Dança dos Dragões
A Dança dos Dragões foi uma guerra civil ocorrida durante a Dinastia Targaryen dos Sete Reinos. Consistiu em uma guerra de sucessão entre o rei Aegon II Targaryen e sua irmã Rhaenyra sobre o direito ao Trono de Ferro deixado por seu pai, Viserys I. Durante o conflito, ambos os monarcas morreram, de modo que o trono foi herdado por Aegon III, filho de Rhaenyra. A guerra foi devastadora para os Sete Reinos, mas principalmente para a Casa Targaryen, que saiu do conflito enfraquecida e com praticamente todos os seus dragões adultos mortos.[1][2][3][4][5][6][7]
No início de 2013, foi anunciado que a antologia Dangerous Women, que antes esperava-se que incluiria o quarto conto de Dunk e Egg, iria, ao invés disso, incluir um conto de George R. R. Martin chamado The Princess and the Queen, o qual ele descreveu como "a história verdadeira (pelo menos a maior parte dela) das origens da Dança dos Dragões".[8] Segundo Martin, a versão da Dança dos Dragões em Fire & Blood teria 80 mil palavras, sendo que a contida em The Princess and The Queen possui 30 mil palavras.
Índice
- 1 Antecedentes
- 2 A crise sucessória
- 3 Dragões durante a Dança dos Dragões
- 4 Guerra
- 4.1 A Dança sobre a Baía dos Naufrágios
- 4.2 Sangue e Queijo
- 4.3 Batalha do Moinho Flamejante e da Barreira de Pedra
- 4.4 Movimentações políticas
- 4.5 Saque de Valdocaso e Batalha de Pouso de Gralhas
- 4.6 As Sementes de Dragão
- 4.7 Batalha na Goela
- 4.8 Batalha do Vinhomel
- 4.9 Conquista da Capital
- 4.10 Batalha da Margem do Lago/Comida de Peixe
- 4.11 A Lula Gigante Vermelha
- 4.12 O Festim de Cadáveres
- 4.13 A morte de Maelor em Ponteamarga
- 4.14 As Traições de Tumbleton
- 4.15 Dragões dançam em Pedra do Dragão
- 4.16 Dança em Harrenhal
- 4.17 Rebeliões em Porto Real
- 4.18 Segunda Batalha de Tumbleton
- 4.19 A fuga e morte de Rhaenyra
- 4.20 A Lua dos Três Reis
- 4.21 A Bagunça na Lama
- 4.22 O Fim da Dança
- 5 Desfecho
- 6 Consequências da Dança
- 7 Influências do mundo real
- 8 Citações
- 9 Referências
Antecedentes
O Rei Viserys I Targaryen teve três filhos com sua primeira rainha consorte, a senhora Aemma Arryn, mas apenas uma criança sobreviveu até chegar à idade adulta, a Princesa Rhaenyra. Sem um filho homem para sucedê-lo, Viserys começou a instruir Rhaenyra para que ela fosse sua herdeira. A jovem Rhaenyra passou a ser incluída nas discussões de Estado e foi permitido que ela participasse dos encontros do pequeno conselho. Diante disso, muitos nobres se tornaram apoiadores da princesa. Após o falecimento da rainha Aemma em 105 d.C., Viserys nomeou Rhaenyra como sua herdeira e centenas de lordes e cavaleiros prestaram-lhe homenagem.[9] A proclamação de Viserys desconsiderou precedentes estabelecidos em 92 d.C. e 101 d.C.. Mesmo assim, o rei casou-se novamente em 106 d.C., desta vez com Alicent Hightower, com quem teve quatro filhos: Aegon, Helaena, Aemond e Daeron.[10][11]
Em 111 d.C., um grande torneio foi realizado em Porto Real para comemorar o quinto aniversário de casamento de Viserys e Alicent. Durante o banquete de abertura, a rainha Alicent vestiu um manto verde (as cores da Casa Hightower), enquanto a Princesa Rhaenyra usava as cores vermelho e preto da Casa Targaryen. Desde então, os grupos de apoiadores da rainha e os da princesa passaram a ser referidos como "verdes" e "negros", respectivamente. Usando o favor de Rhaenyra, Sor Criston Cole derrotou todos os campeões de Alicent, incluindo dois de seus primos e seu irmão mais novo, Sor Gwayne Hightower.[9]
Viserys I fortaleceu a posição de Rhaenyra na sucessão ao casá-la, em 114 d.C., com Sor Laenor Velaryon, que tinha sangue Targaryen por meio de sua mãe, a Princesa Rhaenys. Rhaenyra deu à luz três filhos — Jacaerys, Lucerys e Joffrey Velaryon — embora houvesse rumores de que o pai dos príncipes não fosse Laenor, mas sim de Sor Harwin Strong, o amado de Rhaenyra.[9]
Após o assassinato de Laenor em Vila Especiaria, em 120 d.C., Rhaenyra casou-se com seu tio, o Príncipe Daemon Targaryen, irmão mais novo de Viserys I. Os filhos do casal foram Aegon, o Jovem, e o pequeno Viserys.[10]
A relação entre Rhaenyra e Alicent se deteriorou cedo após o casamento de Alicent com Viserys, pois ambas disputavam o posto de "primeira-dama do reino". A consequência dessa rivalidade foi o ódio mútuo nutrido entre os filhos de Rhaenyra e os de Alicent. O pai dela, Sor Otto Hightower, nunca simpatizou com o segundo marido de Rhaenyra, o Príncipe Daemon, desde o início do reinado de Viserys.[9]
A crise sucessória
O pequeno conselho se reúne
O rei Viserys I Targaryen morreu durante um cochilo na Fortaleza Vermelha no terceiro dia da terceira lua de 129 d.C.. A Rainha Alicent e Sor Criston Cole foram os primeiros a saber, e logo enviaram a Guarda Real para convocar os membros do pequeno conselho. Durante a reunião, Grande Meistre Orwyle fez menção de avisar Rhaenyra sobre a morte do pai e preparar sua sucessão, mas Sor Otto Hightower e a Rainha Alicent se opuseram, dizendo que o Trono de Ferro deveria passar para o Príncipe Aegon, filho de Alicent. Por sua vez, Lorde Lyman Beesbury, Mestre da Moeda, insistiu que Rhaenyra era a rainha de direito.[12][2]
Mesmo com a Rainha Alicent e seus Verdes insistindo para que fizesse o contrário, Lorde Beesbury argumentou a favor de Rhaenyra, dizendo que o rei havia declarado-a sua herdeira, que diversos senhores e cavaleiros lhe haviam jurado fidelidade em 105 d.C., e que ela possuía mais sangue Targaryen. Os demais discordaram. Sor Tyland Lannister disse que os juramentos feitos em 105, quase três décadas atrás, não eram mais válidos. Bastão de Ferro mencionou que o velho Rei Jaehaerys I havia escolhido, no passado, um herdeiro masculino ao invés de uma feminina não uma, mas duas vezes. E Sor Otto lembrou-lhes de que Rhaenyra era casada com o infame Daemon Targaryen, e que ele teria todo o poder através dela, se a mulher fosse coroada. Sor Criston Cole citou várias supostas concupiscências de Rhaenyra e Laenor, além de alegar que os filhos dela eram bastardos, de modo que um bastardo, Jacaerys Velaryon, herdaria o Trono de Ferro se Rhaenyra sucedesse Viserys I. Por fim, ambos os Hightower disseram que perderiam suas vidas nas mãos de Rhaenyra e Daemon caso os dois chegassem ao poder. Este último argumento também foi responsável por convencer o Príncipe Aegon a aceitar a coroa posteriormente, já que ele também acreditava inicialmente que o direito era de Rhaenyra.[2]
