Baelor I Targaryen
Baelor I, conhecido como Baelor, o Abençoado, ou Baelor, o Amado, foi o nono Rei Targaryen a se sentar no Trono de Ferro e governar os Sete Reinos. Conhecido por sua religiosidade, Baelor era tão septão quanto rei. Era o segundo filho de Aegon III e subiu ao trono depois da morte de seu irmão, Daeron, o Jovem Dragão.
Baelor I Targaryen, por Amok ©. | |
Informações biográficas | |
Reinado | 161 d.C. a 171 d.C. |
---|---|
Nome completo | Baelor Targaryen, o Primeiro de Seu Nome |
Pseudônimo(s) | o Abençoado o Amado o Confundido |
Títulos | Rei dos Sete Reinos |
Nascimento | 143 d.C. |
Morte | 171 d.C. |
Família | |
Casa Real | Casa Targaryen |
Predecessor | Daeron I Targaryen |
Sucessor | Viserys II Targaryen |
Rainha | Daena Targaryen |
Pai | Aegon III Targaryen |
Mãe | Alguém da Casa Velaryon |
Livros As Crônicas de Gelo e Fogo | |
Mencionado | |
Mencionado | |
Mencionado | |
Mencionado | |
Mencionado | |
Mencionado | |
Livros Históricos | |
Mencionado | |
No Grande Septo de Baelor em Porto Real há uma estátua dele. Nenhum outro rei da Dinastia Targaryen foi tão amado quanto Baelor, que amava os plebeus e os deuses de forma igual (mesmo que tenha colocado suas próprias irmãs em cativeiro).
Aparência e personalidade
- Veja também: Imagens de Baelor I Targaryen
Baelor era um homem pacífico, devotado e religioso. Era muito magro e de aparência delicada devido aos seus constantes jejuns. Usava uma longa barba e cabelo loiro-platinado, típico dos Targaryen. Sua coroa era feita de flores e vinhas.
Alguns se lembram de Baelor como um homem santo, que rezava e jejuava fervorosamente para ter visões religiosas, e o honram devido às suas contribuições para a Fé, incluindo a construção do Grande Septo de Porto Real. Outros se lembram dele como um fraco, tolo, dado a alucinações e más decisões devido ao seu fanatismo excessivo.
Biografia
Começo da vida
Baelor se casou com sua irmã mais nova, a princesa Daena Targaryen, em 160 d.C..[1] Ele se recusou a consumar o casamento,[2][1] contudo, causando sua irmã, que costumava vestir completamente em preto, a mudar suas roupas para branco numa tentativa de envergonha-lo, com ela jurando que usaria apenas roupas brancas até ele consumar o casamento. O plano não funcionou, com Baelor gostando dela vestida em branco, afirmando que ela parecia mais inocente assim.[3]
Baelor e Dorne
Após a morte do seu irmão, o Rei Daeron I Targaryen, em Dorne, Baelor foi coroado rei e ascendeu ao Trono de Ferro aos 17 anos. Seu tio, o príncipe Viserys Targaryen, agindo como Mão do Rei, tinha enviado quatorze reféns dorneses para as masmorras esperando execução. O primeiro ato de Baelor foi então perdoar estes reféns e os assassinos do irmão, apesar dos veementes protestos de seus senhores e do conselho. Muitos atos semelhantes de piedade e perdão ocorreram durante seu reinado de dez anos.[1]
Baelor queria "curar as feridas" da guerra do seu irmão e pessoalmente levou os reféns de volta a Dorne. O rei caminhou pelo Caminho do Espinhaço descalço e vestido em um saco, enquanto os reféns andavam a cavalo. Sua jornada o levou ao local onde a Casa Wyl tinha aprisionado o príncipe Aemon Targaryen da Guarda Real. Baelor pediu para o Lorde Wyl para que soltasse o nu e enjaulado Aemon, mas este se recusou. Oferecendo uma oração em volta, Baelor continuou sua jornada, jurando que ele retornaria.[1]
Baelor chegou em Lançassolar após a árdua jornada, que foi considerada o primeiro milagre de seu reinado. Baelor forjou uma paz com o Príncipe de Dorne, que foi considerado o segundo milagre. Parte do acordo de paz que Baelor fez incluia casar seu primo, o príncipe Daeron, e único neto do seu Mão e tio, o Príncipe Viserys, com a filha mais velha do Príncipe de Dorne, a princesa Myriah Martell, quando ambos tivessem idade para isso. Baelor recusou a oferta de ir de volta para Porto Real em uma galé. O Príncipe de Dorne fez questão de fazer com que a viagem de Baelor fosse tranquila, com hospitalidade sendo extendida durante todo o caminho de volta a pé. Atenção especial foi dispensada para o Lorde Wyl, já que Baelor havia pedido para o Príncipe de Dorne ordenar que Aemon fosse libertado. Mesmo assim, quando o rei retornou ao local onde Aemon estava, seu cativeiro havia piorado.[1]
