Mudanças entre as edições de "Guerra da Conquista"

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==Antecedentes==
A guerra começou em {{data|-2}} quando Aegon Targaryen e suas duas irmãs-esposas [[Rhaenys Targaryen|Rhaenys]] e [[Visenya Targaryen|Visenya]], desembarcaram com menos de 3.000 homens na costa leste de Westeros, na foz da [[Baía da Água Negra]]. Os Targaryen ocupavam a ilha-fortaleza de [[Pedra do Dragão]], o posto mais ocidental do antigo Domínio da [[Valíria|Cidade Franca de Valíria]].
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O lorde [[Aenar Targaryen]] havia movido sua família para [[Pedra do Dragão]], o posto mais ocidental do [[Cidade Franca de Valíria|Império Valiriano]], doze anos antes da [[Perdição de Valíria|Perdição]] destruir [[Valíria]].
  
Durante os [[Anos Sangrentos]], período de caos em [[Essos]] após a Perdição, os Targaryen se mantiveram em Pedra do Dragão, conservando suas forças.{{Ref|ADWD|8}} Eles até mesmo recusaram aos apelos de [[Volantis]], a mais antiga colônia de Valíria, que tinha intenção de reconstruir o Domínio. Ao invés de ajudar aos volantinos, Aegon se voltou para Westeros e decidiu que unificaria o continente e o colocaria sob seu comando. Com mão de obra muito limitada, os Targaryen sabiam que seus dragões adultos seriam a sua grande arma.{{ref|ASOS|36}}
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Durante o [[Século de Sangue]], várias facções lutaram pelo poder em [[Essos]]. No ciclo final do conflito, o jovem lorde [[Aegon I Targaryen|Aegon Targaryen]], montado no seu [[dragão]] [[Balerion]], foi abordado por representantes das [[Cidades Livres]] de [[Pentos]] e [[Tyrosh]] para formar uma aliança. Aegon ajudou a aliança a derrotar a frota de [[Volantis]] e depois retornou para Pedra do Dragão. Com a guerra em Esses se acalmando, Aegon decidiu virar seus olhos para o oeste, para o continente de [[Westeros]] que sempre o havia interessado.{{Ref|TWOIAF|12}}
  
Aegon, o Rei da Tempestade e [[Bravos]], se aliaram com [[Tyrosh]], [[Lys]] e [[Myr]] para quebrar a hegemonia de Volantis que se instaurara em Essos após a ascensão dos tigres na tríade volantina.  
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Alguns acreditam que Aegon nunca tinha posto os pés em Westeros antes da invasão, mas existe histórias de que ele, de fato, visitou a [[Árvore]] e a [[Cidadela]], e possivelmente [[Lannisporto]].{{ref|TWOIAF|12}} Anos antes da Conquista, ele ordenou a construção da [[Mesa Pintada]] no castelo de Pedra do Dragão que era um mapa geográfico preciso de Westeros.{{ref|ASOS|36}}
  
