Aegon II foi o sexto rei Targaryen a sentar no Trono de Ferro, sucedendo seu pai, Viserys I. Sua ascensão foi disputada com sua meia-irmã mais velha, Rhaenyra Targaryen, e ambos pereceram na guerra que travaram, a Dança dos Dragões.[1]
Aegon II Targaryen, por Amok ©. | |
Informações biográficas | |
Reinado | 129 d.C. a 131 d.C. |
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Nome completo | Aegon II Targaryen, o Segundo de Seu Nome |
Pseudônimo(s) | Aegon, o Usurpador |
Títulos | Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens Senhor dos Sete Reinos Protetor do Território |
Nascimento | 107 d.C., em Porto Real [1] |
Morte | 131 d.C., em Porto Real [1] |
Família | |
Casa Real | Casa Targaryen |
Predecessor | Viserys I |
Herdeiro(s) | 1º: Jaehaerys Targaryen 2º: Maelor Targaryen |
Sucessor | Aegon III |
Rainha | Helaena Targaryen |
Filhos | Jaehaerys Targaryen Jaehaera Targaryen Maelor Targaryen |
Pai | Viserys I |
Mãe | Alicent Hightower |
Livros As Crônicas de Gelo e Fogo | |
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Livros Históricos | |
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Intérprete | Tom Glynn-Carney (adulto) Ty Tennant (jovem) Jake e Rory Heard (4 anos) Não identificado (2 e 3 três anos) |
Aparições | 1ª Temporada |
Aparência e personalidade
- Veja também: Imagens de Aegon II Targaryen
Aegon II se assemelhava ao pai em aparência, apesar de não em personalidade. Tinha um bigode fino e semblante carrancudo. Era preguiçoso, aborrecido e glutão, além de muito promíscuo, tendo sido pai de vários bastardos.[2]
Ele usava a coroa de Aegon, o Conquistador, e portava sua espada, a Blackfyre.[3] Como domava o dragão Sunfyre, o Dourado, Aegon adotou um dragão dourado como seu símbolo pessoal. Durante a Dança dos Dragões, seus apoiadores usavam esse emblema.[1]
História
Juventude
Aegon nasceu em 106 d.C., filho do rei Viserys I Targaryen e sua segunda esposa, a senhora Alicent Hightower. Aegon tinha três irmãos mais velhos: dois meninos, que morreram cedo, e sua irmã, Rhaenyra, que havia sido apontada como herdeira de Viserys por volta de 105 d.C., quando centenas de lordes e cavaleiros com terras fizeram reverência a ela e juraram defender seus direitos.[2]
Aegon recebeu seu nome por insistência da sua mãe, em homenagem a Aegon o Conquistador.[2] Ele teria três irmãos mais novos: dois homens, Aemond e Daeron, e uma irmã, Helaena. Embora o rei Viserys tivesse agora três filhos homens, ele se recusou a alterar a linha de sucessão e manteve Rhaenyra como sua herdeira, uma decisão que sedimentou em testamento.[3] O príncipe Daemon Targaryen, o irmão mais novo do rei, não se importava muito com Aegon e Aemond, que o haviam empurrado para mais longe da linha sucessória.[2]
A mãe de Aegon, a rainha Alicent, não concordava com a decisão do marido de nomear Rhaenyra como herdeira do Trono de Ferro ao invés de Aegon. Quando o pai dela, Sor Otto Hightower, continuou a encorajar Viserys a nomear Aegon seu sucessor, o rei o dispensou de sua posição como Mão do Rei. Por fim, Alicent tentou convencer o marido a casar Rhaenyra e Aegon. Viserys não queria isso, já que havia uma diferença de dez anos entre eles e os dois irmãos não se davam bem. O rei Viserys sabia que a proposta de Alicent tinha como objetivo colocar Aegon no trono e então assegurou que Rhaenyra se casasse logo, com Sor Laenor Velaryon, o herdeiro de Derivamarca.[2]
Tensões na corte
