Mudanças entre as edições de "Rhaenyra Targaryen"

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'''Rhaenyra Targaryen''' foi a filha mais velha do Rei [[Viserys I Targaryen|Viserys I]]. Ela disputou o [[Trono de Ferro]] com seu meio-irmão mais novo, [[Aegon II Targaryen|Aegon II]], numa guerra civil que ficou conhecida como [[Dança dos Dragões]]. Foi casada duas vezes e mãe de cinco filhos, entres os quais [[Aegon III Targaryen|Aegon]] e [[Viserys II Targaryen|Viserys]], sendo que ambos se tornaram reis após sua morte. Ela era uma [[Cavaleiro de dragão|cavaleira de dragão]], montando [[Syrax]].{{Ref|TPATQ}}{{Ref|TRP}}

Edição das 23h25min de 24 de julho de 2022

House Targaryen (Rhaenyra).png
Rhaenyra Targaryen
Targaryen.png
Rhaenyra Targaryen Amoka.jpg
Rhaenyra Targaryen, por Amoka©
Pseudônimo(s) O Deleite do Reino
A Meretriz de Pedra do Dragão
Rei Maegor Com Tetas
Tetas de Maegor
Rainha de Meio Ano
Título(s) Rainha dos Sete Reinos (auto-proclamada)
Lealdade Casa Targaryen
Cultura Valíria
Nascimento 97 d.C.
Morte 131 d.C., em Pedra do Dragão
Esposa(o) 1° Sor Laenor Velaryon
Daemon Targaryen
Filho(a)(s) Jacaerys Velaryon
Lucerys Velaryon
Joffrey Velaryon
Aegon Targaryen
Viserys Targaryen
Visenya Targaryen
Mencionada
Mencionada
Mencionada
Mencionada
Livros Históricos
Mencionada
Mencionada
Mencionada

HOTD LOGO.png
EMMA DARCY RHAENYRA.jpg
Intérprete Emma D’Arcy
Milly Alcock (jovem)
Aparições Ainda não informado

Rhaenyra Targaryen foi a filha mais velha do Rei Viserys I. Ela disputou o Trono de Ferro com seu meio-irmão mais novo, Aegon II, numa guerra civil que ficou conhecida como Dança dos Dragões. Foi casada duas vezes e mãe de cinco filhos, entres os quais Aegon e Viserys, sendo que ambos se tornaram reis após sua morte. Ela era uma cavaleira de dragão, montando Syrax.[1][2]

Aparência e personalidade

Veja também: Imagens de Rhaenyra Targaryen

Mimada desde cedo, Rhaenyra era considerada muito bonita em sua juventude,[3] sendo declarada por seu tio, o príncipe Daemon Targaryen, como a donzela mais bela dos Sete Reinos.[2] Mãe de cinco filhos (um sexto não sobreviveu ao parto), ela nunca perdeu o peso ganho na gravidez e permaneceu rechonchuda, se tornando, ao longo do tempo, uma mulher corpulenta, com cintura grossa e busto avantajado. Era orgulhosa e teimosa, e notava-se petulância em sua boca. Uma típica Targaryen, tinha cabelos loiro-platinados, normalmente presos numa longa trança, como sua antepassada, a Rainha Visenya, embora Rhaenyra não fosse guerreira.[4] Sempre se vestia ricamente, favorecendo veludos roxos e marrons e rendas de Myr douradas em intrincados padrões. Seus corpetes brilhavam com pérolas e diamantes e sempre havia anéis em seus dedos. Quando estava ansiosa, ela tinha mania de rodar os anéis nos dedos.[2]

Embora Rhaenyra soubesse ser encantadora, ela se enfurecia rapidamente e nunca se esquecia de uma afronta. Durante a Dança dos Dragões, usava a coroa de seu pai.[1]

Biografia

Juventude

A princesa Rhaenyra, com 16 anos, por Magali Villeneuve, coforme visto em O Mundo de Gelo e Fogo.