Logo antes do Desembarque, havia guerra nas terras fluviais e na [[Campina]]. Os principais beligerantes eram o Rei [[Harren Negro]], governante das [[Ilhas de Ferro]], e [[Argilac Durrandon|Argilac, o Arrogante]]. Harren acabava de construir sua fortaleza de [[Harrenhal]] e procurava por mais conquistas. Argilac acabou temendo Harren e então propôs uma aliança com Aegon. Acredita-se que o Arrogante queria criar uma “zona tampão” entre ele e Harren. Ele ofereceu a Aegon a mão de sua filha em casamento e algumas terras que, de fato, estavam em posse de Harren Negro. Aegon recusou a oferta e ofereceu a mão do seu melhor amigo e irmão bastardo, Orys Baratheon. Argilac tomou isso como um insulto grave e arrancou as mãos do emissário que levara a proposta. Ele mandou-as para Aegon com a seguinte mensagem: ''“Essas são as únicas mãos que você vai receber”.'' Aegon então chamou seus subordinados e formou um conselho. Quando terminaram, corvos voaram para as fortalezas da cada governante nos Sete Reinos. Aegon os informou de que haveria apenas um único rei e aqueles que dobrassem o joelho e jurassem lealdade poderiam manter suas terras e títulos, mas os que se recusassem seriam destruídos.
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[[Harren Hoare]], o [[Rei das Ilhas e dos Rios]], estava quase completando a construção do seu vasto castelo, [[Harrenhal]], e dizia-se que ele ansiava por mais conquistas. [[Argilac Durrandon]] temia Harren e propôs a Aegon uma aliança para deter os [[homens de ferro]]. Além de prometer a mão de sua filha, [[Argella Durrandon|Argella]], Argilac também disse que daria como dote de casamento todas as terras que ele conquistasse de Harren. Aegon recusou e em vez disso ofereceu a mão de seu melhor amigo e possível irmão [[bastardo]], [[Orys Baratheon]]. Argilac tomou isso como um grave insulto e então cortou as mãos do mensageiro e mandou elas para Aegon numa caixa e uma mensagem que dizia: "estas são as únicas mãos que você receberá".{{ref|TWOIAF|12}}
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Aegon então convocou seus juramentados e tomou conselho com eles e suas irmãs. Em seguida, ele mandou [[corvo]]s para todos os governantes dos [[Sete Reinos]]. Aegon os informou que daquele dia em diante ele seria o único rei em Westeros e que aqueles que dobrassem o joelho manteriam suas terras e títulos, enquanto aqueles que não o fizessem seriam destruídos.{{ref|TWOIAF|12}} Ele agora considerava o continente de Westeros como uma só terra, que seria unificada sob seu comando.{{ref|ASOS|36}}
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[[Meria Martell]], a [[Princesa de Dorne]], respondeu dizendo que ela se aliaria a Aegon para enfrentar Argilac, mas não dobraria o joelho; Aegon rejeitou a oferta dela. O Senhor de Pedra do Dragão também rejeitou a proposta de [[Sharra Arryn]], a rainha regente do [[Vale de Arryn|Vale]], que desejava tomar a margem oriental do [[Ramo Verde]] de Harren, com Sharra oferecendo a Aegon uma aliança mas não submissão.{{ref|TWOIAF|12}}
  
 
==A Conquista==
 
==A Conquista==

Edição das 14h04min de 14 de junho de 2023

Guerra da Conquista
Aegon And His Sisters by Amok.png
Data -2 a.C. a 1 d.C.
Local Westeros
Batalhas Batalha de Vila Gaivota
Queima de Harrenhal
Última Tempestade
Campo de Fogo
Resultado Aegon I Targaryen conquista e unifica seis dos Sete Reinos
Beligerantes
Casa Targaryen Reinos de Westeros
  • Reino das Ilhas de Ferro e das Terras Fluviais
  • Reino da Tempestade
  • Reino do Rochedo
  • Reino da Campina
  • Reino do Norte
  • Reino da Montanha e do Vale
  • Principado de Dorne
  • Comandantes notáveis
    Aegon, o Conquistador
    Lorde Orys Baratheon
    Visenya Targaryen
    Rhaenys Targaryen
    Lorde Daemon Velaryon
    Lorde Jon Mooton
    Lorde Edmyn Tully
    Rei Harren, o Negro
    Rei Argilac, o Arrogante
    Rei Loren I Lannister
    Rei Mern IX Gardener
    Rei Torrhen Stark
    Rainha Regente Sharra Arryn
    Princesa Meria Martell
    Forças
    Cerca de três mil homens (inicialmente)
    Três dragões adultos
    Exércitos de Westeros
    (não unidos, exceto os do Reino da Campina e os do Reino do Rochedo)

