou o fim da luta.[1]

    Em Ponta Tempestade, a filha de Argilac, Argella, declarou-se Rainha da Tempestade e fechou seus portões. No entanto, seus homens não estavam tão ansiosos para morrer e entregaram-na de presente a Orys, nua e acorrentada. Orys tratou-a com gentileza. Ele removeu as correntes e a cobriu com seu próprio manto. Ele tomaria o exército e o lema da Casa Durrendon para a sua própria Casa, e casaria com Argella.[8]

    Conquista das Terras Ocidentais e da Campina

    Ver Artigo Principal: Campo de Fogo

    Preocupados com a rápida expansão dos Targaryen, o Rei Loren Lannister de Rochedo Casterly e o Rei Mern IX, da Campina, se aliaram e juntaram seus exércitos contra o invasor. Essa grande tropa, chamada pelos historiadores de "Exército dos dois Reis", possuía cerca de 55 mil homens, sendo cinco mil cavaleiros montados, enquanto os Targaryen possuíam apenas 10 mil homens, muitos com lealdade duvidosa. Os aliados avançaram e quebraram as linhas dos Targaryen. Os dragões voaram e começaram a colocar fogo por todos os lados, especialmente nas áreas a favor do vento. Dentre os aliados, 4 000 homens morreram no fogo enquanto 10 000 homens sofreram queimaduras. Outros milhares ficaram feridos. Dos Targaryen, menos de 100 homens foram perdidos enquanto Visenya levou uma flechada no ombro. O Rei Mern de Jardim de Cima e seus filhos morreram em batalha mas o Rei Loren Lannister conseguiu escapar. Ele foi encontrado no dia seguinte e então dobrou o joelho. Aegon manteve sua promessa e nomeou Loren como Senhor de Rochedo Casterly e Protetor do Oeste, e depois voou para Jardim de Cima e o castelo foi rendido pelo intendente Harlen Tyrell. Como recompensa, ele o nomeou Senhor da Campina e Protetor do Sul. A nomeação enfureceu a Casa Florent que, por direito de sangue, possuía a melhor pretensão à Jardim de Cima.[1][9]

     
    Torrhen se ajoelha a Aegon, o Conquistador.

    Conquista do Norte

    Torrhen Stark tinha levantado um exército de 30.000 homens e cruzado o Gargalo. Aegon marchou com uma tropa com metade desse número. Os Stark esperaram em Fosso Cailin e tomaram conselho. O irmão bastardo de Torrhen, Brandon Snow, se ofereceu para infiltrar-se no acampamento de Aegon e matar os três dragões. Ao invés disso, Torrhen mandou três meistres encontrarem Aegon depois do Tridente. Torrhen dobraria o joelho e ficaria conhecido para sempre como “O Rei Que Ajoelhou”.[1][10]

    Aegon decidiu manter Torrhen como Senhor do Norte e de Winterfell. Posteriormente, uma pousada foi construída no local do evento, conhecida como a "Pousada do Homem que se ajoelhou".[10]

    Conquista do Vale

    Após saberem das vitórias dos Targaryen, os homens do Vale começaram a fortalecer suas defesas. Aegon mandou sua frota comandada por Daemon Velaryon tomar Vila Gaivota, auxiliado por Visenya. Na grande batalha que se seguiu, a frota Arryn foi capaz de derrotar a esquadra Targaryen e Daemon Velaryon foi morto. Visenya Targaryen, em seu dragão, queimou a frota Arryn logo em seguida. Embora os Targaryen tenham perdido a batalha, os senhores das Três Irmãs se revoltaram contra os Arryn por causa da frota perdida.[11]

    O chefe da Casa Arryn, o Rei da Montanha e do Vale, era um jovem garoto, Ronnel Arryn. Sua mãe, Sharra Arryn, governava como regente. Ela enviou um exército para o Portão Sangrento e depois retornou para a segurança do Ninho da Águia. Visenya Targaryen simplesmente montou em seu dragão e voou até ao pátio do Ninho de Águia. A regente, aflita, correu para o pátio e encontrou o filho sob posse de Visenya, pedindo para passear no dragão. Sharra dobrou o joelho, e o pequeno rei pôde dar seu passeio nas costas do dragão.[11]