Grande Meistre Orwyle alertou-lhes que isso traria uma guerra, já que era claro que Rhaenyra não aceitaria ter seu direito usurpado, principalmente tendo dragões ao seu lado. Lorde Beesbury se declarou por ela e foi degolado por Sor Criston Cole, tornando-se a primeira vítima da Dança dos Dragões.[2]
Após a morte de Beesbury, o Conselho Verde fez os preparativos para a ascensão de Aegon. Eles trouxeram os anais do Grande Conselho de 101, tentando supôr quais Casas se levantariam por Rhaenyra, além de mandar prender todos os que pudessem não ser fiéis a Aegon e estivessem em Porto Real. Corvos foram enviados a todos os leais e o tesouro real foi separado e guardado no Banco de Ferro de Bravos, em Lannisporto e em Vilavelha, com uma pequena parte deixada na Fortaleza Vermelha. Enquanto isso, o corpo de Viserys continuava a apodrecer, e Rhaenyra permanecia ignorante a tudo em Pedra do Dragão.[2]
A coroação de Aegon
Quando o fedor de decomposição do cadáver de Viserys finalmente se tornou insuportável na Fortaleza Vermelha, Alicent percebeu que não podia mais adiar a coroação de Aegon. A morte do Rei Viserys foi anunciada e as Irmãs Silenciosas trataram de seu cadáver.[12]
Aegon foi coroado Rei Aegon II no Fosso dos Dragões. Sor Criston Cole pousou a coroa do Conquistador em sua cabeça, enquanto Alicent Hightower coroou sua filha e irmã-esposa de Aegon, Helaena, com sua própria coroa.[2]
As primeiras deserções ocorreram nessa noite, quando Sor Steffon Darklyn fugiu da cidade com a coroa de Viserys I.[12]
O Conselho Negro
A notícia das ações do Conselho Verde acelerou o trabalho de parto de Rhaenyra, de modo que ela deu a luz a um feto natimorto e retorcido após muita dor. Furiosa e sofrendo, ela jurou vingança contra os Verdes.[12]
Rhaenyra reuniu seu próprio conselho, que ficou conhecido como Conselho Negro. Participavam dele a própria Rhaenyra, seu marido Daemon, seus três filhos mais velhos, Jacaerys, Lucerys e Joffrey Velaryon, Lorde Corlys Velaryon e sua esposa, Rhaenys, além de seus lordes apoiadores.[12]
Os Negros possuíam mais dragões do que os Verdes, mas apenas cinco deles eram grandes o suficiente para se opôr aos quatro de Aegon, sendo que um desses quatro era Vhagar, o que acabava com a vantagem.[12]
O Príncipe Daemon acreditava ter aliados nas Terras Fluviais, de modo que decidiu conquistar Harrenhal e torná-la sua base, reunindo apoiadores dos Negros por lá. Rhaenyra decidiu ficar em Pedra do Dragão para recuperar suas forças. Seus dois filhos mais velhos seriam enviados para conseguir aliados: Jace para o norte e Luke para o sul. A Casa Velaryon começou então a preparar um bloqueio marítimo a Porto Real.[12]
A Princesa Rhaenyra foi coroada Rainha dos Sete Reinos com a coroa de seu pai, trazida a ela por Sor Steffon Darklyn. O Príncipe Daemon foi nomeado Protetor do Território, e Jacaerys se tornou oficialmente Príncipe de Pedra do Dragão e herdeiro do Trono de Ferro. A Rainha declarou seus parentes Verdes traidores, mas prometeu poupar seus meio-irmãos se eles dobrassem os joelhos a ela.[12]
Ao saber da coroação de sua meia-irmã, o Rei Aegon II declarou Rhaenyra e Daemon como traidores e exigiu suas execuções. No entanto, o Grande Meistre Orwyle desejava uma negociação para evitar a guerra e teve o apoio da rainha viúva Alicent e da rainha Helaena. A mãe e a irmã-esposa do rei o convenceram, e Orwyle foi enviado a Pedra do Dragão com uma comitiva sob a bandeira da paz, oferecendo a Rhaenyra "termos generosos". Os termos afirmavam que, se Rhaenyra se ajoelhasse perante o Rei Aegon II, ele confirmaria sua posse de Pedra do Dragão, permitindo que ela fosse passada ao seu herdeiro, Jacaerys. Seu segundo filho, Lucerys, seria reconhecido como herdeiro de Derivamarca, e seus filhos mais novos seriam feitos escudeiro e copeiro do rei. Perdões também seriam concedidos aos outros lordes e cavaleiros jurados aos Negros.[2]
Contudo, a Rainha Rhaenyra perguntou a Orwyle se ele lembrava que o Rei Viserys a havia confirmado como herdeira e sucessora e rejeitou os termos. Ela declarou que Orwyle não era um verdadeiro Grande Meistre, tomou sua corrente de ofício e a deu ao seu próprio meistre, Gerardys. Ao enviar Orwyle e sua comitiva de volta a Porto Real, disse-lhe para informar a Aegon que ela teria seu trono ou sua cabeça.[2] Após a recusa de Rhaenyra, os primeiros movimentos foram feitos. Lorde Corlys comandou a frota Velaryon e fechou a Goela, bloqueando Porto Real. Jace e Luke voaram de Pedra do Dragão em seus dragões, sendo que Jace conseguiu o apoio da Senhora Jeyne Arryn e do lorde Cregan Stark, além dos senhores Sunderland e Manderly. Luke partiu para Ponta Tempestade para conversar com Borros Baratheon, cujo o pai havia sido simpatizante de sua mãe. Enquanto isso, Príncipe Daemon conquistava Harrenhal facilmente montado em seu dragão Caraxes.[12]
Dragões durante a Dança dos Dragões
- Os Verdes
- Sunfyre, o Dourado, dragão de Aegon II Targaryen.
- Vhagar, agora montado por Aemond Targaryen.
- Dreamfyre, de Helaena Targaryen.
- Tessarion, a Rainha Azul, dragão de Daeron Targaryen.
- Morghul, de Jaehaera Targaryen.
- Shrykos, de Jaehaerys Targaryen.
- Os Negros
- Syrax, dragão de Rhaenyra Targaryen.
- Meleys, a Rainha Vermelha, da Princesa Rhaenys Targaryen.
- Caraxes, o Wyrm Vermelho, dragão do Príncipe Daemon Targaryen.
- Vermax, do Príncipe Jacaerys Velaryon.
- Arrax, do Príncipe Lucerys Velaryon.
- Tyraxes, do Príncipe Joffrey Velaryon.
- Moondancer, de Baela Targaryen.
- Stormcloud, de Aegon, o Jovem, futuro Aegon III Targaryen.
- Sheepstealer, de Nettles.
- Seasmoke, antes de Sor Laenor Velaryon, depois de Addam Velaryon.
- Morning, o dragão de Rhaena Targaryen e chocado quase no fim da guerra, novo demais para participar.