Nascida em 97 d.C., Rhaenyra era a filha mais velha e primogênita do rei Viserys I Targaryen e sua primeira esposa, a senhora Aemma da Casa Arryn. Rhaenyra tinha dois irmãos que morreram quando ainda eram bebês, fazendo dela a filha única do primeiro casamento do pai.[2]

Rhaenyra se tornou uma cavaleira de dragão aos sete anos, quando ela voou pela primeira vez nas costas do seu jovem dragão, que ela nomeou Syrax. Um ano mais tarde, quando tinha oito anos de idade, Rhaenyra se tornou uma copeira para o seu pai, servido ele em sua mesa, em torneios ou na corte. Desse ponto em diante, o Rei Viserys raramente era visto sem Rhaenyra.[2]

Desde jovem, Rhaenyra tinha sentimentos fortes por seu tio, o príncipe Daemon Targaryen. Ele trazia para ela presentes exóticos das suas viagens além do Mar Estreito. Durante o torneio pela ascensão do Rei Viserys I, Sor Criston Cole venceu as justas ao desmontar Daemon. O cavaleiro concedeu o louro do vencedor à Rhaenyra e pediu à menina de sete anos seu favor nas arenas de justas. Rhaenyra acabou ficando apaixonada por Sor Criston quando ele se juntou a Guarda Real em 105 d.C., o chamando de "meu cavaleiro branco", e o rei Viserys permitiu que ele se tornasse o escudo juramentado de Rhaenyra. Deste momento em diante, Cole sempre carregava o favor de Rhaenyra nas arenas de justas e protegia a garota em eventos públicos.[2]

No final de 105 d.C., a mãe de Rhaenyra, Aemma, faleceu dando a luz ao príncipe Baelon, que morreria um dia mais tarde. Sem um herdeiro masculino direto, o rei Viserys decidiu proclamar formalmente Rhaenyra como sua herdeira, fazendo com que centenas de lordes e cavaleiros com terras por todos os Sete Reinos declararem lealdade a Rhaenyra, prometendo honrar e defender o direito dela de sucessão. Assim, Rhaenyra foi nomeada Princesa de Pedra do Dragão.[2]

Em 106 d.C., o rei Viserys se casou novamente, desta vez com Alicent Hightower, e madrasta e enteada inicialmente se deram muito bem. Isso mudou quando Alicent deu a luz a dois filhos homens, Aegon em 107 d.C. e Aemond em 110 d.C., mesmo com Viserys não declarando nenhum dos dois garotos como seu sucessor. Perguntas continuaram sendo feitas ao rei Viserys a respeito da sucessão, mas o rei não queria discutir. Sor Otto Hightower, pai de Alicent e Mão do Rei, foi afastado da corte pois importunava demais o monarca com a pergunta sobre o herdeiro. Mas mesmo depois que ele partiu, duas facções começaram a surgir na corte: aqueles que apoiavam a rainha-consorte e os que apoiavam a Princesa.[2]

Em 111 d.C., um grande torneio aconteceu em Porto Real para comemorar o quinto aniversário do casamento entre o rei Viserys e sua rainha Alicent. No começo do banquete, a rainha usava um vestido verde, enquanto a Princesa Rhaenyra se vestiu com as cores tradicionais Targaryen, o vermelho e preto. Isso foi notado e as facções políticas que dividiam a corte passaram a ser chamadas de "os Verdes" (que apoiavam a ascensão do príncipe Aegon como herdeiro legítimo do rei, citando como precedente o Grande Conselho de 101, onde um herdeiro masculino foi priorizado sobre a herdeira mulher) e "os Negros" (que apoiavam a princesa Rhaenyra Targaryen baseado em sua primogenitura). Os Negros tiveram mais sucesso no torneio, com Sor Criston, ainda trajando o favor de Rhaenyra, derrubando os campeões dos Verdes, os dois primos e o irmão mais novo da rainha, Sor Gwayne Hightower.[1]

