A Fúria dos Reis - Capítulo 10
Davos I | |||||||
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Capítulo de A Fúria dos Reis | |||||||
PDV | Davos Seaworth | ||||||
Local | Pedra do Dragão, Baía da Água Negra, Westeros | ||||||
Página | 99-109 PT-BR Leya (Outras versões) | ||||||
Cena | The North Remembers (Série HBO) | ||||||
Cronologia dos capítulos (Todos) | |||||||
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Davos Seaworth assiste a queima dos Sete. Entrando no fogo, Stannis Baratheon desembainha a espada Luminífera e Melisandre proclama Azor Ahai renascido. Mais tarde, Davos ouve notícias sobre a guerra do pirata Salladhor Saan, que insiste que a nova espada de Stannis não é a verdadeira Luminífera. Naquela noite, Davos e Stannis discutem seu plano para reivindicar o Trono de Ferro. Quando Davos pergunta por que ele apóia o deus estrangeiro de Melisandre, Stannis explica que ele quer descobrir o verdadeiro poder de Melisandre.
Resumo
Davos Seaworth está entre as centenas de pessoas assistindo as estátuas dos Sete queimando do lado de fora dos portões de Pedra do Dragão. Seus filhos Allard e Dale concordam que queimar os deuses é algo ruim, mas Davos os alerta que opiniões não lhes cabem. A sacerdotisa vermelha Melisandre caminha ao redor do fogo, orando em três línguas por R'hllor, o Senhor da Luz, para que ele aceite os falsos deuses do inimigo, e lance luz sobre eles. A oração termina com o refrão sagrado: Porque a noite está escura e cheia de terrores. A rainha Selyse ecoa as palavras, mas o rei Stannis apenas assiste impassível.
O septo de Pedra do Dragão foi onde Aegon I Targaryen se ajoelhou para orar antes de embarcar em sua Conquista, mas isso não impede os homens da rainha agora: Eles derrubaram os altares, derrubaram as estátuas e quebram os vitrais. Davos lembra que as estátuas foram originalmente esculpidas nos mastros dos navios que carregavam os primeiros Targaryens de Valíria. Septão Barre só consegue amaldiçoá-los, mas Sor Hubard Rambton e seus três filhos mataram quatro homens antes de serem esmagados. Depois, o piedoso Lorde Guncer Sunglass retirou seu apoio a Stannis, e foi preso junto com o septão e os dois filhos sobreviventes de Sor Hubard.
Embora ele nunca tenha sido devoto, os deuses das chamas fazem Davos sentir-se doente. Lorde Ardrian Celtigar tosse com a fumaça, e Lorde Duram Bar Emmon fica da cor cinza. Lorde Monford Velaryon apenas assiste Stannis, ao invés de assistir ao fogo. Davos se pergunta o que Velaryon estaria pensando, mas sabe que um senhor tão orgulhoso nunca confiaria nele para responder. Todos os senhores desprezam Davos e seus filhos. Com o tempo Davos imagina que seu estandarte voará tão alto quanto o deles, mas apenas se Stannis ganhar seu trono, já que tudo o que Davos é, ele deve a Stannis. Foi Stannis quem deu a Davos sua cavalaria e seu navio de guerra Betha Negra. Seus filhos, Dale e Allard, são capitães de navios próprios, Maric é o capitão do Fúria, Matthos serve como companheiro de Davos, Devan é o escudeiro do rei, e um dia será cavaleiro, e seus dois filhos caçulas um dia também serão cavaleiros. Sua esposa [Marya Seaworth | Marya]] é senhora de uma pequena fortaleza, onde Davos pode caçar veados em sua própria floresta. Tudo isso ele ganhou de Stannis, pelo preço de algumas articulações dos dedos, tomadas como punição por violar a lei durante toda a sua vida. Ao se lembrar de tudo isso, Davos toca a bolsinha que mantém pendurada em um cordão no pescoço, onde mantém os dedos cortados para dar sorte.