- Dos Negros para os Verdes
- Vermithor, a Ira de Bronze. Antes do Velho Rei, agora de Hugh Hammer.
- Silverwing. Antes da Rainha Alysanne Targaryen, agora de Ulf, o Branco.
- Neutros
- Canibal, selvagem e nunca montado. Conhecido por devorar carcaças de dragões.
- Grey Ghost, selvagem, nunca montado.
Guerra
A Dança sobre a Baía dos Naufrágios
O jovem Lucerys voou para o sul, rumo a Ponta Tempestade, onde a Princesa Rhaenys acreditava que os Negros receberiam apoio, já que ela era Baratheon por parte de mãe. Lorde Boremund Baratheon falara por ela no Grande Conselho de 101, mas seu filho, Borros Baratheon, mostrou-se diferente.[12]
Por um acaso do destino, o príncipe Aemond Targaryen também fora a Ponta Tempestade, prometendo casar com uma das filhas de Borros em troca de seu apoio. Quando Luke chegou, Borros disse-lhe que poderia pensar em sua oferta caso ele também oferecesse se casar com uma de suas filhas, mas Luke já era prometido à prima Rhaena. Desse modo, Borros o despachou e se declarou pelos Verdes.[12][3]
Aemond, que tivera o olho arrancado por Luke na infância, foi atrás dele, montado Vhagar, perseguindo o garoto que voava em seu pequeno dragão Arrax. Por causa da chuva, Arrax não pode fugir, e Aemond o matou facilmente. O corpo do garoto foi encontrado no dia seguinte.[1]
Sangue e Queijo
Como retaliação pela morte de Luke, o Príncipe Daemon enviou dois assassinos, conhecidos como Sangue e Queijo, para a Fortaleza Vermelha. Lá, os dois renderam Alicent, Helaena e os filhos dela com Aegon, as crianças Jaehaerys, Jaehaera e Maelor. Após brincar maldosamente com Helaena, eles arrancaram a cabeça de Jaehaerys e fugiram. Helaena enlouqueceu depois do episódio, e a guerra se tornou cada vez mais sangrenta a partir desse ponto, com batalhas irrompendo por todo o reino.[3]
Batalha do Moinho Flamejante e da Barreira de Pedra
Nas Terras Fluviais, alguns dos primeiros grandes combates aconteceram. Após as mortes dos jovens príncipes Lucerys e Jaehaerys, ambos os lados clamaram por vingança. Os lordes convocaram seus vassalos e reuniram seus exércitos. No início da guerra, Grover Tully, o Senhor Supremo do Tridente, queria apoiar o Rei Aegon II Targaryen e os Verdes, mas ele estava muito velho e acamado para agir. Seu neto e herdeiro, Sor Elmo Tully, que preferia a reivindicação de Rhaenyra Targaryen e os Negros, manteve os soldados Tully em Correrrio. As forças de Lorde Samwell Blackwood, que havia declarado por Rhaenyra, invadiram as terras do lorde Humfrey Bracken, aliado aos Verdes, incendiando vilas e plantações e saqueando septos. As forças dos Bracken, sob o comando de Sor Amos Bracken, foram surpreendidas pelos Blackwoods enquanto marchavam para retaliar. Sor Amos matou Lorde Blackwood em combate singular durante a batalha que se seguiu, mas foi ele mesmo morto por uma flecha logo depois. Os Brackens acabaram sendo derrotados nesse combate. Os sobreviventes voltaram para Barreira de Pedra, agora comandado pelo meio-irmão de Amos, Sor Raylon Rivers, apenas para encontrar o local, na sua ausência, tomado pelos Negros, com Lorde Bracken e sua família feita cativa pelo Príncipe Daemon Targaryen e uma tropa de homens das Terras Fluviais. Os Brackens se renderam e, assim, o Rei Aegon perdeu seu último apoiador de qualquer força nas Terras Fluviais. Essas vitórias permitiram que os lordes dos rios, como os Blackwood, começassem a se reunir em Harrenhal e se unissem ao crescente exército de Daemon. Essas recentes derrotas fizeram o Rei Aegon II se sentir vulnerável.[12][1]
Movimentações políticas
Sor Otto Hightower, a Mão do rei de Aegon, tentou buscar apoio de lordes e nobres por todo o reino, ao mesmo tempo que contratava mercenários e fortalecia as defesas de Porto Real. Contudo, Rhaenyra recebeu mais apoio. Na Campina, os Tyrell se declararam neutros, mas não impediram seus juramentados de apoiar qualquer lado na guerra que lhes agradassem. Assim, Lorde Costayne de Três Torres, Lorde Mullendore de Terraltas, Lorde Tarly de Monte Chifre, Lorde Rowan de Bosquedouro e Lorde Grimm de Escudogris proclamaram apoio aos Negros. O Vale de Arryn, Porto Branco, Winterfell, os Blackwood e a maioria das Casas nobres das Terras Fluviais também se declararam por Rhaenyra. Daemon começou então a reunir uma tropa de homens das Terras Fluviais em Harrenhal. O bloqueio naval a Porto Real imposto pelos Velaryon ainda causava o caos na cidade, e a tentativa do Conselho Verde em conseguir a amizade de Dalton Greyjoy, a "Lula Gigante Vermelha", não dera certo. Sor Otto chegou a tentar buscar apoio de Dorne, que havia lutado contra Daemon na Guerra pelos Degraus, mas o príncipe Qoren Martell se recusou a ajuda-lo.[4]
Com Dalton Greyjoy ignorando suas súplicas por ajuda no mar, Sor Otto mandou mensageiros para o Reino das Três Filhas, prometendo a eles direitos exclusivos no comércio marítimo com Porto Real além de ceder o controle de Passopedra - embora o Trono de Ferro não fosse dono daquela região. Em troca, as Três Filhas deveriam mandar sua armada e limpar a Goela ao derrotar a Frota Velaryon. A Tríade, contudo, demorou a agir já que boa parte das decisões cabiam ao Alto Conselho. Esse atraso irritou Aegon II, que resolveu dispensar seu avô do posto de Mão e nomeou Sor Criston Cole para a posição.[4]
A primeira ação de Sor Criston foi aconselhar o rei a tratar como traidores todos aqueles que se recusaram a jurar lealdade a ele. Todos os presos nos calabouços na Fortaleza Vermelha foram levados para os jardins do palácio para enfrentar a Justiça do Rei. Cada prisioneiro recebeu a chance de jurar fidelidade ao Rei Aegon II. Apenas os lordes Butterwell, Stokeworth e Rosby dobraram o joelho, enquanto os lordes Hayford, Merryweather, Harte, Buckler, Caswell e a Senhora Fell se mantiveram firmes em seu apoio a Rhaenyra e acabaram sendo decapitados, junto com oitenta cavaleiros com terras e mais de quarenta outros servos. Suas cabeças foram colocadas em estacas e expostas nos portões de Porto Real.[4]
Saque de Valdocaso e Batalha de Pouso de Gralhas
Após Aegon dispensar Sor Otto Hightower da posição de Mão e nomear Sor Criston Cole para o cargo, a nova Mão do Rei decidiu mobilizar os apoiadores dos Verdes e partir para a ofensiva. As forças Verdes então se moveram e saquearam Valdocaso, avançando logo em seguida contra a fortaleza de Pouso de Gralhas. O sitiado Lorde Staunton pediu socorro à Rhaenyra, que enviou Rhaenys e seu dragão Meleys para quebrar o cerco. Sor Cole os enfrentou até que a armadilha fosse acionada, quando Aegon II em Sunfyre e Aemond em Vhagar surgiram para enfrentar a oponente. Rhaenys e Meleys foram mortos, mas Aegon II ficou tão ferido que não conseguiu levantar da cama pelo ano seguinte. O Príncipe Aemond assumiu seu lugar como regente.[3][12]
