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Após a batalha, [[Hobert Hightower]] e Ulf White tomaram vinho envenenado e morreram. | Após a batalha, [[Hobert Hightower]] e Ulf White tomaram vinho envenenado e morreram. |
Edição das 14h25min de 21 de dezembro de 2013
Dança dos Dragões Guerra de sucessão | |||||||||
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Data | 129 d.C. - 131 d.C. | ||||||||
Local | Westeros | ||||||||
Resultado | A ascensão de Aegon III ao Trono de Ferro | ||||||||
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A Dança dos Dragões foi uma guerra civil ocorrida durante a Dinastia Targaryen. Consistiu em uma guerra de sucessão entre Aegon II e Rhaenyra sobre o direito ao Trono de Ferro deixado por seu pai, Viserys I. Durante a guerra, ambos os monarcas morreram, de modo que o trono foi herdado por Aegon III, filho de Rhaenyra.
No início de 2013, foi anunciado que a antologia Dangerous Women, que antes esperava-se que incluiria o quarto conto de Dunk e Egg, irá, ao invés disso, incluir um conto de George R. R. Martin chamado The Princess and the Queen, o qual ele descreveu como "a história verdadeira (pelo menos a maior parte dela) das origens da Dança dos Dragões". [1]
Índice
Antecedentes
O Rei Viserys I teve três filhos com sua primeira rainha da Casa Arryn, mas apenas uma criança sobreviveu até chegar à idade adulta, a Princesa Rhaenyra. Sem um filho homem para sucedê-lo, Viserys começou a instruir a Princesa Rhaenyra para que ela fosse sua herdeira. A jovem Rhaenyra passou a ser incluída nas discussões de Estado, e foi permitido que ela participasse dos encontros do pequeno conselho. Diante disso, muitos nobres se tornaram apoiadores da princesa. Entretanto, quando a rainha morreu, o rei se casou novamente em 106 d.C., dessa vez com Alicent Hightower e teve mais quatro crianças, incluindo três filhos, sendo o mais velho chamado de Aegon. Apesar disso, Rhaenyra fortaleceu sua posição na linha de sucessão tomando Sor Laenor Velaryon - que também possuía sangue Targaryen - como seu primeiro marido. Ela teve três filhos com esse casamento, mas boatos diziam que os filhos não eram de Sor Laenor e sim do amado de Rhaenyra, Sor Harwin Strong.
Quando Laenor Velaryon morreu, Rhaenyra se casou novamente, dessa vez com seu próprio tio, o Príncipe Daemon Targaryen, irmão mais jovem de Viserys I. Seus filhos com ele incluíam o futuro Aegon II (chamado de Aegon, o Jovem, a princípio) e Viserys II. A intenção de seu pai de que ela o sucedesse foi confirmada por proclamação no testamento de Viserys I. Em 105 d.C., centenas de senhores e cavaleiros com terras juraram obediência à Princesa Rhaenyra.
Em 111 d.C., um grande torneio ocorreu em Porto Real para o d[ecimo quinto aniversário de casamento do rei com a Rainha Alicent. No banquete inicial, a rainha trajava um vestido verde, enquanto que a Princesa Rhaenyra se vestiu dramaticamente com o vermelho e o negro da Casa Targaryen. O fato foi notado, de modo que os apoiadores da rainha passaram a ser chamados de "verdes", e os da princesa de "negros". No torneio em si, os negros se saíram melhor quando Sor Criston Cole, carregando o favor da Princesa Rhaenyra, derrubou os campeões da rainha, incluindo dois de seus primos e seu irmão mais jovem, Sor Gwayne Hohhtower.
A crise sucessória
Após a morte do Rei Viserys em 129 d.C., o Senhor Comandante da Guarda Real, Sor Criston Cole, mais tarde chamado de "o Fazedor de Reis", contrariou a vontade do Rei e coroou Príncipe Aegon como Aegon II. Os motivos de Sor Criston para cometer tal ato nunca ficaram claros, mas comentava-se que ele e Rhaenyra eram amantes, e sua relação terminara mal, dando um lado pessoal para o conflito. Ele, também, podia simplesmente encorajar a tradição ândala, na qual o herdeiro é o filho mais velho.
De qualquer forma, muitos dos senhores dos reinos sabiam do desejo de Viserys de Rhaenyra sucedê-lo como a primeira Rainha Reinante de Westeros, e apoiaram a Princesa. Sem dúvida, a maioria deles eram os bajuladores que a haviam cortejado por anos enquanto ela se preparava para ser rainha. Entre os maiores apoiadores de Rhaenyra estava a Casa Strong de Harrenhal.
