Cidade Franca de Valíria

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Extensão territorial máxima do Império Valiriano em Essos, no período da Perdição de Valíria, 114 anos antes da Conquista de Aegon.

A Cidade Franca de Valíria, ou Domínio Valiriano, foi um grande império que dominou vastas regiões de Essos. Em seu apogeu, o império acabou devido a um cataclisma que destruiu a capital, Valíria, e uma boa parte da península valiriana, dando origem ao Mar Fumegante.[1]

A Cidade Franca era uma civilização avançada, uma potência que exercia hegemonia militar e cultural sobre os povos que dominava. Das Terras do Longo Verão, seus domínios abrangiam o que outrora fora o Império Ghiscari, o território roinar, as futuras Cidades Livres e a ilha-fortaleza de Pedra do Dragão, seu posto mais ocidental.

História

A cidade de Valíria.
Os valirianos encontram ovos de dragão nas Quatorze Chamas.

Valíria era uma civilização menor povoada por pastores até que os valirianos descobriram ovos de dragão em Quatorze Chamas, um anel de vulcões na Península Valiriana. Os valirianos dominaram a técnica de criação e treinamento dos dragões, transformando-os em armas de guerra devastadoras.

  • Subida ao Poder
Os valirianos domam os dragões, tornando-os poderosas máquinas de guerra.

O poderoso Império Ghiscari tentou impedir a expansão da Cidade Franca de Valíria, lutando contra os valirianos em cinco grandes guerras, perdendo cada uma delas. A última batalha destruiu o Império Ghiscari e sua capital da Velha Ghis. Ao longo dos anos, os valirianos continuaram a conquistar, construindo grandes cidades e estradas que levavam a Valíria.[2]

  • Expansão Valiriana pelo Roine

Os valirianos se voltaram para a antiga civilização em torno do Rio Roine. O Príncipe Garin, o Grande, liderou um exército de um quarto de milhão de roinares para enfrentar os valirianos, mas fracassou miseravelmente. Quando a Princesa Nymeria soube disso, reuniu os sobreviventes em dez mil navios e fugiu para Westeros. Os cantores dizem que os navios estavam atulhados de mulheres e crianças, sugerindo que todos os homens morreram na guerra.[2]

  • Imperialismo Valiriano e Expansão Ocidental

A expansão valiriana continuou em direção ao oeste. Valíria tinha muitos escravos das terras conquistadas, que eram usados para mineração nas Quatorze Chamas. No auge do seu poder, o império se erguia sobre a maior parte do continente oriental As cidades construídas pelo Império Valiriano incluem Oros, Mantarys, Tyria, e todas as Cidades Livres, exceto Bravos.[3]

Como posto mais ocidental, os valirianos anexaram a ilha de Pedra do Dragão, em Westeros, deixando-a sob controle de uma nobre família valiriana, os Targaryen.

  • A Perdição de Valíria

O império valiriano foi destruído na Perdição de Valíria, uma catástrofe ocorrida cerca de cem anos antes do Desembarque de Aegon em Westeros. Não se sabe a natureza do ocorrido, mas suspeita-se de que a causa foi uma intensa atividade em Quatorze Chamas. Diz-se que, no dia da Perdição, todos os montes ao longo de quinhentas milhas tinham se despedaçado para encher o ar com cinzas, fumo e fogo, incêndios tão quentes e famintos que mesmo os dragões no céu foram envolvidos e consumidos. Grandes rasgos tinham-se aberto na terra, engolindo palácios, templos, cidades inteiras. Lagos ferveram e transformaram-se em ácido, montanhas arrebentaram, fontes de fogo cuspiram rocha fundida até uma altura de trezentos metros, de nuvens vermelhas choveu vidro de dragão e o sangue negro dos demônios, e ao norte o terreno fraturou-se, ruiu e caiu para dentro de si próprio, e um mar furioso jorrou para onde ele esteve. A mais orgulhosa cidade do mundo inteiro desapareceu num instante, o seu fabuloso império evaporou-se num dia. As Terras do Longo Verão foram queimadas, afogadas e arrasadas.[1]

Herança

As Cidades Livres sobreviveram à ruína e se tornaram nações independentes, continuando a falar o Alto Valiriano, que depois foi sendo modificado. Os Targaryen e seus dragões também sobreviveram, e depois conquistaram Westeros. Nos Sete Reinos, eles mantiveram alguns dos seus costumes valirianos, como o casamento incestuoso.