As Sementes de Dragão
Agora apenas Vhagar defendia Porto Real dos Negros, já que Aegon e Sunfyre estavam feridos, Daeron e Tessarion estavam na Campina, e Helaena, destruída pela dor, era incapaz de montar Dreamfyre. Contudo, o medo da temível montaria da Rainha Visenya fez com que os Negros buscassem reforços.[12]
O Príncipe Jacaerys Velaryon decidiu que eles precisariam de mais dragões para um ataque efetivo, de modo que também precisaria de quem os montasse. Assim, começou uma busca em Pedra do Dragão pelos chamados "nascidos da semente de dragão", ou seja, bastardos de origem valiriana, muito comuns na ilha-fortaleza. A busca foi bem sucedida e ele encontrou domadores para Seasmoke, Vermithor, Silverwing e Sheepstealer.[4]
O domador de Seasmoke era Addam de Hull, e, por insistência de Corlys, ele e o irmão, Alyn, foram legitimados por Rhaenyra e tornaram-se herdeiros de Derivamarca.[12]
Batalha na Goela
Nesse meio tempo, uma aliança com o Reino das Três Filhas, feita antes por Sor Otto Hightower, deu seus frutos, e uma frota com noventa navios de guerra comandados pelo almirante Sharako Lohar partiu dos Degraus para quebrar o bloqueio Velaryon. Durante sua viagem, eles interceptaram o comboio que transportava os dois filhos de Rhaenyra, Aegon, o Jovem, e Viserys. Aegon fugiu em seu dragão, Stormcloud, mas Viserys foi feito prisioneiro.[1]
Com os quatro domadores que conseguira, Jacaerys voou em Vermax para interceptar a frota inimiga. Seguiu-se a mais sangrenta batalha marítima da história.[4] O bloqueio dos Negros foi rompido, mas apenas vinte e oito navios das Três Filhas permaneceram flutuando. A frota Velaryon perdeu cerca de um-terço de sua força. Jacaerys e seu dragão, Vermax, foram mortos e Derivamarca foi incendiada, enquanto Vila Condimento foi saqueada e destruída.[12]
Batalha do Vinhomel
O maior apoiador dos Verdes, Ormund Hightower, estava sendo flanqueado e superado em números na Campina, encurralado por dois exércitos, um deles liderado por Thaddeus Rowan e Tom Flowers a nordeste, enquanto Sor Alan Beesbury e os lordes Alan Tarly e Owen Costayne vinham do caminho oposto com a outra tropa, cortando sua rota de fuga. O escudeiro de Ormund, o príncipe Daeron, chegou com seu dragão, Tessarion, e os Verdes conseguiram vencer a batalha nas margens do Vinhomel. Foi uma derrota amarga para os Negros.[4][1]
Conquista da Capital
Em 130 d.C., no meio de intensas movimentações no sul, lorde Walys Mooton e suas tropas retomaram Pouso de Gralhas para os Negros. No Norte, Cregan Stark se declarou pela rainha Rhaenyra e começou a mobilizar um grande exército para ela. Já Daemon Targaryen, que estava estacionado em Harrenhal, soube que o príncipe Aemond (montado em Vhagar) e Sor Criston Cole, dois dos principais líderes dos Verdes, marchavam com um exército em sua direção para lidar com ele. Daemon, tirando proveito dessa situação, decidiu partir e abandonou sua posição, rumando para as Terras da Coroa.[12][4]
A marcha de Aemond e Cole contra Daemon em Harrenhal esvaziou as defesas de Porto Real, deixando a capital quase indefesa. Percebendo que essa era a oportunidade pela qual estava esperando, Daemon evadiu as tropas de Aegon II e voou para Porto Real com sua esposa. A Rainha Viúva, Alicent Hightower, tentou enviar cavaleiros para trazer Aemond de volta e mandou corvos para seus apoiadores, mas a Patrulha da Cidade era fiel a Daemon, que já a comandara, de modo que eles a traíram, prenderam o Grande Meistre e os mensageiros e depois abriram os portões da cidade para os soldados dos Negros que desembarcavam dos navios. Com eles vinham todos os dragões de Rhaenyra. A resistência dos Hightower foi inútil. A cidade agora estava firmemente nas mãos de Rhaenyra, mas Aegon II conseguiu escapar com a ajuda de Larys Pé-Torto, seu Mestre dos Sussurros.[12]
Batalha da Margem do Lago/Comida de Peixe
Enquanto isso, forças Lannister marcharam em direção ao leste para ajudar os Verdes, mas foram atrasados pela enfermidade de Lorde Lefford. A tropa Ocidental derrotou os senhores dos rios (aliados dos Negros) na Batalha do Ramo Vermelho em 130 d.C.. O seu líder, Lorde Jason Lannister, foi gravemente ferido por Sor Pate de Folha Comprida durante a batalha e morreria pouco depois.[1] Sor Adrian Tarbeck e o velho Lorde Humfrey Lefford assumiram o comando da tropa Lannister e marcharam. Adrian, contudo, seria morto três dias depois na batalha de Solar de Bolotas.[5] Lorde Lefford levou então os soldados Lannisters para o leste para tentar se juntar com Sor Criston e o príncipe Aemond. Porém eles acabaram sendo cercados por nortenhos e homens das Terras Fluviais por três lados e empurrados para dentro das águas do Olho de Deus na Batalha da Margem do Lago. As forças Lannister foram massacradas, mas as perdas também foram pesadas para os Negros.[12][13][5]
A Lula Gigante Vermelha
Quando Lorde Beesbury foi assassinado no começo da guerra, Sor Tyland Lannister ocupou o seu lugar como Mestre da Moeda, deixando o lugar de Mestre dos Navios vago. O Conselho Verde tentou conseguir a amizade de Dalton Greyjoy, a "Lula Gigante Vermelha", oferecendo-lhe o cargo, já que os homens de ferro poderiam se opôr à força marítima da Casa Velaryon. Ironicamente, nessa época os Verdes também pensaram que seu governo era incontestável, já que controlavam Porto Real, Vilavelha e Lannisporto, a três cidades mais ricas.[14]
O Conselho Negro ofereceu a Dalton algo mais ao seu gosto, contudo, e então a Casa Greyjoy se declarou por Rhaenyra. Contornar Westeros para atacar os apoiadores de Rhaenyra no Vale e no Norte pouco tinha a oferecer, mas a riqueza de Vilavelha e Lannisporto, da qual Aegon II tanto se orgulhava, estavam próximas e eram muito mais tentadoras. Com os exércitos Lannister destruídos na Comida de Peixe e os exércitos Verdes na Campina marchando para leste em direção a Tumbleton, as regiões costeiras possuíam fracas guarnições. Pelos próximos dois anos, Dalton e seus nascidos do ferro pilhariam as praias e cidades costeiras das Terras Ocidentais e da Campina. Os Greyjoys capturaram Kayce e Ilha Bela, e apesar de os nascidos do ferro não terem força para entrar em Rochedo Casterly, eles saquearam Lannisporto.[14]
O Festim de Cadáveres