Melisandre relata uma antiga profecia de que, no final de um longo verão, quando as estrelas sangrarem e as trevas caírem sobre o mundo, Azor Ahai renascerá e empunhará sua espada ardente do fogo, e destruirá a escuridão. Então ela chama Azor Ahai para reivindicar sua espada, e Stannis marcha adiante. Seus escudeiros, Devan Seaworth e Bryen Farring, equipam-no com uma luva acolchoada e capa de couro. Usando a capa para afastar as chamas, Stannis mergulha no fogo e tira uma espada quase derretida da estátua da Mãe. A rainha Selyse e os homens da rainha cantam louvores, e Melisandre nomeia a espada Lumiífera, declarando Stannis como Azor Ahai novamente. A espada vermelho-cereja queima sua luva, então Stannis a joga na terra.
Melisandre convoca R'hllor, para que lance luz sobre eles, e Selyse e os homens da rainha respondem que a noite é escura e cheia de terrores. Então Melisandre canta uma canção na língua Asshaii, até restarem apenas pedaços de madeira carbonizada dos deuses. Impaciente, Stannis acompanha sua rainha de volta à Pedra do Dragão, deixando Luminífera na terra para seus escudeiros coletarem. Davos observa que a Espada Vermelha dos Heróis queimada e enegrecida parece uma bela porcaria. Alguns senhores se demoram, falando baixinho, mas ficam em silêncio quando vêem Davos olhando para eles. Davos sabe que esses senhores o derrubarão se Stannis cair, mas também não cortejará a atenção da rainha Selyse se entregando a esse novo Senhor da Luz.
Quando o fogo começa a diminuir, Melisandre e os escudeiros partem com a espada, e Davos e seus filhos se juntam à multidão que se dirige ao porto. Davos comenta que Devan se saiu bem como escudeiro do rei. Allard pergunta por que os escudeiros do rei usavam o símbolo do coração ardente no lugar do veado coroado. Davos ressalta que um senhor pode escolher mais de um emblema. Allard insiste que é algo ruim queimar os Sete. Davos pergunta quando Allard ficou tão devoto, e o que o filho de um contrabandista saberia das ações dos deuses. Allard insiste que ele é filho de um cavaleiro, e pergunta por que os senhores deveriam se importar que Davos é um cavaleiro, se ele mesmo não o faz. Davos ressalta que Allard nunca será um cavaleiro se ele se intrometer em assuntos que não lhe dizem respeito; não lhes cabe questionar seu legítimo rei. Seus filhos não gostam de lembrar que eram de nascimento baixo e, quando olham para o símbolo da Casa Seaworth, veem apenas o navio preto e fecham os olhos para a cebola.
No porto, extremamente movimentado, Davos entra em uma estalagem, onde encontra o extravagante pirata Lyseno Salladhor Saan comendo uvas. Amigo e parceiro de negócios de seus dias de contrabando, Davos recrutou Saan para a causa de Stannis. Quando Davos pergunta por que ele não compareceu à queima, Salladhor explica que estas cerimônias são comuns em Lys: São coisas que o aborreceram, e ele prevê que em breve aborrecerão Stannis também.
Salladhor explica que um de seus navios comerciais chegou de Porto Real com notícias de que Tyrion Lannister agora está supervisionando a capital e expulsou Janos Slynt como comandante da Patrulha da cidade. Davos pergunta quão bem a cidade é defendida. Saan responde que as muralhas são fortes, mas defendidas apenas pelos mantos dourados, que são poucos e inexperientes. Davos garante a Salladhor que ele será pago, mas o pirata insiste que quer ouro, não palavras. Davos promete que há ouro no tesouro de Porto Real, e que Stannis é o homem mais honrado dos Sete Reinos.