    A Guerra da Conquista é o nome dado à série de empreitadas militares em que Aegon I Targaryen conquistou Westeros.[1] Apoiado por suas duas esposas-irmãs (Visenya e Rhaenys), seus dragões e um pequeno exército, Aegon submeteu seis dos Sete Reinos. Nem todo o continente teve de ser tomado pela força. Algumas casas nobres apoiaram a Casa Targaryen, enquanto outras se renderam sem lutar. Apenas Dorne permaneceria em desafio aos dragões Targaryens e levaria mais um século e meio até que, via diplomacia, o trabalho do Conquistador fosse finalmente completado.[2]

    Após conquistar boa parte de Westeros, Aegon I foi coroado Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens e fundou uma nova dinastia sobre o continente. No local onde Aegon desembarcou uma nova cidade seria fundada, Porto Real, e a partir de lá, sentado no Trono de Ferro, os Senhores dos Sete Reinos governariam a Westeros unificada.

    Antecedentes

    O lorde Aenar Targaryen havia movido sua família para Pedra do Dragão, o posto mais ocidental do Império Valiriano, doze anos antes da Perdição destruir Valíria.

    Durante o Século de Sangue, várias facções lutaram pelo poder em Essos. No ciclo final do conflito, o jovem lorde Aegon Targaryen, montado no seu dragão Balerion, foi abordado por representantes das Cidades Livres de Pentos e Tyrosh para formar uma aliança. Aegon ajudou a aliança a derrotar a frota de Volantis e depois retornou para Pedra do Dragão. Com a guerra em Esses se acalmando, Aegon decidiu virar seus olhos para o oeste, para o continente de Westeros que sempre o havia interessado.[2]

    Alguns acreditam que Aegon nunca tinha posto os pés em Westeros antes da invasão, mas existe histórias de que ele, de fato, visitou a Árvore e a Cidadela, e possivelmente Lannisporto.[2] Anos antes da Conquista, ele ordenou a construção da Mesa Pintada no castelo de Pedra do Dragão que era um mapa geográfico preciso de Westeros.[3]

    Harren Hoare, o Rei das Ilhas e dos Rios, estava quase completando a construção do seu vasto castelo, Harrenhal, e dizia-se que ele ansiava por mais conquistas. Argilac Durrandon temia Harren e propôs a Aegon uma aliança para deter os homens de ferro. Além de prometer a mão de sua filha, Argella, Argilac também disse que daria como dote de casamento todas as terras que ele conquistasse de Harren. Aegon recusou e em vez disso ofereceu a mão de seu melhor amigo e possível irmão bastardo, Orys Baratheon. Argilac tomou isso como um grave insulto e então cortou as mãos do mensageiro e mandou elas para Aegon numa caixa e uma mensagem que dizia: "estas são as únicas mãos que você receberá".[2]

    Aegon então convocou seus juramentados e tomou conselho com eles e suas irmãs. Em seguida, ele mandou corvos para todos os governantes dos Sete Reinos. Aegon os informou que daquele dia em diante ele seria o único rei em Westeros e que aqueles que dobrassem o joelho manteriam suas terras e títulos, enquanto aqueles que não o fizessem seriam destruídos.[2] Ele agora considerava o continente de Westeros como uma só terra, que seria unificada sob seu comando.[3]

    Meria Martell, a Princesa de Dorne, respondeu dizendo que ela se aliaria a Aegon para enfrentar Argilac, mas não dobraria o joelho; Aegon rejeitou a oferta dela. O Senhor de Pedra do Dragão também rejeitou a proposta de Sharra Arryn, a rainha regente do Vale, que desejava tomar a margem oriental do Ramo Verde de Harren, com Sharra oferecendo a Aegon uma aliança mas não submissão.[2]

    A Conquista

    Na época, os monarcas dos Sete Reinos eram:

    A data dos eventos é incerta, de modo que podem ou não ter ocorrido nessa sequência:

    O Desembarque de Aegon

    Não se sabe ao certo quantos homens Aegon tinha a seu serviço. Alguns afirmam que eram 3 000, outros que não passavam de algumas centenas.[4] Os Targaryens eram apoiados pelas Casas Celtigar, Massey e Velaryon.[2]