De acordo com os registros do septão Eustace, antes de chegar aos 16 anos, Rhaenyra perdeu sua virgindade com seu tio, o príncipe Daemon, que a seduziu. Já o conto do bobo da corte Cogumelo é mais escandaloso, dizendo que Daemon deu a Rhaenyra lições sobre como seduzir e agradar um homem, lições que Cogumelo afirmou ter participado. O relato dele difere dos de Eustace, com Cogumelo afirmando que Rhaenyra permaneceu virgem durante essas "lições". Cogumelo afirma que, na época, a princesa ainda estava apaixonada por Criston Cole e ela queria que ele a visse como uma mulher. Seja qual for a versão verdadeira, o rei Viserys exilou seu irmão Daemon logo em seguida (Grande Meistre Runciter simplesmente afirma que os dois irmãos brigaram).[2]

A Princesa de Pedra do Dragão

A Princesa Rhaenyra e a Rainha Alicent Hightower, por Douglas Wheatley, conforme visto em Fogo & Sangue.

Aos 16 anos de idade, em 113 d.C., Rhaenyra tomou posse de Pedra do Dragão. Ela havia sido cortejada por vários lordes e nobres que queriam a mão e o favor dela. Os filhos dos lordes Blackwood e Bracken chegaram a duelar pela mão da Princesa de Pedra do Dragão quando ela visitou o Tridente em 112 d.C. e o chamado Tolo Frey chegou a pedir ela em casamento. Os gêmeos Jason e Tyland Lannister cantaram ela durante sua visita em Rochedo Casterly e ela também recebeu propostas dos filhos dos senhores Oakheart, Tarly, Tully e Tyrell. Sor Harwin Strong, o filho de lorde Lyonel Strong, também cortejou a princesa.[2] O rei Viserys I Targaryen considerou casa-la com o Príncipe de Dorne com o objetivo de trazer Dorne aos Sete Reinos, enquanto a rainha Alicent Hightower chegou a propor um casamento entre Rhaenyra e o filho dela, o príncipe Aegon Targaryen.[2]

Rhaenyra acabou casando com Sor Laenor Velaryon em 114 d.C., embora tenha sido necessário uma ameaça do rei Viserys de retirar o status dela como herdeira do Trono de Ferro para convencer ela a aceitar o casamento, já que Rhaenyra não tinha vontade em casar com um homem com os interesses de Laenor (fazendo referência a possível homossexualidade dele). A princesa teria dito para o pai dela: "Meus meio-irmãos seriam mais do gosto dele".[2] O melhor amigo de Laenor, Sor Joffrey Lonmouth, foi mortalmente ferido por Sor Criston Cole durante o torneio de casamento. Laenor preferiu ficar boa parte do seu tempo na fortaleza de Maré Alta, enquanto sua esposa passava seu tempo na corte.[2] Rhaenyra era próxima da irmã de Laenor, a senhora Laena Velaryon, que se casou com o príncipe Daemon Targaryen após a morte da sua primeira mulher, a senhora Rhea Royce.[2]

Laenor e Rhaenyra tiveram três filhos: os príncipes Jacaerys 'Jace', Lucerys 'Luke' e Joffrey 'Joff' Velaryon. Todos os três já eram quase adultos e tinham seus dragões quando o pai de Rhaenyra, Viserys I, faleceu. Havia um rumor pelo reino que os filhos de Rhaenyra eram, na verdade, de Harwin Strong, o amado da princesa, já que as três crianças tinham cabelo escuro e nariz grande, como Harwin, o que era estranho considerando que Laenor e Rhaenyra tinham caraterísticas valirianas tradicionais, incluindo o cabelo prata-dourado.[2][1] O verdadeiro pai dos três primeiros filhos de Rhaenyra ainda é desconhecido.