A relação na corte real entre os lordes começou a se deteriorar quando os nobres do reino começaram a se dividir entre apoiarem Alicent ou Rhaenyra. Embora vários senhores respeitassem a vontade do rei de apontar sua própria sucessora, muitos nobres favoreciam o precedente estabelecido no Grande Conselho de 101, onde o herdeiro masculino foi favorecido para suceder ao Trono de Ferro em detrimento de uma mulher. Os dois lados se dividiram em duas facções, os "Verdes" e os "Negros", consistindo daqueles que apoiavam Aegon ou Rhaenyra, respectivamente.[2]
A inimizade entre Alicent e Rhaenyra passou para seus filhos; Aegon e seus irmãos não gostavam dos seus sobrinhos Velaryons e ressentiam os três garotos pelo fato deles terem roubado seu direito de nascença. O príncipe Aegon foi convencido que os três filhos de Rhaenyra eram, na verdade, nascidos de adultério com Sor Harwin Strong, o amado de Rhaenyra. Os seis frequentavam os mesmos banquetes, bailes e festas, as vezes treinando sob o mesmo mestre-de-armas e estudaram com os mesmos meistres. O arquimeistre Gyldayn acreditava que forçar Aegon e seus irmãos a ficarem próximos dos filhos Rhaenyra só gerava mais desgosto entre eles.[2]
Quando tinha treze anos, o príncipe Aegon se tornou um cavaleiro de dragão, ao firmar um laço com a besta Sunfyre. Nesse meio tempo, os agora viúvos Rhaenyra e Daemon, se casaram. Em 120 d.C., Rhaenyra deu a luz a um filho, chamado Aegon, que provavelmente recebeu este nome para ofender indiretamente o príncipe Aegon, para desgosto da rainha Alicent. Em 122 d.C., em conformidade com as tradições da Casa Targaryen, o príncipe Aegon se casou com sua irmã, a princesa Helaena Targaryen, em Porto Real. Os primeiros filhos do casal, os gêmeos Jaehaerys e Jaehaera, nasceram um ano mais tarde. Aegon gerou ainda dois filhos bastardos, sendo um menino que ele teve com uma donzela que ganhou num leilão na Rua da Seda e uma menina gerada com uma das criadas de sua mãe. Em 127 d.C., Helaena deu a luz a um filho, o príncipe Maelor.[2]
O rei Viserys continou a tentar fazer com que Aegon, seus irmãos e os sobrinhos Velaryon se tornassem amigos, mas Aegon permanecia não gostando dos filhos de Rhaenyra. Num banquete realizado no primeiro dia de 127 d.C., o príncipe Jacaerys Velaryon pediu a princesa Helaena por uma dança, algo que Aegon tomou com uma ofensa. Eles brigaram e talvez até teriam lutado, mas a Guarda Real interveio.[2]
A Dança dos Dragões
Começo do seu reinado
Quando o rei Viserys I Targaryen faleceu em 129 d.C., a princesa Rhaenyra Targaryen ainda era sua herdeira presuntiva ao Trono de Ferro. Ela estava, naquele momento, em Pedra do Dragão, grávida, e não foi informada da morte do pai. A Fortaleza Vermelha em Porto Real estava sob controle dos Verdes e eles garantiram que, a princípio, nenhuma informação da morte do rei vazasse, mantendo o corpo dele parado por sete dias em seus aposentos, até que as preparações para a coroação de Aegon fossem concluídas. Com a exceção do lorde Lyman Beesbury, todo o pequeno conselho concordou com a ascensão de Aegon ao trono. De acordo com Cogumelo, o príncipe estava com uma prostituta da Baixada das Pulgas, embora o septão Eustace tenha dito que ele estava na verdade com uma amante, filha de um comerciante. De acordo com Eustace, Aegon de início se recusou a fazer parte do complô de sua mãe para coroa-lo, insistindo que Rhaenyra era a herdeira de fato. Contudo, Sor Criston Cole, Senhor Comandante da Guarda Real, o convenceu de que caso Rhaenyra tomasse o trono, Aegon e seus irmãos poderiam ser executados. Eustace insiste que foi essa argumentação que convenceu o príncipe.[3]