Irritado com os recentes reveses, o príncipe Aemond Targaryen partiu com seu dragão Vhagar e queimou Darry, a Vila de Lorde Harroway, Fivelanegra, Moinho do Senhor, Fivela, Lagoa de Barro, Swynford e Spiderwood, nas Terras Fluviais, o fazendo em nome dos Verdes. Sor Criston Cole marchou para o sul com suas tropas, encontrando apenas morte e fogo diante de si. Seus batedores encontraram cadáveres espalhados por todo o caminho e também pendurados em árvores.[12]
Enquanto isso, nas Terras Fluviais, os Negros finalmente se reuniram sob a liderança de Roderick Dustin e enfrentaram Sor Criston Cole. Lorde Roderick conseguiu montar uma emboscada para as forças de Sor Cole entre o Olho de Deus e a Torrente da Água Negra. A batalha que se seguiu foi uma das mais decisivas da Dança e foi um banho de sangue. O combate foi mais um massacre do que uma batalha e ficou conhecido como "Baile do Açougueiro", terminando com a morte de Sor Cole e da maioria dos seus homens, dando considerável vantagem aos Negros naquela fase do conflito.[5]
Aemond continuou a causar destruição, indo com seu dragão para o leste das Terras Fluviais, queimando tudo que via pela frente, até Stonyhead e as Montanhas da Lua.[12]
A morte de Maelor em Ponteamarga
Notícias lamentáveis chegaram a Rhaenyra em Porto Real, também. O Príncipe Maelor Targaryen, filho de Aegon II, fora descoberto e detido em Ponteamarga por apoiadores dela. Tentando reclamar o príncipe para conseguir a recompensa, a turba de homens e mulheres acabou despedaçando a criança de três anos. Quando o exército Hightower subiu a Estrada das Rosas, já era tarde, e eles arrasaram o lugar como vingança.[5]
As Traições de Tumbleton
A Rainha Rhaenyra mantinha 9.000 homens defendendo a fortaleza de Tumbleton, no norte da Campina. Era o último bastião dos Negros contra a que era considerada a maior ameaça ao reinado de Rhaenyra: o grande exército que Lorde Ormund Hightower trazia atravessando a Campina. Os dragões Silverwing e Vermithor foram enviados para lá na tentativa de fortificar a posição. Alguns infiltrados Hightower entraram na fortaleza, mas suas ações não teriam sido de muita repercussão se não fossem as demais traições que seguiram.[7]
Com grande superioridade numérica, o exército Hightower atacou Tumbleton com ímpeto, mas os Negros esboçaram feroz resistência. O comandante das forças nortenhas, Lorde Roderick Dustin, que apoiava Rhaenyra, morreu enquanto matava o lorde Ormund Hightower e seu primo Sor Bryndon, cujo os exércitos pareciam estar sendo derrotados após longo embate. Entretanto, dois bastardos legitimados pela rainha, Hugh Hammer e Ulf, o Branco, traíram os Negros e passaram para o lado dos Verdes, incendiando Tumbleton. Rapidamente os homens dos Footly se renderam. Hugh e Ulf passaram a ser conhecidos como "os Dois Traidores".[5]
Pensando nos "Dois Traidores", muitas vozes no pequeno conselho dos Negros passaram a questionar a lealdade de Addam Velaryon, outro bastardo que havia sido legitimado recentemente. Apenas Lorde Corlys falou em defesa dos bastardos, dizendo que Sor Addam e seu irmão, Alyn Velaryon, eram dois herdeiros legítimos e dignos de Derivamarca.[12]
Os protestos da Mão foram em vão e a Rainha Rhaenyra, suspeitando de mais traições, ordenou que Sor Luthor Largent prendesse Addam Velaryon no Poço dos Dragões. Addam, que fora avisado de antemão, escapou voando em Seasmoke antes de ser interceptado. Com a ordem de prisão de Addam, a rainha perdeu não apenas um dragão, mas também sua Mão. Corlys foi espancado e aprisionado por ter avisado Addam.[12][5]
Quando chegou ao ouvido do povo que Lorde Corlys apodrecia numa masmorra da Fortaleza Vermelha, os homens que navegaram de Pedra do Dragão para guarnecer a cidade em nome da Rainha começaram a abandonar a causa dos Negros às centenas. Os que restavam não eram confiáveis, de modo que, para fins práticos, Rhaenyra perdeu sua frota e um de seus maiores pontos de apoio.[12][1]
Dragões dançam em Pedra do Dragão
O navio Nessaria parou em Pedra do Dragão para fazer reparos e conseguir provisões. Eles passaram pelo Monte do Dragão a tempo de ver dois dragões em luta. Posteriormente, pescadores encontraram os restos de Grey Ghost (um dragão selvagem sem domador). Sor Robert Quince, castelão de Pedra do Dragão, supôs que o Canibal (outro dragão sem domador) fosse o assassino. Apenas no final da guerra a verdade sobre isso foi revelada.[12]
Lorde Larys Pé-Torto também contrabandeara Aegon II para fora de Porto Real, disfarçando-o de plebeu e enviando-o por mar até Pedra do Dragão. A sorte do rei mudou quando Sunfyre, que fugira de um ataque de Lorde Mooton, conseguiu voar até ele. Fora Sunfyre, e não o Canibal, que matara Grey Ghost.[5]
Juntos, domador e dragão recuperaram suas forças e conseguiram reunir aliados, homens que nutriam ódio por Rhaenyra por diversas razões. Pedra do Dragão não estava bem guarnecida e caiu facilmente. O único empecilho foi a Senhora Baela Targaryen, filha do Príncipe Daemon, que fugiu de seus atacantes e montou em seu dragão, Moondancer. Quando ela voou para o céu, encontrou Aegon II descendo em Sunfyre. A destemida Baela enfrentou o rei, e Moondancer feriu Sunfyre gravemente, mas este era maior do que o primeiro, e saiu vencedor. Aegon caiu das alturas e quebrou as duas pernas, enquanto Baela, presa a Moondancer, despencou com os dragões até o chão e foi enviada, ferida e queimada, para o meistre. Pedra do Dragão agora estava sob as mãos de Aegon II sem que Rhaenyra soubesse.[12]
Dança em Harrenhal
Quando Rhaenyra ordenou que os Mooton matassem Nettles, a domadora de Sheepstealer, por suspeita de traição, Daemon se voltou contra sua rainha-esposa. Ele deixou Nettles fugir e partiu para Harrenhal. O príncipe Daemon lançou um desafio a Aemond Targaryen, esperando por treze dias até que ele parasse de queimar as Terras Fluviais e viesse enfrentá-lo. [12]
Aemond finalmente veio, e então tio e sobrinho se enfrentaram sobre as águas do Olho de Deus. Ali, Caraxes atacou Vhagar por cima, e os dois dragões engalfinhados despencaram na água. Antes de cair, o Príncipe Daemon pulou de Caraxes para Vhagar e apunhalou Aemond no olho com a Irmã Negra. Os dois príncipes morreram.[5]
Rebeliões em Porto Real
As traições de Tumbleton haviam deixado Rhaenyra mais temerosa e paranoica do que nunca, vendo traidores em todas as partes. Ela presidiu sobre incontáveis execuções a partir da Fortaleza Vermelha, mas nada a acalmava. Assim, ela ordenou que os portões da capital fossem fechados. Impedidos de deixar a cidade, os plebeus de Porto Real entraram em pânico diante da ameaça dos dragões inimigos que viriam e incendiariam a cidade. Sem meios de escapar, eles se embrenharam nas tavernas e septos. O povo, que outrora amara Rhaenyra, começou a nutrir ódio e desconfiança dela, especialmente com as atitudes cada vez mais erráticas da rainha. A guerra também causava fome e espalhava doenças, para sofrimento do povo comum (que ainda sentiam a alta de impostos).[12]