Salladhor clama, mais de uma vez, que Davos lhe permita atacar à capital de ímpeto, mas Davos questiona quanto tempo eles poderiam aguentar tendo Tywin Lannister e Renly Baratheon contra eles. Saan revela que Renly saiu de Jardim de Cima com seu exército e sua nova rainha, para invadir Porto Real. Davos declara que Stannis deve ser informado, mas Salladhor já o fez, embora Stannis pareça não apreciar a aliança com o pirata.
Abruptamente, Salladhor afirma que a espada de Stannis não é o verdadeira Luminífera, e pergunta como uma espada queimada servirá a Stannis. Ele conta a lenda de como, após duas tentativas fracassadas, Azor Ahai trabalhou cem dias e noites na lâmina que iria se opor à escuridão. Então ele temperou a espada no coração de sua esposa Nissa Nissa e seu sangue, alma, coragem e força se misturaram ao aço para criar Luminífera, a Espada Vermelha dos Heróis. Salladhor diz a Davos para agradecer pela espada que Stannis ergueu não é real porque: Muita luz pode machucar os olhos, e o fogo queima.
Salladhor pergunta quando Stannis navegará, e Davos responde que depende da vontade do novo deus do rei. Salladhor pergunta quem é o deus de Davos. Cauteloso, Davos responde que seu deus é o rei Stannis, que o abençoou com confiança. Salladhor diz que se lembrará e pede licença para sair, declarando que em breve se deleitarão na Fortaleza Vermelha. Ele também pede a Davos que lembre a Stannis que ele deve lhe pagar outros trinta mil dragões em breve, e se ressente pela queimada das estátuas, já que elas valeriam bom preço quando vendidas nas Cidades Livres Ele brinca que, se Stannis lhe conceder a rainha Cersei por uma noite, ele o perdoará.
Davos permanece na estalagem, pensando em Thoros de Myr e sua espada flamejante, embora não exista magia verdadeira nela. Uma verdadeira espada de fogo seria uma maravilha, mas quando ele pensa em Nissa Nissa, e em sua própria esposa, Marya, ele decide que o preço é maior do que ele gostaria de pagar.
Após o anoitecer, Devan chega com uma convocação do rei Stannis. Quando Davos chega, os porta estandartes importantes estão saindo. Sor Axell Florent, o principal dos homens da rainha, pergunta o que Davos pensou ao ver os deuses em chamas, e explica que ele teve uma visão da glória onde Stannis tomava Porto Real. Davos responde que tudo o que viu foi fogo, se perguntando por que Sor Axell se incomodou, já que Davos é um homem do rei tanto quanto Axell é um da rainha.
Davos encontra Stannis sentado na mesa pintada com Meistre Pylos. Stannis ordena que Davos dê uma olhada em sua carta. Davos, obedientemente, seleciona uma palavra antes de apontar que é analfabeto. Ligeiramente irritado, Stannis ordena Meistre Pylos que leia a carta:
“ | Todos sabem que sou filho legítimo de Steffon Baratheon, Senhor de Ponta Tempestade, e da senhora sua esposa, Cassana, da Casa Estermont. Declaro pela honra da minha Casa que meu querido irmão Robert, nosso falecido rei, não deixou legítima descendência do seu sangue, sendo o garoto Joffrey, o garoto Tommen e a moça Myrcella abominações nascidas de incesto entre Cersei Lannister e seu irmão Jaime, o Regicida. Pelo direito do nascimento e do sangue, reclamo neste dia o Trono de Ferro dos Sete Reinos de Westeros. Que todos os homens fiéis declarem a sua lealdade. Feito à Luz do Senhor, com a assinatura e o selo de Stannis da Casa Baratheon, o Primeiro do Seu Nome, Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, e Senhor dos Sete Reinos. | ” |
Stannis ordena que Pylos adicione "Sor" ao nome de Jaime, já que ele ainda é um cavaleiro, e remova "querido irmão", pois é uma mentira. Então ele declara que todos os seus 117 corvos serão usados para transportar cópias pelo reino, embora a maioria provavelmente seja queimada por senhores que apóiam os outros reis, mesmo que Stannis seja seu legítimo rei. Portanto, Stannis ordena que Davos navegue para o Norte até o Porto Branco, enquanto seu filho Dale navega para o Sul até a Árvore. Eles deverão levar a declaração em todos os portos e vilas de pescadores que passarem, para todo homem que puder ler. Davos ressalta que poucos plebeus sabem ler e solicitam aos cavaleiros que leiam as declarações em voz alta. Stannis concorda, já que ele tem cem cavaleiros que preferem ler a lutar. Ele planeja enviar Allard através do mar estreito para levar a declaração também para as cidades livres, para que todo o mundo conheça sua reivindicação e a infâmia de Cersei.