O Conselho Verde começou a fazer preparações para convencer os líderes das Grandes Casas a apoiar Aegon, mas o príncipe estava ficando cansado das maquinações e dos segredos, exigindo ser coroado imediatamente. No décimo dia da terceira lua de 129 d.C., a morte do rei Viserys I foi oficialmente anunciada pelos sinos da capital Porto Real e a notícia foi mandada para os quatro cantos dos Sete Reinos e o príncipe Aegon foi proclamado Aegon, O Segundo de Seu Nome, Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens. A coroação aconteceria no Fosso dos Dragões. No dia apontado, Sor Criston, o Fazedor de Reis, colocou a coroa do Conquistador sobre a cabeça de Aegon II. Com o idoso Alto Septão longe em Vilavelha, coube ao septão Eustace ungir e abençoar o rei Aegon II.[3]
Contudo, Sor Steffon Darklyn da Guarda Real permaneceu leal a Rhaenyra e fugiu para Pedra do Dragão com a coroa do falecido Viserys I. Rhaenyra se recusou a aceitar ter seu trono e direitos usurpados, contestando a ascensão do irmão. Aegon II controlava as riquesas de Porto Real, Vilavelha e Lannisporto, além do apoio das Casas Hightower, Lannister e Baratheon. Ele manteve as aparências de legalidade, usando a coroa de Aegon o Conquistador, a espada de aço valiriano da família, a Blackfyre, e o Trono de Ferro. Após ser informado que Rhaenyra também havia se coroado, um furioso Aegon exigiu a cabeça dela e a do seu marido, o príncipe Daemon, embora o grande meistre Orwyle tenha eventualmente o convencido a mandar termos de paz para Rhaenyra. A princesa, porém, se recusou a acatar qualquer termos que não envolvessem a ascensão dela à coroa, o que deixou o rei Aegon ainda mais irritado. O reino se dividiu em dois, com aqueles que apoiavam os direitos de Rhaenyra ao trono (eles eram conhecidos como Negros) e aqueles que defendiam a ascensão de Aegon II (chamados de Verdes). Não demorou muito e batalhas irromperam por todo o reino e a guerra civil conhecida como Dança dos Dragões começou violenta e sangrenta.[3]
No começo da guerra, o príncipe Aemond matou o príncipe Lucerys Velaryon, filho de Rhaenyra, sobre Ponta Tempestade. Então, o lorde Borros Baratheon, Senhor das Terras da Tempestade, declarou apoio a Aegon II. Quando Aemond retornou, um exultante Aegon deu boas vindas a ele com um banquete, embora a rainha-viúva Alicent e seu pai, Sor Otto Hightower, o Mão do Rei, estavam preocupados com a repercussão da morte do príncipe. E a vingança não tardou, com o Príncipe Daemon mandando dois assassinos, Sangue e Queijo, para matar o pequeno Jaehaerys, na Fortaleza Vermelha. A irmã-esposa de Aegon, a rainha Helaena Targaryen, ficou chocada e entrou numa espiral de depressão e tristeza com a dor da perda do filho mais velho.[1] Enquanto Sangue foi capturado e torturado até a morte, Queijo nunca foi encontrado. Tomado pela fúria, Aegon ordenou que todos os caçadores de ratos na cidade fossem enforcados (essa era a profissão de Queijo). Aegon e sua esposa passaram a dormir em cômodos diferentes pelo resto das vidas, com o rei se afogando em bebida.[4]
A guerra começou mal para os Verdes, sofrendo uma série de derrotas nas Terras Fluviais. Sor Otto tentou angariar aliados, mandando cartas e contratando mercenários. Aegon, contudo, acreditava que o avô era lento demais e via a cautela dele como covardia. Para piorar, as Casas Velaryon, Stark, Arryn e a maioria dos Senhores dos Rios declararam apoio a Rhaenyra, complicando ainda mais a situação. Aegon começou a afogar seus medos em vinho forte. Com Corlys Velaryon, o Senhor das Marés, iniciando um bloqueio naval contra Porto Real, fechando a Baía da Água Negra, Sor Otto entrou em contato com a Triarquia e Dalton Greyjoy, Senhor das Ilhas de Ferro, por ajuda. Com o seu avô hesitante, Aegon tirou a posição de Otto de Mão do Rei e a deu para Sor Criston Cole. A nova Mão optou por exercer a Justiça do Rei sobre aqueles aprisionados na capital acusados de simpatia por Rhaenyra. Aqueles que se recusaram a trocar de lealdade e apoiar Aegon foram executados. O rei queria atacar Pedra do Dragão, mas como não tinha uma marinha nem de perto tão expressiva como a dos Velaryons, acabou sendo persuadido a desistir.[5]