A rainha-consorte Helaena Targaryen, esposa de Aegon II, destruída pela dor da morte dos filhos, se suicidou, mas os rumores diziam que ela havia sido assassinada a mando da Rainha Rhaenyra. Isso foi o suficiente para que a população se voltasse contra ela, reunindo-se aos milhares. Quinhentos mantos dourados, liderados por Sor Luthor Largent, tentaram conter dez mil revoltosos na Praça do Sapateiro, mas eles eram poucos demais e foram massacrados. Entre as vítimas contava o próprio Largent. O caos tomou a cidade, com profetas, cavaleiros de sarjeta e falsos reis tomando o controle dos bairros. No dia seguinte, as tentativas de Rhaenyra de reestabelecer a ordem custaram a vida de diversos cavaleiros, incluindo o Senhor Comandante da Guarda da Rainha, Sor Lorent Marbrand.[6]
Um cavaleiro de sarjeta chamado Sor Perkin, a Pulga, declarou que seu escudeiro, Trystane Truefyre, era filho bastardo do falecido Viserys e o coroou. Ele sagrou cavaleiros todos os bandidos e foras-da-lei que vieram apoiá-lo, conseguindo uma hoste ameaçadora.[6]
A noite seguinte fez o número de revoltosos aumentar, e eles abriram três portões principais da cidade.[12]
A revolta foi se intensificando rapidamente com o passar dos dias. Em meio ao caos, um profeta louco chamado Pastor convenceu a plebe de que os dragões eram a causa de todos os problemas e deveriam morrer. A turba ensandecida de Porto Real marchou sobre o Fosso dos Dragões com o intuito de matar todos la dentro, homens e animais. Rhaenyra não acreditava que o povo representasse uma ameaça aos seus dragões, mas seu filho Joffrey sentiu o perigo e morreu tentando salvar os animais. Os dragões Shrykos, Morghul, Tyraxes e Dreamfyre foram mortos pela multidão, quase incapazes de se defender, acorrentados no Fosso e ameaçados por uma turba esmagadora. Em seu desespero para escapar, Dreamfyre destruiu parte do Fosso. Syrax, que voava livre após ser solto por Joffrey, também enfrentou a multidão e morreu. Milhares de pessoas também foram mortas na confusão.[6][12]
Segunda Batalha de Tumbleton
Enquanto isso, Sor Addam Velaryon voou com Seasmoke até Tumbleton, liderando um exército de 4 000 homens na intenção de provar a rainha Rhaenyra que bastardos não eram indignos de confiança por natureza. Ele lutou contra os Dois Traidores e o exército Hightower em Tumbleton, na Campina, os pegando de surpresa durante a noite. Hard Hugh foi traído e morto por Bold Jon porque Hugh queria pegar a coroa para si mesmo. Jon foi, em seguida, morto pelos homens de Hugh. O príncipe Daeron morreu quando incendiaram sua tenda. Sor Addam e seu dragão Seasmoke também morreram na batalha. O exército Verde foi derrotado e seu príncipe sucumbiu junto com seus dragões Tessarion e Vermithor, mas o exército Negro não tinha mais forças para retomar Tumbleton.[12]
Após a batalha, Hobert Hightower e Ulf, o Branco, tomaram vinho envenenado e morreram.[12]
A fuga e morte de Rhaenyra
A situação para os Negros, neste ponto, era crítica. Porto Real estava tomada pelo caos e, após falharem em destruir os Verdes em Tumbleton, o caminho para a capital estava praticamente aberto. Frente a isso, Rhaenyra decidiu fugir com uma pequena escolta rumo a Pedra do Dragão, tendo que vender a coroa de seu pai para comprar uma passagem no navio. Ao chegar à ilha-fortaleza, onde pensava que estaria segura, ela foi traída pela última vez.[6]
Sor Alfred Broome a guiou até o castelo, onde ela encontrou seu castelão morto. A Guarda da Rainha tentou salvá-la, mas foram todos mortos pelos traidores liderados por Broome, que tomaram a rainha, seu filho (Aegon, o Jovem), e as aias dela como prisioneiros.[6]
Rhaenyra então viu-se frente a frente com seu meio-irmão, Aegon II. Após uma troca de provocações, ele ordenou que ela fosse dada a Sunfyre, que devorou-a na frente do jovem filho dela. Ele ordenou que o sobrinho e as aias da irmã fossem presos e começou a fazer seus preparativos para retomar Porto Real. Um de seus atos também foi retirar o título de rainha de Rhaenyra, ordenando que ela ficasse conhecida para a história apenas como "princesa".[12]
A Lua dos Três Reis
Após as forças de Rhaenyra terem abandonado Porto Real, o caos se tornou generalizado e tomou conta da cidade por diversas semanas. O Pastor havia sobrevivido à destruição no fosso dos Dragões, e sua turba agora comandava a maior parte da capital. Enquanto isso, os homens de Trystane Truefyre tomaram a abandonada Fortaleza Vermelha, e Trystane começou a editar decretos de lá.[1]
Outro pretendente ao trono também surgiu, agora dos bordéis da cidade - um garoto de quatro anos conhecido como Gaemon Palehair, filho de uma prostituta, que alegavam ser bastardo de Aegon II. Essa alegação realmente pode ser verdadeira, considerando os hábitos e apetites do rei. A amante da mãe de Gaemon era dornesa, e ela fez vários decretos, como declarar que meninos e meninas tinham direitos iguais e deveria ser assim nos casos de herança, como ocorria em Dorne, e distribuiu pão e cerveja aos pobres.[1]
Essa anarquia terminou quando Borros Baratheon e seu exército marcharam das Terras da Tempestade - onde ele havia permanecido durante toda a guerra - e retomaram a capital em nome de Aegon II, brutalmente restabelecendo o controle. Aegon II novamente controlava Porto Real, mas estava tão ferido que teve de ser carregado para dentro da Fortaleza Vermelha num palanquim. Trystane Truefyre foi condenado à morte, mas foi tornado cavaleiro pelo próprio rei antes de o executarem. Assim como Trystane, o Pastor também foi capturado e executado a mando do rei quando a cidade foi reconquistada. Aegon II então libertou Corlys Velaryon das masmorras e até mesmo o apontou para seu novo pequeno conselho, já que ele, de certa forma, traíra os Negros quando desafiara Rhaenyra.[1]
Aegon II agora detinha Porto Real e o Trono de Ferro, Rhaenyra estava morta e seu único filho vivo (supostamente) era Aegon, o Jovem, cativo dos Verdes. Contudo, mesmo assim os Negros continuaram lutando, alguns em nome de Rhaenyra e outros porque sabiam que Aegon II nunca os perdoaria.[1]