    O desembarque ocorreu na Baía da Água Negra, um lugar que centenas de antigos reis já reclamaram. Apenas alguns pequenos lordes viviam na região, todos governados por Harren e com muito pouco amor pelo seu suserano. Aegon mandou suas irmãs para perto de Rosby e Stokeworth e os castelos se renderam sem derramamento de sangue. Os Darklyn de Valdocaso e os Mooton de Lagoa da Donzela chegaram a lutar. Orys liderou o exército enquanto Aegon montava Balerion alto no céu. Eles ganharam facilmente.[2]

    Um forte de madeira foi construído em uma das colinas com vista para a Baía da Água Negra. Aegon nomeou Daemon Velaryon como Mestre dos Navios, Triston Massey como Mestre das Leis e Crispian Celtigar como Mestre da Moeda. Ele denominou Orys Baratheon como “seu escudo, seu partidário, sua forte mão direita” e Orys se tornou a primeira Mão do Rei. Visenya coroou Aegon e Rhaenys o saudou como rei. Os lordes e cavaleiros aplaudiram-no, mas o povo aplaudiu mais alto.[2]

    Nos Sete Reinos, os reis ergueram seus estandartes e fizeram alianças. Dorne ofereceu lealdade aos Targaryen desde que fossem tratados como iguais. O pequeno Rei Ronnel Arryn também enviou um tratado a Aegon, mas o Conquistador ignorou a ambos.[5]

    Todos decidiram esperar e ver para onde os Targaryen marchariam.

    Conquista das Terras Fluviais e das Ilhas de Ferro

    Aegon atacou primeiramente o rei das Ilhas de Ferro, a noroeste. O rei Harren, o Negro, da Casa Hoare, governava tanto as Ilhas de Ferro quanto as Terras Fluviais de sua recém-construída fortaleza em Harrenhal, o maior castelo de Westeros, considerado inexpugnável contra cerco ou ataque.[6]

    Diante da ameaça Targaryen, o regime de terror de Harren entrou em colapso. Liderados por Edmyn Tully, grande parte dos senhores das terras fluviais - Mallister, Bracken, Frey e Blackwood, por exemplo - decidiram se juntar a Aegon, que marchou para Harrenhal para cercar a imensa fortaleza.[7] Para tentar deter os Targaryens, a Casa Hoare enviou, duas vezes, tropas ao sul do Olho de Deus, mas foram massacrados por Aegon na Batalha dos Juncos. Contudo, dois dos filhos do rei Harren atacaram sua retaguarda e infligiram pesadas perdas nas forças Targaryen nos Salgueiros Lamuriantes, mas a chegada de Balerion mudou a sorte novamente em favor de Aegon e os dois filhos de Harren foram mortos, junto com a maioria dos seus homens.[2]

    Quando Aegon finalmente chegou em Harrenhal, montado em Balerion, a frente de oito mil homens, o rei Harren Hoare fechou seus portões e se preparou para enfrentar o Targaryen. Os meistres presentes durante o ocorrido registraram a parlamentação com entre os dois monarcas:

    Aegon: "Renda-se agora e eu o farei Senhor das Ilhas de Ferro. Tenho oito mil homens aqui."
    Harren: "O que são oito mil homens? Eu tenho muralhas!"
    Aegon: "Eu tenho dragões."
    Harren: "Pedras não queimam."
    Aegon: "Ao anoitecer, vocês estarão acabados."