Aço de Valíria

O aço forjado em Valíria é feito de uma liga mágica inventada para fazer armas de qualidade incomparáveis. Lâminas de aço de valiriano são mais leves, mais fortes, e mais afiadas do que o melhor aço forjado em qualquer outro castelo.

Somente os maiores ferreiros de armas podem reforjar espadas de aço valiriano. Porém, o segredo de criar esta tal liga aparentemente sumiu quando Valíria foi destruída, fazendo com que essas armas restantes fossem altamente estimadas e extremamente raras, relíquias preciosas das casas de nobres, cada uma com seu próprio nome e história estratificadas.

Gelo, a grande espada da Casa Stark, foi uma delas, assim como a Blackfyre, dos Targaryen.

Cultura

A cidade de Valíria, a capital do Império.

Governo

A Cidade Franca de Valíria não era um reino e nem um império. Ao invés disso, os cidadãos livres, nascidos livres e donos de terras, tinham voz no governo. Na prática, contudo, quarenta famílias ricas, de alto nascimento e habilidosas em magia, os senhores de dragões, exerciam o controle. Os Targaryen eram senhores dos dragões, mas estavam longe de serem os mais poderosos.

Magia

Os valirianos eram poderosos em magia, e se utilizaram de seus feiticeiros e dragões em conjunto com os exércitos para conquistar uma imensa parte do continente oriental. Os dragões eram controlados por chicotes, magia de ligação e berrantes encantados.

Idioma

A língua oficial de Valíria era o Alto Valiriano.

Arquitetura

Os valirianos eram habilidosos para esculpir a pedra. Costuma-se dizer que os construtores de Valíria não cortavam e esculpiam a pedra, mas usavam fogo e magia para moldá-la como se fosse argila, embora muito de seu conhecimento já esteja perdido. Eles tinham magias poderosas que permitiram que fundissem a pedra para moldá-la como quisessem. As Estradas Valirianas , conhecidas como caminhos do dragão, ainda resistem como monumentos de seu trabalho, assim como Pedra do Dragão, as Muralhas Negras e a Longa Ponte de Volantis.

Escravidão

Os valirianos usaram milhares de escravos oriundos de todas as partes do continente para trabalhar nas minas abaixo das Quatorze Chamas em busca de ouro e prata. Revoltas escravas eram comuns nas minas, mas os valirianos eram fortes em magia e por isso as sufocavam com facilidade. Em tempos de guerra, os valirianos tomavam como cativos milhares de escravos, e os cultivavam em tempos de paz.

A origem de Bravos se deu em decorrência de um motim numa das frotas valirianas, no qual os escravos tomaram os navios e fugiram para o mais longe possível dos seus mestres. Liderados pelos Cantores da Lua, os refugiados encontraram uma laguna cercada por um manto de névoa e lá se desenvolveram sem o conhecimento do resto do mundo, sendo por isso muitas vezes chamada de Cidade Secreta e Filha Bastarda de Valíria.

Religião

Havia um grande número de deuses em Valíria, sendo Balerion, Vhagar e Meraxes alguns destes. Aegon, o Conquistador tinha seus dragões batizados em honra a estes deuses apesar de ter sido convertido à Fé dos Sete.

Costumes

O incesto era comum em Valíria, sendo que os irmãos se casavam com as irmãs. Em Pedra do Dragão, os Targaryen mantiveram essa prática para manter puro o sangue do dragão.

Referências

  1. 1,0 1,1 O Mundo de Gelo e Fogo, História Antiga: A Perdição de Valíria.
  2. 2,0 2,1 O Mundo de Gelo e Fogo, História Antiga: A Ascensão de Valíria.
  3. O Mundo de Gelo e Fogo, História Antiga: Os Filhos de Valíria.