Nesse ponto, os exércitos Verdes das Terras Ocidentais e das Terras da Coroa estavam esgotados, e os da Campina em situação parecida (o exército Hightower que restava recuara para uma posição defensiva). Os nascidos do ferro arrasavam as regiões costeiras das Terras Ocidentais e da Campina impunemente, apesar de sua fidelidade ser apenas consigo mesmos. Para os Negros, as forças nortenhas que puderam ser reunidas num curto prazo (os Lobos de Inverno) estavam completamente destruídas, e ainda demoraria para Cregan Stark reunir uma força secundária e marchar para o sul. Os exércitos Negros nas Terras Fluviais estavam esgotados, contando principalmente com uma pequena força central que sobrevivera à Segunda Batalha de Tumbleton. Assim como as Terras da Tempestade haviam enviado novos exércitos para repôr os esgotados Verdes, o Vale de Arryn também enviou reforços aos Negros. Devido às neves de inverno nas montanhas, o Vale enviara apenas um pequeno número de soldados para Rhaenyra por mar, portanto ainda tinha reservas para recorrer.[1]
Aegon II perdera seus irmãos, seus dois filhos, sua mulher e seu dragão. Sua única descendente direta viva era a simplória e jovem Jaehaera, que fora mantida em segurança em Ponta Tempestade. Aegon, o Jovem, era seu prisioneiro, assim como Baela (que se recuperou de seus ferimentos). Viserys, o filho caçula de Rhaenyra e Daemon, estava supostamente morto. Aegon II estava agora numa posição desconfortável, já que sua única herdeira legítima era uma filha, enquanto que o filho de Rhaenyra ainda vivia - e toda a sua pretensão ao Trono sobre a de Rhaenyra derivara do argumento de que um herdeiro masculino tinha precedência, mesmo um primo próximo.[1]
Para assegurar o apoio de lorde Borros e das Terras da Tempestade, o rei aceitou se casar com sua filha mais velha, também esperando conceber um novo herdeiro. Todos os membros Negros da família real estavam mortos ou eram prisioneiros de Aegon com exceção da jovem Rhaena de Pentos, filha de Daemon e irmã de Baela, que permanecia livre com os exércitos Negros no Vale.[1]
Apenas três dragões estavam vivos na época, mas nem Verdes ou Negros os controlavam. Nettles sumira com Sheepstealer na Baía dos Caranguejos, o Canibal desaparecera de Pedra do Dragão e Silverwing fez seu ninho no Lago Vermelho, nunca mais sendo domado por alguém.[1]
A Bagunça na Lama
Nessa época, um ovo de dragão eclodiu no Ninho da Águia. Rhaena o batizou de Morning, como a luz que afasta as trevas da noite, e isso encorajou os Negros. Enquanto isso, nas Terras Fluviais, os jovens senhores Kermit Tully e Benjicot Blackwood, junto com Aly Blackwood, que eram conhecidos como "os Rapazes", conseguiram reunir uma força de mais de seis mil homens partidários dos Negros e fizeram uma marcha ousada em direção a Porto Real com o objetivo de tomar a cidade.[15][16]
Lorde Borros Baratheon era famoso por nunca se arriscar e sempre colher o fruto quando maduro. Ele mantivera seus exércitos a salvo durante toda a guerra, de modo que agora tinha uma superioridade numérica esmagadora sobre os Negros, contando com milhares de homens treinados. Confiante, ele marchou de Porto Real para enfrentar o inimigo em campo aberto.[15][16]
Os Negros, contudo, estavam mais experientes por todas as batalhas que haviam lutado, enquanto que o exército Verde de Borros era realmente "verde" (inexperiente). A Batalha da Estrada do Rei também se tornou conhecida como "Bagunça na Lama", já que os Verdes ficaram presos na terra encharcada e Benjicot Blackwood quebrou o flanco de Borros, enquanto Aly comandava os arqueiros e destruía os cavaleiros Verdes. Lorde Borros lutou bravamente, matando os lordes Roland Darry e Jorah Mallister mas foi morto pelo jovem Kermit Tully. Logo em seguida, as forças Baratheon debandaram.[15][16]
Essa derrota deixou Porto Real vulnerável aos Negros, com os Rapazes a poucos dias de marcha, enquanto Lorde Cregan Stark atravessava o Gargalo com uma imensa tropa de nortenhos para ajudá-los.[15][16]
O Fim da Dança
Aegon II enviara Sor Tyland Lannister para as Cidades Livres em busca de mercenários, mas não possuía forças leais aos Verdes à sua disposição para resistir à ameaça imediata dos Negros. Lorde Corlys Velaryon então aconselhou-o a se render e entrar para a Patrulha da Noite, mas Aegon II se recusou e ordenou que cortassem a orelha de seu sobrinho - um aviso aos Rapazes de que se sua linhagem fosse extinta, a de Rhaenyra também seria.[1]
Então o rei cambaleou para sua liteira e ordenou que o carregassem aos seus aposentos. Um copo de vinho foi servido a ele no caminho e, quando chegaram ao destino e abriram as cortinas da liteira, encontraram Aegon morto com sangue nos lábios. Não se sabe quem assassinou o rei, podendo ter sido o próprio Corlys Velaryon, Larys Pé-Torto ou todo o pequeno conselho reunido. Para todos os efeitos, a Dança dos Dragões terminava ali.[1]
Desfecho
A Falsa Alvorada
Com Aegon II Targaryen morto, seu sobrinho, Aegon III, foi coroado como rei. Apesar das esperanças de que os problemas se encerrassem ali - as forças de Aegon II estavam derrotadas e a frota Velaryon novamente servia ao Trono de Ferro - o período logo ficou conhecido com o nome de "A Falsa Alvorada".[17]
O reino encarou vários problemas. O inverno anunciado no Dia da Donzela de 130 d.C. finalmente envolveu o reino num abraço cruel que só acabou em 135 d.C.. Boa parte do reino havia sido queimado por fogo de dragão - as Terras Fluviais por Aemond Targaryen, em particular. Aleijados e foras-da-lei andavam sem rumo pelo reino em grupos de centenas e milhares, e a ordem pública colapsara em muitos lugares. Os nascidos do ferro, sob comando da Lula Gigante Vermelha - que apenas nominalmente se declarara pelos Negros e usara isso como pretexto para saquear as ricas regiões dos Verdes - agora se recusava a aceitar as ordens do rei-menino para parar os saques.[17]
Lorde Cregan Stark e seu exército de homens sem filhos e sem-teto, solteiros e jovens, marchara para Porto Real esperando uma guerra, aventura e saque, e mortes gloriosas. A súbita morte do Rei Aegon II lhes tirara essa chance, deixando Lorde Cregan furioso. Ele desejava punir Ponta Tempestade, Rochedo Casterly e Vilavelha por terem apoiado Aegon II contra Rhaenyra, mas Lorde Velaryon já havia enviado corvos antes de sua chegada, firmando tratados de paz.[17]
A Hora do Lobo
Foi impossível de dissuadir Lorde Cregan em sua vontade de punir os traidores e envenenadores do Rei Aegon II. Ele prendeu vinte e dois homens em nome de Aegon III (Lorde Corlys e Lorde Strong entre eles). Coagido, o Rei Aegon III o nomeou sua Mão do Rei.[17][18]
Lorde Cregan foi Mão do Rei por apenas um dia, dia este preenchido por julgamentos e execuções. Muitos, liderados por Sor Perkin, a Pulga, escolheram vestir o negro e se juntar à Patrulha da Noite. Apenas dois foram executados (Sor Gyles Belgrave da Guarda Real e Larys Strong). Lorde Corlys Velaryon foi poupado graças às maquinações de Baela e Rhaena, que se aliaram a Aegon III e conseguiram convencer Lorde Cregan a poupar o velho em troca da mão de Aly Blackwood. No dia depois das execuções, Lorde Cregan retornou para o Norte, deixando muitos de seus nortenhos no sul.[18]