Rhaenyra foi contra a pretensão de Aegon, e isto resultou em uma sangrenta guerra civil. O reino foi dividido pela metade. Até a própria Guarda Real escolheu diferentes causas, exemplificado quando os irmãos Sor Arryk e Sor Erryk mataram um ao outro. [2] Targaryen lutou contra Targaryen, dragão contra dragão, onde muitos ramos menores da Casa Targaryen e a maioria dos dragões morreram, [3] entre eles os três filhos de Rhaenyra com Lorde Lyonel, que morreram lutando.
Na guerra, exércitos marcharam e se encontraram em sangrentas batalhas, mas a matança ocorreu principalmente sobre as águas e no ar, com dragões se enfrentando com dentes, garras e fogo. Também foi marcada por subterfúgio, assassinato e traição.
O Mestre da Moeda Lyman Beesbury foi a primeira vítima da guerra. Ele foi assassinado por Criston após falar por Rhaenyra no encontro do pequeno conselho ocorrido logo após a morte de Viserys.
Aegon II enviou o Grande Meistre Orwyle para pedir por paz com termos generosos, mas Rhaenyra recusou.
Daemon Targaryen tomou o castelo de Harrenhal como sua base no continente, enquanto que o restante dos negros permaneceu em Pedra do Dragão. A frota da Casa Velaryon, comandada pela Serpente Marinha, bloqueou a Baía da Água Negra.
Guerra
- A Dança sobre a Baía dos Naufrágios
Lucerys Velarion e seu dragão, Arrax, foram mortos em Ponta Tempestade por Aemond Targaryen e Vhagar. Como retaliação, Daemon enviou dois bandidos, Sangue e Queijo para matar o Príncipe Jaehaerys Targaryen. A guerra se tornou cada vez mais sangrenta desse ponto em diante.
- Batalha de Burning Mill e Batalha de Stone Hedge
Após a morte do Principe Jaehaerys, os Verdes sofreram duas derrotas: em Burning Mill e em Stone Hedge.
- Saque de Valdocaso e Batalha de Rook's Rest
Aegon nomeou Criston Cole, o Comandante de sua Guarda Real, como sua nova Mão do Rei para substituir Otto Hightower. Eles saquearam Valdocaso e montaram uma armadilha em Rook's Rest. Cole lutou contra Rhaenys Targaryen e seu dragão, Meleys, até que Aegon e seus dragões chegassem. Rhaenys e Meley foram assassinados, mas Aegon ficou seriamente ferido, de modo que o Príncipe Aemond se tornou o Regente enquanto ele se recuperava durante o ano.
- A Busca por Bastardos Targaryen
Enquanto planejava atacar Porto Real, o Príncipe Jacaerys Velaryon decidiu que eles precisariam de mais dragões para um ataque efetivo, de modo que também precisaria de quem os montasse. Assim, a busca por bastardos Targaryen (também chamados de "sementes de dragão") capazes de assumir a tarefa começou.
- Batalha em Gullet
Jacaerys Velaryon reuniu quatro sementes de dragão em Pedra do Dragão. Uma aliança com o Reino das Três Filhas, feita pela primeira Mão de Aegon, foi cimentada. Seu almirante, Sharako Lohar de Lys partiu com sua frota de noventa navios de guerra dos Degraus. Jace o encontrou com seus dragões.
Seguiu-se a mais sangrenta batalha marítima da história. Os bloqueio dos Negros foi rompido, mas apenas vinte e oito navio das Três Filhas permaneceu flutuando. A frota Velaryon perdeu cerca de um terço de sua força. Jacaerys e seu dragão, Vermax, foram assassinados e Derivamarca foi incendiada.
- Batalha em Honeywine
Ormund Hightower estava sendo flanqueado e superado em números na Campina. O escudeiro de Ormund, Daeron Targaryen, chegou com seu dragão, Tessarion, e venceu a batalha. Ormund o sagrou cavaleiro por este ato. Foi uma derrota amarga para os Negros.
- Conquista da Capital
Aemond e Cole reuniram suas forças para marchar contra Harrenhal, deixando a capital quase indefesa. Percebendo que essa era a oportunidade pela qual estava esperando, Daemon voou para Porto Real com sua esposa. A Rainha Viúva tentou enviar cavaleiros para trazer Aemond de volta e mandou corvos para seus apoiadores, mas os reforços Verdes foram detidos. A Patrulha da Cidade era fiel a Daemon, que já a comandara, e abriu os portões da cidade para as tropas Negras, que desembarcaram dos navios. A cidade estava firmemente nas mãos de Rhaenyra, mas Aegon II conseguiu escapar.