Os irmãos Laenor e Laena Velaryon faleceram em 120 d.C., assim como o suposto amante de Rhaenyra, Harwin Strong.[2] Rhaenyra então secretamente se casou com seu tio, o príncipe Daemon, o guerreiro mais experiente do seu tempo, em Pedra do Dragão. O septão Eustace afirmou que o casamento apressado e secreto ocorreu da forma como aconteceu pois Viserys havia proibido a união; já Cogumelo sugere que Daemon, com 39 anos de idade, havia engravidado a princesa, que tinha 23 anos.[2] A notícia do casamento causou alvoroço na corte em Porto Real e o pai de Rhaenyra ficou furioso. Levou algum tempo até que Viserys e Daemon se reconciliarem.[2] Desta união, Rhaenyra teve mais dois filhos, os príncipes Aegon e Viserys. O nascimento destes dois não alterou a cabeça do rei com relação a linha de sucessão.[2]

Após o rei Viserys I cortar a mão esquerda até o osso após tropeçar no Trono de Ferro, Rhaenyra enviou o meistre pessoal dela, Gerardys, para tratar dos ferimentos do pai.[3]

A Dança dos Dragões

Veja também: Dança dos Dragões
A rainha Rhaenyra no Trono de Ferro, por Douglas Wheatley, conforme visto em Fogo & Sangue.

Rhaenyra havia sido designada como herdeira presuntiva do seu pai, o rei Viserys I Targaryen. Essa intenção do rei foi confirmada por proclamação em testamento.[2] Quando Viserys faleceu em 129 d.C., contudo, Sor Otto Hightower, a Mão do Rei, e Sor Criston Cole, o Senhor Comandante da Guarda Real, desafiaram a vontade do falecido rei e decidiram coroar Aegon II, o meio-irmão de Rhaenyra e filho da rainha Alicent Hightower, que era dez anos mais novo que a irmã.[1] Isso iniciou uma guerra civil, conhecida como Dança dos Dragões, onde os apoiadores de Aegon II (chamados de Verdes) afirmavam que o primeiro filho homem sempre tinha precedência na linha sucessória, enquanto os apoiadores de Rhaenyra defendiam o direito dela como a primogênita do rei. Ambos os lados tinham dragões e o reino se dividiu.[5] No começo do conflito, Rhaenyra voava em seu dragão Syrax.[6][1]

No período que seu pai faleceu, Rhaenyra estava em Pedra do Dragão aguardando o nascimento do sexto filho. Os Verdes em Porto Real garantiram que a notícia da morte de Viserys não se espalhasse, com os apoiadores da princesa na Fortaleza Vermelha sendo aprisionados ou mortos. Uma semana depois, Aegon II foi formalmente coroado rei. Quando a notícia desses acontecimentos finalmente chegaram até Rhaenyra, ela ficou furiosa e acabou entrando em trabalho de parto, produzindo uma filha deformada e natimorta, que ela chamou de Visenya. Rhaenyra culpou esta tragédia nos traidores que usurparam sua coroa. Ela então organizou uma apressada coroação para si mesma. A chegada de Sor Steffon Darklyn da Guarda Real em Pedra do Dragão, acompanhado de alguns seguidores dos Negros, permitiu que a cerimônia prosseguisse com alguma legitimidade, já que enquanto Aegon II se coroou com a coroa do Conquistador, Rhaenyra pôde colocar sobre sua cabeça a coroa do avô, que também tinha sido a de seu pai. Rhaenyra foi coroada pelas mãos do seu tio-marido, o príncipe Daemon Targaryen.[1]

Para garantir apoio para reivindicar o Trono de Ferro, ambos os lados enviaram corvos e mensageiros para as grandes casas de Westeros. Rhaenyra mandou seu filho mais velho Jace, montado em seu dragão, para contactar as casas Arryn, Manderly e Stark e angariar apoio (o que ele conseguiu), enquanto seu filho Luke foi para Ponta Tempestade para conversar com o lorde Borros Baratheon. Ao contrário do irmão, Luke fracassou e quando estava retornando para casa foi atacado pelo dragão Vhagar, que era montado pelo príncipe Aemond. Luke acabou sendo morto e lorde Borros declarou seu apoio aos Verdes.[1] A notícia da morte de Luke foi devastadora para a sua mãe. O marido dela, Daemon, orquestrou a vingança, contratando dois assassinos (Queijo e Sangue) para matar o pequenino Jaehaerys, filho de Aegon II. A guerra então se tornou generalizada, com combates irrompendo por todo o reino.[7]