Lorde Wyl deu a Baelor a chave para a gaiola de Aemon, que agora estava suspensa sobre um poço de víboras. Aemon implorou para Baelor que partisse e buscasse ajuda, mas o rei acreditava que os deuses o protegeriam. Enquanto cantores gostam de dizer, as víboras inclinaram suas cabeças para Baelor quando ele passou, não ousando ataca-lo porque ele era puro e santo demais,[4] Baelor foi, na verdade, mordido várias vezes, com alguns dizendo que foram até meia dúzia de picadas,[1] mas outras falando em até cinquenta picadas.[4] Aemon puxou Baelor para fora do poço para dentro de sua gaiola e subiu para a segurança com o rei nas costas. Aemon carregou o rei inconciente pelo Caminho do Espinhaço até eles chegarem a segurança das terras da Casa Dondarrion, em Portonegro, e então a Casa Baratheon de Ponta Tempestade.[1]
Baelor em Porto Real
Após retornar para Porto Real, Baelor convenceu o Alto Septão a anular seu casamento com sua irmã Daena, uma vez que foi acordado antes dele se tornar um rei e a união nunca foi consumada.[5][1] Baelor então colocou suas irmãs — Daena, Rhaena e Elaena — na "Corte da Beleza" na Fortaleza Vermelha, mais tarde chamada de Arcada das Donzelas. Baelor queria preservar a inocência de suas irmãs da "maldade do mundo" e da luxúria dos homens,[3][1] e impedi-las de tentar os homens na corte com pensamentos carnais.[6][7] Houve pessoas que se perguntaram se Baelor temia ou não a beleza de suas próprias irmãs. Muitos protestaram contra esta decisão, incluindo a Mão do Rei, Viserys, as próprias princesas e outros na corte, mas Baelor não cedeu. As três foram mantidas em confinamento confortável e senhores e cavaleiros enviaram donzelas para a Arcada das Donzelas para ganhar o favor de Baelor.[1]
Baelor então decretou que a prostituição seria banida em Porto Real, expulsando mais de mil prostitutas e seus filhos da cidade. Muitos protestaram contra isso, mas Baelor novamente se recusou a ouvir os apelos da corte e fechou seus olhos para qualquer crise que poderia sair disso. Ele se ocupou em construir um novo septo na Colina de Visenya que ele tinha visualizado numa visão espiritual. A construção deste Grande Septo não seria completado até anos após a morte de Baelor. O povo comum amava Baelor, já que o rei frequentemente esvaziava os cofres reais gastando o dinheiro em ações de caridade para a população. As decisões erráticas de Baelor deixavam os lordes do reino desconfortáveis, se perguntando se o veneno das cobras que haviam picado Baelor tinham afetado sua mente. Ser um septção, de certa forma, previniu Baelor de ter filhos, e o Alto Septão começou a acumular enorme influência política junto ao devoto rei.[1]
Baelor ganhou o descontentamento da nobreza quando forçou o orgulhoso Lorde Belgrave a lavar os pés de um leproso.[8] Ele tentou substituir os corvos, que mandavam mensagens pelo reino, por pombas, conforme foi descrito no livro Asas Negras, Palavras Ásperas do meistre Walgrave. Ele concedeu isenção de impostos aos senhores que protegessem a virtude de suas filhas por meio de cintos de castidade[1] e tentou dar à luz a dragões ao rezar diante do seus ovos de dragão durante meio ano, mas suas orações não foram ouvidas.[7] Ele ainda doou um pão para cada homem e mulher da capital por um ano. Ele também mandou queimar vários livros, incluindo todas as cópias do O Testemunho de Cogumelo e Dragões, Wyrms e Serpes: História Antinatural pelo septão Barth, porque ele afirmou que Barth era mais um feiticeiro do que septão,[9] com o conteúdo do livro sendo suficiente para ganhar a inimizade de Baelor.[1]