Sor Criston, porém, concordava que era necessário partir para a ofensiva. Aegon II o acompanhou até Pouso de Gralhas onde batalharam os Negros, com ele e Aemond matando a princesa Rhaenys Targaryen e seu dragão Meleys, dando uma boa vitória para os Verdes. Contudo, Sunfyre foi gravemente ferido no combate e o próprio Aegon sofreu queimaduras em metade do corpo, uma bacia fraturada e várias costelas também quebradas. Sua armadura derreteu em seu braço esquerdo e ele levou quase um ano para se recuperar, recebendo grandes doses de leite de papoula, que o deixava dopado e sonolento. Ele permaneceu na cama pelo restante do ano. Apenas sua mãe, a rainha-viúva Alicent, e sua Mão, Sor Criston, tinham permissão de perturbar seus descanso. O príncipe Aemond assumiu seu lugar como Príncipe Regente e Protetor do Território. Aegon permaneceu distorcido e alejado pelo resto da vida, com boa parte do corpo cheio de queimaduras severas.[5]
Pedra do Dragão
As forças de Rhaenyra se moveram rapidamente e tomaram Porto Real, assegurando o controle do Trono de Ferro, em 130 d.C.. Em seguida, os príncipes Aemond e Daemon, em lados opostos, mataram um ao outro na Batalha acima do Olho de Deus, e Sor Criston pereceu no Baile dos Carniceiros, com seu exército sendo destroçado, sendo estes sérios revezes para os Verdes.[6] Aegon II, contudo, conseguiu evadir a captura dos agentes de Rhaenyra, com ele e seus filhos abandonando a capital. Os príncipes Maelor e Jaehaera foram levados por Larys Strong para longe em segurança e Aegon se disfarçou como plebeu e escapou em um barco pesqueiro, indo para Pedra do Dragão, onde convenceu vários Negros a mudar de lado e ajuda-lo a tomar a ilha. Defendendo Pedra do Dragão estava a princesa Baela Targaryen (filha de Daemon), e Aegon II partiu para enfrenta-la, sendo que ambos tinham dragões. Sobre a ilha, Sunfyre e Moondancer se digladiaram e caíram sobre a terra, com Aegon tentando pular das costas do seu dragão, quebrando ambas as suas pernas. As sequelas deste combate causariam dor pelo resto da vida, mas ele recusou leite de papoula que foi oferecido para ele pelo meistre Gerardys, pois não queria repetir o que tinha acontecido em Pouso de Gralhas. Aegon não confiava mais em Gerardys e ordenou que ele fosse dado de comida para o seu dragão.[7][8] Tendo sido protegido por Sor Marston Waters em sua jornada para Pedra do Dragão, Aegon nomeou o cavaleiro bastardo para sua Guarda Real. Enquanto isso, a esposa de Aegon, a rainha Helaena, tomada pela dor da morte do filho, o príncipe Maelor, nas mãos de uma turba ensandecida em Ponteamarga, cometeu suicídio na capital.[8][1]
Perdendo o controle de Porto Real em meio a uma revolta popular, que culminou no Assalto ao Fosso dos Dragões, Rhaenyra decidiu fugir para Pedra do Dragão, em 130 d.C., não sabendo que a ilha estava sob controle de Aegon II. Quando ela chegou acabou aprisionada e levada perante o irmão, onde foi julgada como traidora. Após uma troca de insultos, Aegon decidiu dar Rhaenyra de comer para o seu dragão Sunfyre, enquanto o príncipe Aegon o Jovem assistia horrorizado.[9] Sor Alfred Broome argumentou por matar o menino Aegon também, mas o rei não permitiu.[8] Os apoiadores de Rhaenyra não se detiveram e continuaram a guerra em nome do filho dela, Aegon o Jovem, embora o rapaz permanecesse cativo do seu tio, o rei Aegon II.[1] Mesmo com a morte de Rhaenyra, o rei não tinha como retornar para Porto Real devido ao bloqueio imposto pela Frota Velaryon.[10]
Restauração