Rhaenyra começou a guerra melhor, conseguindo mais apoio dentre as grandes casas. Ela e o marido Daemon, em 130 d.C., avançaram e tomaram Porto Real (Aegon II fugiu, embora sua esposa tenha sido feita prisioneira). Rhaenyra tinha agora o controle do Trono de Ferro, subindo nas escadarias e se sentando na cadeira, afirmando que ouviria juras de lealdade e pedidos de perdão na Fortaleza Vermelha pela noite inteira. Embora Rhaenyra estivesse vestida de armadura, o Septão Eustace[8] afirmou que várias pessoas presentes no salão da fortaleza disseram que a rainha se machucou pelas lâminas do Trono Ferro, recebendo vários cortes nas pernas e mãos. Muitos interpretaram isso como um sinal de que o trono havia "rejeitado" ela; seja como for, o reinado de Rhaenyra duraria pouco.[1] Eustace afirmou que ela frequentemente se cortava no trono e começou a ganhar peso e parecer desleixada durante sua estadia em Porto Real.[9]

O povo de Porto Real inicialmente celebrou o retorno de Rhaenyra como uma libertadora, já que eles tinham pouco amor por Aegon II Targaryen e seu irmão Aemond. Rhaenyra então enviou cavaleiros para perseguir aqueles que apoiaram Aegon na capital, com os portões da cidade sendo abarrotados de estacas com cabeças de supostos traidores. Também ainda faltava dinheiro. Embora o rei Viserys I Targaryen tenha deixado os cofres reais cheios de ouro, o tesouro real havia sido levado pelos Verdes, ao passo de que quando Rhaenyra chegou em Porto Real, ela já não tinha como financiar seu governo. Rhaenyra, precisando desesperadamente de dinheiro, autorizou o Lorde Bartimos Celtigar, seu novo Mestre da Moeda, a criar impostos e taxar a população da capital. Todos os dias, novos impostos eram aprovados. O povo comum lentamente começou a nutrir desconfiança e desgosto pela sua rainha. Com o tempo, o comportamento de Rhaenyra foi ficando cada vez mais errático. Vendo traidores em todos os lados, ela ordenou incontáveis execuções a partir da Fortaleza Vermelha.[1] Eventualmente ela ganhou a alcunha de "Maegor com tetas" pelo povo. O termo "Tetas de Maegor" se tornou um praguejar comum em Porto Real por cem anos depois.[1][9]

Após ouvir sobre os Dois Traidores e a derrota dos seus partidários na Primeira Batalha de Tumbleton, Rhaenyra começou a ficar ainda mais paranoica e declarou que os outros dois bastardos que ela havia legitimado, Sor Addam Velaryon e Nettles, também eram traidores, uma decisão que gerou graves consequências. A Mão da Rainha Rhaenyra, o Lorde Corlys Velaryon, que havia nomeado Sor Addam seu herdeiro em Derivamarca, decidiu alerta-lo e deu tempo para ele fugir com seu dragão Seasmoke. A rainha não hesitou e mandou prender Corlys, o que fez com que a frota da Casa Velaryon abandonasse a causa dela.[1]

A Rainha Rhaenyra ainda queria Nettles morta, acreditando que a bastarda era uma traidora. Ela então mandou uma carta para o lorde Manfryd Mooton, comandando que ele matasse a garota. Lorde Mooton se recusou a obedecer, já que Nettles era uma convidada sob seu teto, protegida pela lei da hospitalidade. Mooton também temia que Daemon matasse quem tentasse seguir as ordens de Rhaenyra, já que ele havia se aproximado bastante de Nettles. Lorde Mooton, insistindo que os reis Viserys I e Jaehaerys I jamais dariam ordem tão imoral, decidiu permitir que Nettles fugisse (junto com Daemon), e ergueu a bandeira de Aegon II no terraço de seu castelo.[1] Pouco depois, Rhaenyra perdeu de vez o marido, quando Daemon morreu na Batalha acima do Olho de Deus.[9]

Rhaenyra prestes a ser morta por Sunfyre, por Douglas Wheatley, conforme visto em Fogo & Sangue.