- Batalha de Lakeshore/ o Fishfeed
Forças Lannister marcharam em direção ao leste para ajudar os Verdes, mas foram atrasados pela enfermidade de Lorde Lefford. Eles foram cercados por nortenhos e homens das terras fluviais pelos três lados e empurrados para dentro das águas do Olho de Deus. As forças Lannister foram massacradas, mas as perdas também foram pesadas para os Negros, com uma média de 2.000 mortos em cada lado.
- Queda de Pedra do Dragão
Disfarçado de plebeu, Aegon II se escondeu em Pedra do Dragão nos primeiros meses em que Rhaenyra ocupou Porto Real. Ele foi hábil e conseguiu tomar a ilha rapidamente, seduzindo homens amargos para o seu lado. Moondancer morreu durante a Queda e Baela Targaryen foi ferida e queimada.
- Batalha da serra pedregosa
Guerrilheiros Negros atormentaram as tropas do Fazedor de Reis que marchavam de Harrenhal para Porto Real. Quando ele alcançou o vilarejo de Crossed Elms, seus números e a moral dos homens estavam em baixa. Ao alcançar a serra pedregosa ao sul do Olho de Deus, foi surpreendido por 7.000 Negros. Cole possuía apenas 3.600 homens e nenhum dragão, já que Aemond ficara com Vhagar para trás na intenção de incendiar as Terras Fluviais. Cole foi assassinado no início da batalha e seus homens logo debandaram.
- As Traições de Tumbleton/Primeira Batalha de Tumbleton
A Rainha Rhaenyra mantinha 9.000 homens defendendo a cidade de Tumbleton no norte da Campina. Silverwing e Vermithor foram enviados para lá na tentativa de fortificar a posição. Juntos, eles enfrentaram um grande exército comandado por Ormund Hightower e seu escudeiro, Daeron, montado na Rainha Azul. O exército de Hightower entrou na cidade disfarçado como um bando de refugiados.
O comandante dos nortenhos que apoiavam os Negros, Lorde Roderick Dustin, morreu enquanto matava Hightower, cujo exército parecia estar sendo derrotado. Entretanto, dois bastardos Targaryen, Hugh Hammer e Ulf White, traíram os Negros e passaram para o lado dos Verdes, incendiando Tumbleton. Rapidamente os homens dos Footly foram rendidos. Eles passaram a ser conhecidos como os Dois Traidores.
Pensando nos Dois Traidores, muitas vozes no pequeno conselho dos Negros passaram a questionar a lealdade de Addam Velaryon. Apenas Lorde Corlys falou em defesa dos Bastardos Targaryen, dizendo que Sor Addam e seu irmão, Alyn Velaryon, eram dois herdeiros legítimos e dignos de Derivamarca.
Os protestos da Mão foram em vão, e a Rainha Rhaenyra, suspeitando de traição, ordenou que Sor Luthor Largent prendesse Addam Velaryon no Fosso dos Dragões. Addam, que fora avisado antes, escapou voando em Seasmoke antes de ser interceptado. Com a ordem de prisão de Addam, a rainha perdeu não apenas um dragão, mas também sua Mão. Corlys foi espancado e aprisionado por ter avisado Addam.
Quando chegou ao ouvido do povo que Lorde Corlys apodrecia numa masmorra da Fortaleza Vermelha, os homens que navegavam para recuperar Pedra do Dragão começaram a abandonar a causa de Rhaenyra às centenas. Os que restaram não eram confiáveis, de modo que, para fins práticos, Rhaenyra perdeu sua frota.
- Dança em Harrenhal
Daemon lançou um desafio a Aemond Targaryen, esperando por treze dias até que ele parasse de queimar as Terras Fluviais e viesse enfrentá-lo. A luta terminou com a morte dos dois sobre as águas do Olho de Deus.
- Rebeliões em Porto Real
Impedidos de deixar a capital, os plebeus de Porto Real entraram em pânico diante da ameaça de que dragões incendiariam a cidade. Sem meios de escapar, eles se embrenharam nas tavernas. Quando Helaena morreu, rumores de que ela fora assassinada se espalharam. Isso foi o suficiente para que estourassem os tumultos. 500 mantos dourados encararam 10.000 plebeus. A rebelião se espalhou da Rua dos Sapateiros até a Baixada das Pulgas, dizimando vidas dos mantos dourados e dos plebeus, incluindo Luthor Largent e Lorent Marbrand. Durou uma noite inteira e metade de um dia até que grandes porções da cidade estivessem sob o controle de cavaleiros e reis-camponeses. A noite seguinte viu o número de revoltosos aumentar. Eles abriram os portões da cidade.