    Harren ofereceu uma vasta recompensa para o homem que matasse o dragão. Quando a noite caiu, Aegon voou com Balerion e ultrapassou as defesas de Harrenhal. Balerion soltou suas chamas e, embora pedras realmente não queimem, o mesmo não se aplica a madeira, palha e homens. Logo, as torres de Harrenhal pareciam grandes velas, sendo que Harren e seus filhos foram consumidos pelas chamas. Espadas, negras e destruídas, foram recolhidas por ordem de Aegon.[2]

    Os homens de ferro restantes renderam-se. Aegon permitiu que continuassem com seu costume de escolher seu líder, sendo que o eleito foi Vickon Greyjoy, de Pyke.[8] Logo em seguida, os Greyjoy e os Tully foram os primeiros a se ajoelhar diante de Aegon. Pelos serviços prestados pelos Tully, Aegon lhes deu a senhoria das terras fluviais.[7]

    A submissão da Baía dos Caranguejos

    Após a morte de Harren, o Negro, Aegon enviou sua irmã, a Rainha Visenya, para submeter os senhores da Baía dos Caranguejos. Os nobres perceberam que não tinham chances, então depositaram suas espadas aos pés da rainha e ela os tomou como seus próprios homens, no entanto eles não deveriam lealdade a ela, mas sim ao Trono de Ferro.[2]

    Conquista das Terras da Tempestade

    Argilac o Arrogante lutando na Última Tempestade.

    Enquanto Aegon lidava com os homens de ferro em Harrenhal, boa parte do seu exército, sob comando de Orys Baratheon, cruzou a Torrente da Água Negra indo para o sudeste, em direção a Ponta Tempestade, acompanhados pela rainha Rhaenys Targaryen montada em Meraxes. Enquanto o Rei da Tempestade Argilac Durrandon reunia suas tropas, piratas de Passopedra saquearam o Cabo da Fúria e os dorneses das Montanhas Vermelhas atacaram as Marcas Dornesas.[2]

    Os lordes Errol, Fell e Buckler, vassalos de Argilac, surpreenderam a vanguarda das tropas de Orys enquanto eles cruzavam o rio Guaquevai, matando mais de mil homens antes de recuar para a floresta. Rhaenys voou com Meraxes e incendiou a floresta, matando Lorde Errol e a maioria dos seus homens.[2]

    Sabendo o que acontecera com Harren, o rei Argillac Durrandon jurou que não morreria assado em seu castelo como um porco com uma maçã na boca, e sim lutando. Ele liderou seu exército e marchou de encontro ao inimigo. Rhaenys, montada em seu dragão, observou tudo de cima e relatou seus movimentos para Orys. Enquanto os exércitos se aproximavam, uma grande tempestade caiu sobre eles. Seus homens o aconselharam a esperar mas ele tinha a vantagem de dois pra um e o vento estava carregando a chuva para cima dos Targaryen. Argilac avançou e começou a Batalha da Última Tempestade. Os cavaleiros de Argilac atacaram, mas foram atrasados pela lama. Quando eles finalmente conseguiram avançar, tiveram de enfrentar Rhaenys em Meraxes. O dragão era tão mortal em terra quanto no céu. Na confusão, Argilac foi derrubado do seu cavalo e acabou ficando frente a frente com Orys Baratheon. Os dois se feriram muito, mas logo Argilac conseguiria realizar o seu desejo e morreria em batalha. Sua morte significou o fim da luta.[2]

    Em Ponta Tempestade, a filha de Argilac, Argella, declarou-se Rainha da Tempestade e fechou seus portões. No entanto, seus homens não estavam tão ansiosos para morrer e entregaram-na de presente a Orys, nua e acorrentada. Orys tratou-a com gentileza. Ele removeu as correntes e a cobriu com seu próprio manto. Ele tomaria o exército e o lema da Casa Durrandon para a sua própria Casa, e casaria com Argella.[9]

    O Campo de Fogo, onde os exércitos Lannister e Gardener foram derrotados por Aegon I.