O desgoverno de Rhaenyra eventualmente levou a população de Porto Real a se rebelar. A revolta tomou conta da capital, com a turba ensandecida ficando mais furiosa especialmente após a notícia da morte de Helaena Targaryen, a mulher de Aegon II, que era amada pelo povo comum. Muitos afirmaram que Helaena foi morta sob as ordens de Rhaenyra. Neste momento, o povo comum da capital começou a odiar profundamente Rhaenyra. As revoltas começaram a se expandir e a rainha acabou perdendo, para fins práticos, o controle da capital. A revolta culminou no Assalto ao Fosso dos Dragões, quando o povo invadiu o local onde os Targaryen mantinham seus dragões, matando cinco dos animais. O último filho vivo de Rhaenyra do seu primeiro casamento, Joffrey Velaryon, morreu durante a revolta na capital.[10] Os outros dois filhos tinham morrido antes: Lucerys assassinado na Baía dos Naufrágios (em 129 d.C.) e Jacaerys na Batalha da Goela (em 130 d.C.).[11]

Abalada, Rhaenyra decidiu abandonar a capital e fugir para Pedra do Dragão. Seus três filhos mais velhos estavam mortos e seu caçula, Viserys, estava desaparecido. Ela então passou a manter seu filho Aegon o Jovem perto dela em todos os momentos. Aterrorizada e exausta, seu cabelo foi ficando cinza e abatido quando ela viajou para Rosby, Stokeworth e então Valdocaso. Rhaenyra teve que vender a coroa do pai para comprar uma passagem num navio mercante braavosi chamado Violande. Rhaenyra desembarcou em Pedra do Dragão e acabou sendo traída por Sor Alfred Broome e seus homens, que mataram os membros da Guarda da Rainha e a capturaram, junto com suas servas. Rhaenyra foi então levada para Aegon II e os dois trocaram rapidamente algumas palavras ríspidas. O rei Aegon II então ordenou que ela fosse morta, dando-a de comer para seu dragão Sunfyre. Aegon II organizou seu retorno para a capital e decretou que o título de rainha de Rhaenyra fosse removido de todos os registros oficiais e fez com que ela fosse lembrada apenas como 'princesa' em todas as crônicas e histórias.[1]

Legado

Todos os três filhos mais velhos de Rhaenyra morreram durante a Dança dos Dragões, mas os dois mais novos, nascidos do seu segundo casamento, com o príncipe Daemon, sobreviveram a guerra. O conflito terminou quando o rei Aegon II faleceu em 131 d.C. sem deixar um herdeiro masculino direto e foi sucedido pelo filho mais velho de Rhaenyra e Daemon, o garoto Aegon III, que havia testemunhado a própria mãe morrer sendo devorada por um dragão.[12] O segundo filho de Rhaenyra com Daemon também acabou virando rei, coroado Viserys II Targaryen. Ele foi sucedido pelos filhos do irmão Aegon III, Daeron I e Baelor I, que morreram sem filhos.[13]

Nem Rhaenyra ou Aegon II são lembrados favoravelmente pelo povo de Westeros.

Eventos recentes

A Tormenta de Espadas

Stannis Baratheon citou Rhaenyra a Davos Seaworth como exemplo de alguém que tentara usurpar o Trono de Ferro e morrera por traição.[14]

O Festim dos Corvos

Arianne Martell e Arys Oakheart discutem a possibilidade de Myrcella herdar o Trono de Ferro, usando Rhaenyra como exemplo.[5]

A Dança dos Dragões

Tyrion Lannister fala sobre o dragão que matou Byron Swann durante a Dança dos Dragões. Ele defende que o ato foi cometido pelo dragão de Rhaenyra, Syrax.[6]

Citações


Daemon Blackfyre, os irmãos Toyne, o Rei Abutre, o Grande Meistre Hareth... traidores sempre pagaram com a vida... até Rhaenyra Targaryen. Era filha de um rei e mãe de mais dois, e no entanto teve uma morte de traidora por tentar usurpar a coroa do irmão.
—— Stannis Baratheon para Davos Seaworth.





Aegon: Irmã!