Embora Rhaenyra estivesse morta, a Dança dos Dragões não estava terminada. Aegon II ofereceu a Casa Velaryon perdão se Sor Alyn Velaryon, o herdeiro de lorde Corlys, jurasse lealdade a ele e permitisse que o rei cruzasse a Baía da Água Negra. Enquanto isso, em Pedra do Dragão, Sunfyre morreu devido aos seus ferimentos e Aegon chorou por ele. Embora Aegon primeiramente tenha ordenado a execução da princesa Baela Targaryen, ele acabou apenas ameaçando-a de execução se Alyn não se apresenta-se perante o rei. Quando lorde Borros Baratheon finalmente chegou em Porto Real, a rainha-viúva Alicent Hightower orquestrou um acordo de casamento entre Aegon II e a senhora Cassandra Baratheon, a filha mais velha de lorde Borros. Nesse meio tempo, Corlys concordou em jurar lealdade a Aegon e foi nomeado mestre dos navios. Enquanto Aegon se preparava novamente para decapitar Baela, com Alyn planejando um ataque a Pedra do Dragão, notícias de que a Casa Velaryon mudou de lado se espalhou pelo reino. Aegon então retornou para Porto Real a bordo do navio Rato, capitaneado pela mãe de Alyn, Marilda de Casco. De acordo com Cogumelo, a escolha deste navio para o transporte foi feito com a intenção de insultar o rei.[10]
Uma vez em Porto Real, Aegon II ainda estava fraco demais para escalar os degraus do Trono de Ferro. Foi então colocado um pequeno trono de madeira acolchoado para ele, com um cobertor para evitar que suas pernas distorcidas ficassem à mostra. Embora em muita dor, ele se recusou a tomar vinho de sonhos ou leite de papoula, preferindo focar sua atenção total nos três falsos reis de Porto Real. Aegon permitiu que Trystane Truefyre fosse feito cavaleiro antes que fosse executado. O rei poupou Gaemon Cabelo-Claro devido a sua juventude, mas ordenou que seus seguidores fossem enforcados. Após prender o Pastor, Aegon ordenou que a língua dele fosse removida e então o queimou vivo junto com seus seguidores.[10]
Com lorde Velaryon exortando Aegon a perdoar os lordes que apoiaram Rhaenyra, o rei ordenou que os senhores e nobres das Terras da Coroa fossem levados para ele acorrentados e que pagassem um pesado resgate e ainda fornecessem reféns, para que não se rebelassem contra ele. Enquanto isso, os senhores dos rios começaram a reunir um novo exército e então marcharam contra Porto Real, enquanto uma grande tropa do Vale de Arryn contratava navios para leva-los até a capital e destronar Aegon. O rei então buscou chocar ovos de dragão, mas sem sucesso. Corlys implorou para que o rei desposasse sua filha, Jaehaera Targaryen, com o cativo Aegon o Jovem, embora Aegon II desejasse o fim da linhagem da irmã; Aegon decretou então que o príncipe deveria se juntar a Patrulha da Noite ou serviria como um eunuco.[10]
Morte
Com os exércitos inimigos se aproximando da capital e seus lordes discutindo e tramando, Aegon II permaneceu alheio, tendo prazer apenas na contemplação de seu casamento com a senhora Cassandra Baratheon. O rei ordenou a reconstrução do Fosso dos Dragões e encomendou duas estátuas representando seus irmãos, Daeron o Ousado e Aemond Um-Olho.[10]
Contudo, Kermit Tully, Senhor de Correrrio, e seu exército haviam derrotado as forças do lorde Borros Baratheon na Batalha da Estrada do Rei (meados de 131 d.C.). Sem nenhum exército Verde para proteger a capital, os Rapazes marchando para Porto Real e com reforços dos Negros vindos do Vale e Norte (este último liderado por Cregan Stark), Lorde Corlys Velaryon sabia que a derrota era iminente. Ele aconselhou o rei Aegon a abdicar e se juntar a Patrulha da Noite, apesar da rainha Alicent Hightower o lembrar que eles ainda tinham reféns. O rei afirmou que se recusaria a aceitar qualquer tipo de rendição. Ele então deu ordens para que as orelhas do príncipe Aegon o Jovem fossem cortadas e os pedaços enviados para o lorde Tully como um aviso.[10]