    Conquista das Terras Ocidentais e da Campina

    Preocupados com a rápida expansão dos Targaryen, o Rei Loren Lannister de Rochedo Casterly e o Rei Mern IX Gardener, da Campina, se aliaram e juntaram seus exércitos contra o invasor. Essa grande tropa, chamada pelos historiadores de "Exército dos dois Reis", possuía cerca de 55 mil homens, sendo cinco mil cavaleiros montados, enquanto os Targaryen possuíam apenas 11 mil homens, muitos com lealdade duvidosa. Os aliados avançaram e quebraram as linhas dos Targaryen. Os dragões voaram e começaram a colocar fogo por todos os lados, especialmente nas áreas a favor do vento. Dentre os aliados, 4 000 homens morreram no fogo enquanto 10 000 homens sofreram queimaduras. Outros milhares ficaram feridos. Dos Targaryen, menos de 100 homens foram perdidos enquanto Visenya levou uma flechada no ombro. O Rei Mern de Jardim de Cima e seus filhos morreram em batalha mas o Rei Loren Lannister conseguiu escapar. Ele foi encontrado no dia seguinte e então dobrou o joelho. Aegon manteve sua promessa e nomeou Loren como Senhor de Rochedo Casterly e Protetor do Oeste, e depois voou para Jardim de Cima e o castelo foi rendido pelo intendente Harlen Tyrell. Como recompensa, ele o nomeou Senhor da Campina e Protetor do Sul. A nomeação enfureceu a Casa Florent que, por direito de sangue, possuía a melhor pretensão à Jardim de Cima.[2][10][5]

    Conquista do Norte

    O rei nortenho Torrhen Stark tinha levantado um exército de 30 000 homens e cruzado o Gargalo. Aegon marchou com uma tropa com metade desse número. Os Stark esperaram em Fosso Cailin e tomaram conselho. O irmão bastardo de Torrhen, Brandon Snow, se ofereceu para infiltrar-se no acampamento de Aegon e matar os três dragões. Ao invés disso, Torrhen mandou três meistres encontrarem Aegon depois do Tridente. Torrhen dobraria o joelho e se submeteu, ficando conhecido para sempre como “O Rei Que Ajoelhou”.[2][11]

    Torrhen se ajoelha a Aegon, o Conquistador.

    Aegon decidiu manter Torrhen como Senhor do Norte e de Winterfell. Posteriormente, uma pousada foi construída no local do evento, conhecida como a "Pousada do Homem que se ajoelhou".[11]

    Conquista do Vale

    Após saberem das vitórias dos Targaryen, os homens do Vale começaram a fortalecer suas defesas. Aegon mandou sua frota comandada por Daemon Velaryon tomar Vila Gaivota, auxiliado por Visenya. Na grande batalha que se seguiu, a frota Arryn foi capaz de derrotar a esquadra Targaryen e Daemon Velaryon foi morto. Visenya Targaryen, em seu dragão, queimou a frota Arryn logo em seguida. Embora os Targaryen tenham perdido a batalha, os senhores das Três Irmãs se revoltaram contra os Arryn por causa da frota perdida.[12]

    O chefe da Casa Arryn, o Rei da Montanha e do Vale, era um jovem garoto, Ronnel Arryn. Sua mãe, Sharra Arryn, governava como regente. Ela enviou um exército para o Portão Sangrento e depois retornou para a segurança do Ninho da Águia. Visenya Targaryen simplesmente montou em seu dragão e voou até ao pátio do Ninho de Águia. A regente, aflita, correu para o pátio e encontrou o filho sob posse de Visenya, pedindo para passear no dragão. Sharra dobrou o joelho, e o pequeno rei pôde dar seu passeio nas costas do dragão.[12]

    Durante a Conquista, uma rebelião eclodiu nas ilhas das Três Irmãs, quando os habitantes locais renunciaram sua vassalagem a Casa Arryn e declararam sua independência, coroando Marla Sunderland.[2] Após a guerra, Aegon ordenou que os Starks reprimissem a rebelião, o fazendo sem derramar sangue.[13]