Rhaenyra: Querido irmão. Tinha esperanças de que estivesse morto.
Aegon: Depois de você. É a mais velha.
Rhaenyra: Estou satisfeita de que se lembre disso.

—— Rhaenyra Targaryen e Aegon II Targaryen em seu diálogo final.


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Baelon
 
Rhaenyra
 
Daemon*
 
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Helaena
 
Aemond
 
Daeron
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Viserys II
 
Visenya
 
Jaehaerys
 
Jaehaera
 
Maelor
 


Bastidores

Nos primeiros rascunhos da árvore genealógica que George R. R. Martin criou para a Casa Targaryen, Rhaenyra tinha vários maridos diferentes. No primeiro rascunho ele casou-a com um Lannister, com quem ela não teve filhos.[15] Em um novo rascunho, apresentado no jogo semicanônico produzido pela Green Ronin Publishing, seu marido é Lyonel Strong, com quem ela teve três filhos. Os filhos não foram identificados pelo nome.[16] No rascunho final, conforme apresentado em O Príncipe de Westeros e O Mundo de Gelo e Fogo, Rhaenyra se casou primeiro com Laenor Velaryon, com quem teve três filhos, ( Jacaerys, Lucerys, e Joffrey Velaryon) que, segundo rumores, foram gerados por Sor Harwin Strong.[2][17] Na mesma versão final, o pai de Harwin é chamado de Lorde Lyonel Strong.[2][3] Além disso, após as mortes de Laenor e Harwin, ambos em 120 d.C., Rhaenyra se casou com seu tio, Príncipe Daemon Targaryen, com quem ela teve mais três filhos (dois filhos e uma filha natimorta).[2][1][17]

Influências no mundo real

A história de Rhaenyra em muito se assemelha com a da Imperatriz Maude da Inglaterra. Assim como Rhaenyra, Maude foi declarada herdeira do pai, o Rei Henry I, após a morte de seu irmão, William Adelin. Henry I obrigou seus barões a jurarem fidelidade à Maude, mas após sua morte, devido à influência da Igreja e daqueles que não queriam ser governados por uma mulher, foi coroado o sobrinho do rei, Stephan da Casa de Blois.

Maude entrou em guerra com o primo, e chegou a capturá-lo e tomar Londres por um breve período. Assim como Rhaenyra, ela também foi obrigada a fugir da capital devido a multidões hostis. Em Oxford, ela teve de fugir de Stephan e só não foi apanhada porque, segundo a lenda, fugiu sozinha atravessando os campos cobertos de neve.

Assim como a Dança dos Dragões, a chamada Anarquia terminou com a ascensão ao trono do filho daquela que seria a verdadeira herdeira. Henry II, filho de Maude com o Conde de Anjou, entrou na Inglaterra e, através de um tratado, foi coroado após a morte de Stephen.

Referências

  1. 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14 A Princesa e a Rainha.
  2. 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 2,12 2,13 2,14 2,15 2,16 2,17 2,18 2,19 2,20 2,21 2,22 O Príncipe de Westeros.
  3. 3,0 3,1 3,2 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Viserys I.
  4. So Spake Martin: Good Queen Alysanne and Rhaenyra, 18 de junho de 2006.
  5. 5,0 5,1 O Festim dos Corvos, Capítulo 13, O Cavaleiro Maculado.
  6. 6,0 6,1 A Dança dos Dragões, Capítulo 8, Tyrion.
  7. Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Um filho por um filho.
  8. Ran discussing Eustace
  9. 9,0 9,1 9,2 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Rhaenyra triunfante.
  10. Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Rhaenyra destituída.
  11. Fogo & Sangue, A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado.
  12. O Cavaleiro dos Sete Reinos, O Cavaleiro Andante.
  13. A Guerra dos Tronos, Apêndice.
  14. A Tormenta de Espadas, Capítulo 36, Davos.
  15. Asoiaf.westeros.org: FIRE AND BLOOD volume 1 (July 21, 2018)
  16. A Song of Ice and Fire Roleplaying, Green Ronin.
  17. 17,0 17,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Apêndice: Árvore Genealógica dos Targaryen.