    Batalha com Dorne

    Rhaenys se dirigiu para Dorne, mas encontrou todas as fortalezas vazias em seu caminho. Os homens pareciam ter partido, deixando apenas as mulheres e crianças. Quando chegou a Lançassolar, lançou seu ultimato à Princesa de Dorne, Mariya Martell, que disse que não pretendia se ajoelhar e nem lutar. Quando Rhaenys a ameaçou, Mariya respondeu com o lema dos Martell: "Insubmissos, não curvados, não quebrados!"[12]

    Aegon liderou a invasão de Dorne, tencionando se expandir para o sul de Westeros também, marchando pelas Montanhas Vermelhas. Os dorneses, porém, haviam aprendido a lição com o Campo de Fogo, e se recusaram a entrar em batalha em campo aberto, escondendo-se em seus castelos, atacando linhas de suprimento e adotando táticas de guerrilha. A intenção foi bem sucedida, e Aegon percebeu que submeter Dorne seria custoso demais, de modo que permitiu que o reino permanecesse independente.[12]

     
    Aegon Targaryen sendo coroado como o Rei dos Sete Reinos pelo Alto Septão, na cidade de Vilavelha, por Michael Komarck ©.

    A Conquista de Vilavelha

    Aegon marchou para Vilavelha, a maior cidade de Westeros no período. O Alto Septão havia se trancado no interior do Septo Estrelado, para rezar e jejuar, durante sete dias e sete noites. Quando saiu, disse que a Fé não se oporia aos Targaryen, e ordenou que Lorde Hightower abrisse a cidade. O início oficial do reinado de Aegon data de sua entrada em Vilavelha, quando o Alto Septão o ungiu com seus sete óleos e colocou uma coroa sobre sua cabeça, reconhecendo ele como Rei.[1]

    Conclusão

    Reconhecido como Rei em seis dos Sete Reinos, Aegon I Targaryen, ou Aegon, o Conquistador, como ficou conhecido, deu início à construção de um novo castelo, a Fortaleza Vermelha, e uma nova capital, Porto Real, no local de seu desembarque. Aegon derreteu e fundiu as espadas de seus oponentes derrotados e forjou o Trono de Ferro, que passaria a ser o símbolo da submissão dos senhores de Westeros aos Targaryen. Dorne permaneceu independente sob o comando dos Martell, de Lançassolar, enquanto Aegon passou o resto da vida dedicado à consolidação de seu reino. O rei Targaryen tentaria, três anos depois, conquistar Dorne de uma vez por todas. Um conflito de uma década de duração se seguiu e, apesar de sangrento, não teve vencedores, mas os dorneses continuaram independentes. Seria somente cento e oitenta anos depois da Conquista de Aegon que Dorne formalmente se uniria aos Sete Reinos através de alianças políticas e matrimoniais, dobrando o joelho para o Trono de Ferro.[1][1]

    Referências

    1. 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 O Mundo de Gelo e Fogo, Referência errada.
    2. A Dança dos Dragões, Capítulo 8, Tyrion.
    3. 3,0 3,1 A Tormenta de Espadas, Capítulo 36, Davos.
    4. A Tormenta de Espadas, Capítulo 54, Davos.
    5. A Guerra dos Tronos, Referência errada.
    6. 6,0 6,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Referência errada.
    7. O Mundo de Gelo e Fogo, Referência errada.
    8. O Mundo de Gelo e Fogo, Referência errada.
    9. A Guerra dos Tronos, Capítulo 13, Tyrion.
    10. 10,0 10,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Referência errada.
    11. 11,0 11,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Referência errada.
    12. 12,0 12,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Referência errada.

    Ver também


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