    Invasão de Dorne

    Rhaenys se dirigiu para Dorne, mas encontrou todas as fortalezas vazias em seu caminho. Os homens pareciam ter partido, deixando apenas as mulheres e crianças. Quando chegou a Lançassolar, lançou seu ultimato à Princesa de Dorne, Meria Martell, que disse que não pretendia se ajoelhar e nem lutar. Quando Rhaenys a ameaçou, Meria respondeu com o lema dos Martell: "Insubmissos, não curvados, não quebrados!"[14]

    Aegon liderou a invasão de Dorne, tencionando se expandir para o sul de Westeros também, marchando pelas Montanhas Vermelhas. Os dorneses, porém, haviam aprendido a lição com o Campo de Fogo, e se recusaram a entrar em batalha em campo aberto, escondendo-se em seus castelos, atacando linhas de suprimento e adotando táticas de guerrilha. A intenção foi bem sucedida, e Aegon percebeu que submeter Dorne seria custoso demais, de modo que permitiu que estes permanecessem independentes, por ora.[14]

    Aegon Targaryen sendo coroado como o Rei dos Sete Reinos pelo Alto Septão, na cidade de Vilavelha, por Michael Komarck ©.

    A conquista de Vilavelha e coroação

    Aegon marchou então para Vilavelha, a maior cidade de Westeros no período. O Alto Septão havia se trancado no interior do Septo Estrelado, para rezar e jejuar, durante sete dias e sete noites. Quando saiu, disse que a não se oporia aos Targaryen e aconselhou Lorde Manfred Hightower a abrir os portões da cidade, e assim ele o fez. O início oficial do reinado de Aegon I data de sua entrada em Vilavelha, quando o Alto Septão o ungiu com seus sete óleos e colocou uma coroa sobre sua cabeça, reconhecendo ele formalmente como Rei.[2]

    Conclusão

    Reconhecido como Rei em seis dos Sete Reinos, Aegon I Targaryen, ou Aegon, o Conquistador, como ficou conhecido, deu início à construção de um novo castelo, a Fortaleza Vermelha, e uma nova capital, Porto Real, no local onde havia desembarcado no começo de sua conquista. Aegon derreteu e fundiu as espadas de seus oponentes derrotados e forjou o Trono de Ferro, que passaria a ser o símbolo da submissão dos senhores de Westeros aos Targaryen. Dorne permaneceu independente sob o comando dos Martell, de Lançassolar, enquanto Aegon passou boa parte do resto da vida dedicado à consolidação de seu reino. O rei Targaryen ainda tentaria, três anos depois, conquistar Dorne de uma vez por todas. Um conflito de uma década de duração se seguiu e, apesar de sangrento, não teve vencedores, mas os dorneses continuaram independentes. Seria somente cento e oitenta anos depois da Conquista de Aegon que Dorne formalmente se uniria aos Sete Reinos através de alianças políticas e matrimoniais, dobrando o joelho para o Trono de Ferro.[2][5]

    Referências

    1. Fogo & Sangue, A Conquista de Aegon.
    2. 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 2,12 2,13 2,14 2,15 2,16 2,17 2,18 2,19 O Mundo de Gelo e Fogo, O Reinado dos Dragões: A Conquista.
    3. 3,0 3,1 A Tormenta de Espadas, Capítulo 36, Davos.
    4. A Tormenta de Espadas, Capítulo 54, Davos.
    5. 5,0 5,1 5,2 Fogo & Sangue, Reinado do Dragão: As guerras do rei Aegon I.
    6. A Guerra dos Tronos, Apêndice.
    7. 7,0 7,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: As Terras Fluviais, Casa Tully.
    8. O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: As Ilhas de Ferro, Os Greyjoy de Pyke.
    9. O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: As Terras da Tempestade, Casa Baratheon.
    10. A Guerra dos Tronos, Capítulo 13, Tyrion.
    11. 11,0 11,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: O Norte, Os Senhores de Winterfell.
    12. 12,0 12,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: O Vale, Casa Arryn.
    13. O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: O Vale.
    14. 14,0 14,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: Dorne, Dorne contra os Dragões.

    Ver também