Enquanto a revolta se alastrava, um profeta louco chamado Shepherd convenceu a plebe de que os dragões deveriam morrer. Rhaenyra não acreditava que o povo representava uma ameaça aos dragões, mas seu filho Joffrey percebeu a ameaça e morreu tentando salvá-los. Os dragões Shrykos, Morghul, Tyraxes e Dreamfyre foram mortos pela multidão, quase incapazes de se defender, acorrentados no Fosso e ameaçados por uma turba esmagadora. Em seu desespero para escapar, Dreamfyre destruiu parte do Fosso. Syrax, que era mantido próximo à Fortaleza, lutou contra a multidão mas morreu também.
- Segunda Batalha de Tumbleton
Addam voou com Seasmoke até Tumbleton, liderando um exército de 4.000 homens na intenção de provar que bastardos não eram indignos de confiança por natureza. Ele lutou contra os Dois Traidores e o exército Hightower, que haviam sido pegos de surpresa durante a noite. Hard Hugh foi traído e morto por Bold Jon porque Hugh queria pegar a coroa para si mesmo. Jon foi morto pelos homens de Hugh. Daeron morreu quando incendiaram sua tenda. Seasmoke, Addam, Tessarion e Vermithor morreram na batalha. O exército Verde foi derrotado e seu príncipe sucumbiu junto com seus três dragões, mas o exército Negro não pôde retomar Tumbleton.
Após a batalha, Hobert Hightower e Ulf White tomaram vinho envenenado e morreram.
Rhaenyra escapou para Pedra do Dragão, onde ela imaginava que estaria a salvo. Era desconhecido dela, no entanto, o fato de que a ilha havia sido dominada pelo Rei Aegon II. Ela foi capturada e condenada à morte como traidora, posteriormente devorada pelo dragão de Aegon, Sunfyre, evento que foi presenciado pelo filho dela, Aegon II. A guerra poderia ter terminado ali, mas os seguidores de Rhaenyra passaram a apoiar Aegon. O sangrento conflito terminou meio ano depois, em 131 d.C., com a morte de Aegon II e a ascensão de seu sobrinho Aegon III, possivelmente devido à ausência de herdeiros de Aegon ou como um compromisso de paz entre Verdes e Negros.
Consequência
A Casa Targaryen saiu muito enfraquecida da guerra, principalmente devido à morte da maior parte de seus dragões. Para evitar outra crise sucessória do tipo, o Trono de Ferro passou a seguir uma versão extrema do costume ândalo, passando à frente das mulheres todos os possíveis herdeiros do sexo masculino.
Influências
A Dança dos Dragões ocorrida em Westeros parece ter sofrido influência da chamada Anarquia, uma longa guerra de sucessão ocorrida na Inglaterra Medieval. Enquanto Westeros ficou dividida entre Rhaenyra e Aegon II, a coroa da Inglaterra foi disputada pela Imperatriz Maude, filha do falecido rei, Henry I, e seu primo Stephan, da Casa de Blois.
A crise foi iniciada em decorrência de uma tragédia: o Naufrágio do Navio Branco, que resultou na morte do herdeiro do trono inglês, William Adelin. Diante desse fato, Henry I tomou a decisão inédita de nomear como sucessora sua filha Maude, obrigando que seus barões jurassem fidelidade a ela. Quando ele morreu alguns anos depois devido à uma intoxicação alimentar, seu sobrinho Stephan de Blois, apoiado pela Igreja e por nobres que não aceitavam a ideia de serem governados por uma mulher, tomou o trono para si.
Casada com Geoffrey Plantageneta, Maude reuniu um exército e entrou em guerra com Stephan. Foi uma longa guerra de atrito, já que os castelos da época eram difíceis de cair. Durante uma das fases da guerra, Maude chegou a capturar Stephan e tomar o trono, mas, em Londres, foi forçada a fugir devido a multidões hostis (assim como Rhaenyra abandonou Porto Real durante os tumultos).
O fim da Anarquia também se assemelha ao fim da Dança dos Dragões. O herdeiro de Stephan, Eustace, foi recusado ao trono, de modo que o mesmo foi assumido por Henry II, filho de Maude. A sucessão ocorreu assim devido a um tratado de paz.
Referências e notas
- ↑ Novo conto de R. R. Martin dentro do universo de Westeros se chamará "The Princess and the Queen" (23 de Janeiro de 2013), Game Of Thrones BR
- ↑ A Guerra dos Tronos, Capítulo 8, Bran.
- ↑ Dragons (03 de Abril de 1999) , So Spake Martin
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