Após se reunir com seu pequeno conselho, o fatigado Aegon cambaleou para dentro de sua liteira e pediu para ser levado para o septo real na Fortaleza Vermelha. O rei recebeu sua costumeira garrafa de vinho tinto da Árvore para lhe aliviar a dor. Quando sua escolta chegou e Sor Gyles Belgrave da Guarda Real levantou as cortinas da liteira, Aegon II foi encontrado morto com sangue nos lábios.[1][10]
Com Aegon II morto, Lorde Corlys e o jovem Aegon, que não havia sido machucado, partiram para encontrar o exército de Kermit Tully, afirmando que o rei estava morto. Enquanto isso, Lorde Leowyn Corbray, comandante da tropa Arryn, testemunhou a Frota Velaryon abaixando a bandeira de Aegon II. O falecido rei não tinha herdeiros masculinos diretos, o que fez com que o seu sobrinho, Aegon o Jovem, ascendesse ao Trono de Ferro, se casando com a filha de Aegon II, a princesa Jaehaera Targaryen, unindo assim os dois ramos da Casa Targaryen. Seguindo a tradição Targaryen, Aegon II foi cremado, com alguns esperando que os males e o ódio de seu reinado fossem queimados junto com seus restos mortais.[1][10]
Quem exatamente envenenou o rei permanece desconhecido, embora suspeitos tenham sido presos durante a Hora do Lobo. Os principais conspiradores da morte de Aegon II eram o lorde Velaryon, Lorde Larys Strong e Sor Perkin a Pulga, que temiam que se Aegon II permanecesse vivo com a coroa, a guerra continuaria. Quando lorde Stark chegou em Porto Real, ele ordenou que todos fossem presos. O Grande Meistre Orwyle foi sentenciado a morte por fornecer o veneno, Sor Gyles foi executado por "permitir que seu rei morresse" e vinte e dois personagens menores também foram julgados cúmplices, a maioria que estava sob comando de Perkin. Enquanto Corlys confessou sua participação no assassinato, Cregan foi convencido, por Alysanne Blackwood, a poupa-lo. Larys foi executado, enquanto Perkin foi mandado para a Muralha.[10] O Fosso dos Dragões começou a ser reparado, mas as estátuas encomendadas por Aegon II nunca foram construídas.[11]
Família
Do lado paterno:
Do lado materno:
Hobert | Lorde Hightower | Esposa desconhecida | Otto | Esposa desconhecida | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Bryndon | Samantha Tarly | Ormund | Primeira esposa desconhecida | Filho(s) | Alicent | Viserys I Targaryen | Gwayne | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Myles | Lyonel | Martyn | Garmund | Rhaena Targaryen | Bethany | Aegon II Targaryen | Helaena Targaryen | Aemond Targaryen | Daeron Targaryen | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
6 filhos | 6 filhas | Jaehaerys Targaryen | Jaehaera Targaryen | Maelor Targaryen | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Aegon II.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 Fogo & Sangue, Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão.
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Os pretos e os verdes.
- ↑ Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Um filho por um filho.
- ↑ 5,0 5,1 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado.
- ↑ Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Rhaenyra triunfante.
- ↑ A Tormenta de Espadas, Capítulo 12, Tyrion.
- ↑ 8,0 8,1 8,2 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Rhaenyra destituída.
- ↑ O Cavaleiro dos Sete Reinos, O Cavaleiro Andante.
- ↑ 10,0 10,1 10,2 10,3 10,4 10,5 10,6 10,7 10,8 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: O breve e triste reinado de Aegon II.
- ↑ Fogo & Sangue, Sob os regentes: A Mão encapuzada.