Após Stannis dispensar Pylos, Davos pergunta o que os senhores acharam da carta. Stannis bufa, dizendo que todos o lisonjearam, exceto Velaryon, que disse que o aço decidirá o assunto, como se Stannis não soubesse. Stannis xinga seus senhores, e pede a Davos a verdade. Davos declara as palavras contundentes e fortes, mas lembra Stannis que ainda não há provas contundentes sobre o incesto. Stannis responde que há provas em Ponta Tempestade: Um reconhecido bastardo de Robert, Edric Storm é a própria imagem de Robert, mas seus supostos filhos Joffrey e Tommen não se parecem em nada com ele. Davos lembra Stannis que eles não podem alcançar Edric em Ponta Tempestade.
Davos também sugere remover a referência ao Senhor da Luz da carta, para algo menos específico. Quando Stannis pergunta se ele se tornou devoto, Davos diz que não conhece esse novo deus, mas conhece os que eles queimaram. Stannis argumenta que era apenas madeira que queimavam, mas Davos menciona que septões o alimentavam quando ele era uma criança pedinte. Davos explica que o povo não amará Stannis se ele remover seus deuses, e lhes der um estrangeiro. Stannis responde que o povo nunca o amou.
Olhando pela janela, Stannis declara que parou de acreditar em deuses no dia em que viu o Orgulho do Vento quebrar na Baía dos Naufrágios, quando seus pais morreram afogados. O Alto Septão sempre tagarela sobre a justiça e a bondade que fluem dos deuses, mas Stannis insiste que tudo o que viu na vida foi feito por homens. Davos pergunta por que Stannis se importa com um novo deus se ele não acredita em nenhum. Stannis responde que Melisandre tem poder. Davos responde que Meistre [Cressen]] tinha sabedoria, mas Stannis argumenta que o sábio conselho de Cressen não foi bom: os senhores da Tempestade riram quando ele pediu ajuda. Stannis declara que não haverá mais pedidos de ajuda. O Trono de Ferro é seu por direito, mas dos quatro reis em disputa, ele tem menos homens e menos ouro. Seus únicos bens são seus navios e a Mulher Vermelha. Stannis pergunta se Davos sabe que metade de seus homens tem medo de dizer o nome dela; uma feiticeira que pode inspirar tal pavor não deve ser desprezada, e ele pretende descobrir se ela pode fazer mais.
Stannis lembra que quando era menino, ele cuidou de um açor ferido chamado Asaltiva, que o seguia e comia de sua mão, mas não caçava ou voava alto. Robert, por sua vez, tinha um falcão-gerifalte majestoso e corajoso, chamado Trovão. Um dia, seu tio-avô Sor Harbert disse a ele, com razão, que ele deveria buscar um pássaro diferente, porque era vergonhoso. Stannis volta-se para Davos e declara que os Sete nunca o trouxeram outro pássaro. E que é hora de escolher outro para si, desta vez um falcão vermelho.
Links externos
- (em inglês) A Read of Ice and Fire: A Clash of Kings, Part 5 por Leigh Butler, resumo e análise do capítulo.
- (em inglês) ACOK Davos I na Tower of the Hand, resumo do capítulo.
- (em inglês) Davos • Theon no Blog of Ice and Fire, uma análise humorística do capítulo.
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