Perto do fim do seu reinado, Baelor jejuaria frequentemente quase ao ponto de desmair para apaziguar a luxuria que tanto o envergonhava.[5][1] Quando o Alto Septão faleceu, Baelor escolheu um simples pedreiro chamado Pate como seu substituto, com o rei afirmando que os deuses haviam dito para ele o faze-lo. Pate trabalhava a pedra de forma tão magnifica que Baelor acreditava que ele era o próprio Ferreiro em forma humana. O novo Alto Septão não sabia ler, escrever ou recitar orações, sendo descrito como um inepto, morrendo de febre no ano seguinte após assumir o cargo. Rumores surgiram que Viserys o envenenou para acabar com o constrangimento que ele representava para o reino. Baelor então apontou um menino de rua de oito anos para a posição, com o rei afirmando que o garoto operava milagres.[10][1]
Morte
Quando a prima de Baelor, a princesa Naerys, deu à luz a gêmeos que morreram logo após o parto em 161 d.C., o rei jejuou durante uma volta da lua. Quando sua irmã e ex-esposa, Daena, deu à luz a um filho bastardo chamado Daemon Waters, em 170 d.C., Baelor jejuou por quarenta dias e noites, recusando-se a tomar qualquer coisa além de água e um pouco de pão. No quadragésimo primeiro, em 171 d.C., o rei colapsou, e nem o Grande Meistre Munkun ou o Alto Septão conseguiram salva-lo.[1]
A história diz que Baelor morreu de fome devido ao jejum prolongado para se purificar da luxúria, mas alguns acreditam que ele foi envenenado por sua Mão e tio, Viserys.[4] Alguns argumentam que Viserys queria o trono para si, mas outros dizem que ele teria matado o rei pelo bem do reino, já que Baelor teria afirmado que os Sete queriam que ele convertesse todos os não-crentes do reino, o que poderia precipitar uma crise, podendo levar a uma guerra contra o Norte (que cultuava os Velhos Deuses) e as Ilhas de Ferro (que idolatram o Deus Afogado).[1]
Legado
Praticamente nenhum rei Targaryen é amado tanto quanto Baelor. Ele era adorado pelo povo comum e pela Fé dos Sete em igual quantidade, embora ele tenha aprisionado suas irmãs na Arcada das Donzelas.[11] Alguns se lembram dele como um grande homem e um santo, o elogiando por suas contribuições para a Fé, por fazer paz com Dorne, por sua piedade e seus vários atos de caridade.[4] Outros são menos impressionados por suas qualidades, acreditando que ele é um tolo fraco e fanático demais.[12] Sor Eustace Osgrey considerava Baelor como um rei mais fraco[12] e Tyrion também não era muito fã dele, referindo-se ao antigo rei como "Baelor, o Confundido".[13]
Uma estátua do rei foi colocada diante do Grande Septo de Baelor em Porto Real.[14] Após Dorne se juntar aos Sete Reinos, o Rei Daeron II Targaryen e o Príncipe Maron Martell de Dorne, colocaram uma coroa de ouro na estátua e afirmaram, "Baelor, seu trabalho está terminado."[15]
O filho de Daeron, o príncipe Baelor Breakspear, recebeu este nome em honra de Baelor, O Abençoado.[12]
Família
Sobre a página
Esta página utiliza conteúdo baseado em Baelor I Targaryen, um artigo de A Wiki Of Ice And Fire.
Referências
- ↑ 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14 1,15 1,16 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Baelor I.
- ↑ O Festim dos Corvos, Capítulo 30, Jaime.
- ↑ 3,0 3,1 So Spake Martin: Three Maidens in the Tower, 27 de junho de 2006
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 A Tormenta de Espadas, Capítulo 59, Sansa.
- ↑ 5,0 5,1 O Festim dos Corvos, Capítulo 13, O Cavaleiro Maculado.
- ↑ A Tormenta de Espadas, Capítulo 6, Sansa.
- ↑ 7,0 7,1 A Tormenta de Espadas, Capítulo 54, Davos.
- ↑ A Tormenta de Espadas, Capítulo 36, Davos.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 14, Tyrion.
- ↑ O Festim dos Corvos, Capítulo 28, Cersei.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 65, Cersei.
- ↑ 12,0 12,1 12,2 O Cavaleiro dos Sete Reinos, A Espada Juramentada.
- ↑ A Dança dos Dragões, Capítulo 5, Tyrion.
- ↑ A Guerra dos Tronos, Capítulo 65, Arya.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Daeron II.