As "Guerras" dos Regentes
Com o fim da guerra, um conselho de sete regentes foi formado para governar por Aegon III durante sua minoridade. Eles continuariam a reinar até 136 d.C., quando o rei finalmente atingiu idade suficiente para governar sozinho. Nesse período, o reino foi reconstruído.[17]
As disputas entre os regentes ficaram conhecidas como "Guerras dos Regentes", sendo que o mais beligerante foi Lorde Unwin Peake. Devido a essas querelas, dos sete membros originais, apenas um serviu durante todo o mandato: Grande Meistre Munkun.[17]
Foi também durante esse período que Aegon III se casou com a única criança viva do falecido Rei Aegon II: a princesa Jaehaera Targaryen. Jaehaera morreria dois anos depois da mesma forma que sua mãe, Helaena, empalada nas lanças que cercam o fosso seco após cair de uma janela da Fortaleza de Maegor (ao contrário da mãe, contudo, Jaehaera foi empurrada, provavelmente). O rei então se casou novamente, dessa vez com uma prima de Lorde Alyn Velaryon: a senhora Daenaera Velaryon. Desse casamento, surgiram os cinco filhos do rei.[17]
Descobriu-se que Viserys II Targaryen, filho de Rhaenyra e Daemon, sobrevivera nas mãos dos lisenos. Ele foi resgatado por Lorde Alyn e retornou a Porto Real casado com Larra Rogare. Os Rogare, uma importante família de banqueiros lisenos, se envolveram numa trama importante que ajudou a derrubar o poder dos regentes.[17]
Dalton Greyjoy, a Lula Gigante Vermelha, enquanto isso, continuou a arrasar as costas ocidentais. Com a paz, as devastadas Terras Ocidentais e a Campina puderam gradualmente reunir forças para resistir aos nascidos do ferro. Essa guerra privada entre Greyjoy e os lordes das costas ocidentais durou mais três anos durante o coração do inverno. Eventualmente, Dalton Greyjoy morreu em Ilha Bela, assassinado por uma moça nos aposentos de Lorde Farman após estuprá-la. Dalton nunca tomara uma esposa de rocha, e tivera filhos apenas com esposas de sal, o que fez com que outras Casas contestassem os Greyjoy. Após se aproveitar de uma guerra civil para assolar os Sete Reinos por tantos anos, os nascidos do ferro tinham agora sua própria guerra de sucessão. Com sua frota destruída, a Senhora Johanna Lannister persuadiu Sor Leo Costayne, o idoso Senhor Almirante da Campina, a atacar as Ilhas de Ferro em 134 d.C., arrasando vilas inteiras e passando homens, mulheres e crianças na espada como vingança por todos os saques da Lula Gigante Vermelha. A maior parte da frota atacante foi destruída, mas os que voltaram estavam pesados com o saque - e com um dos filhos de Lorde Dalton. A Senhora Johanna manteve o garoto mutilado e o forçou a ser o bobo de seu filho.[17]
Consequências da Dança
A Casa Targaryen saiu muito enfraquecida da Dança devido à morte de vários de seus ramos e da maior parte de seus dragões. De fato, o último dragão morreu durante o reinado de Aegon III.[17]
A Dança dos Dragões teve influências adicionais na futura sucessão dos monarcas Targaryen. Após a morte do Rei Baelor I Targaryen, em 171 d.C., a sucessão do trono não era clara. Como Baelor não tinha filhos e não havia nomeado um herdeiro, alguns lordes e plebeus achavam que o Trono de Ferro deveria passar para a mais velha de suas irmãs, a princesa Daena Targaryen. Contudo, muitos ainda se lembravam da época conturbada em que Rhaenyra Targaryen se sentou no Trono de Ferro. A Dança foi parte da razão pela qual o príncipe Viserys Targaryen, tio de Baelor, foi escolhido para ascender ao trono sobre a selvagem Daena.[19] Ao escolher Viserys em vez de Daena, foi aberto um precedente de que as mulheres sempre viriam depois de todos os homens na sucessão Targaryen desde a Dança.[20] Durante o Reinado do Rei Aerys I Targaryen, sua sobrinha, a princesa Aelora Targaryen, chegou a ser nomeada Princesa de Pedra do Dragão mesmo enquanto seu tio e primos ainda viviam, embora seu próprio suicídio tenha impedido sua ascensão ao trono. Após a morte dela, o príncipe Maekar Targaryen foi feito herdeiro, acima da irmã mais nova de Aelora, a princesa Daenora.[21]
Influências do mundo real
A Dança dos Dragões ocorrida em Westeros parece ter sofrido influência da chamada Anarquia, uma longa guerra de sucessão ocorrida na Inglaterra Medieval. Enquanto Westeros ficou dividida entre Rhaenyra e Aegon II, a coroa da Inglaterra foi disputada pela Imperatriz Maude, filha do falecido rei, Henrique I, e seu primo Stephan, da Casa de Blois.
A crise foi iniciada em decorrência de uma tragédia: o Naufrágio do Navio Branco, que resultou na morte do herdeiro do trono inglês, William Adelin. Diante desse fato, Henry I tomou a decisão inédita de nomear como sucessora sua filha Maude, obrigando que seus barões jurassem fidelidade a ela. Quando ele morreu alguns anos depois devido à uma intoxicação alimentar, seu sobrinho Stephan de Blois, apoiado pela Igreja e por nobres que não aceitavam a ideia de serem governados por uma mulher, tomou o trono para si.
Casada com Geoffrey Plantageneta, Maude reuniu um exército e entrou em guerra com Stephan. Foi uma longa guerra de atrito, já que os castelos da época eram difíceis de cair. Durante uma das fases da guerra, Maude chegou a capturar Stephan e tomar o trono, mas, em Londres, foi forçada a fugir devido a multidões hostis (assim como Rhaenyra abandonou Porto Real durante os tumultos).
O fim da Anarquia também se assemelha ao fim da Dança dos Dragões. O herdeiro de Stephan, Eustace, foi recusado ao trono, de modo que o mesmo foi assumido por Henry II, filho de Maude. A sucessão ocorreu assim devido a um tratado de paz.
Citações
“ | E então a tempestade rebentou, e os dragões dançaram e morreram. | ” |
—— Arquimeistre Gyldain em "O Príncipe Desonesto, ou, Um Irmão do Rei"
|
“ | Se nós fizermos isso, certamente deve levar à guerra. A princesa não vai aceitar humildemente ser posta de lado, e ela tem dragões. | ” |
Referências
- ↑ 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14 1,15 1,16 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Aegon II.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Os pretos e os verdes.
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Um filho por um filho.
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: O dragão vermelho e o dourado.
- ↑ 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6 5,7 5,8 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Rhaenyra triunfante.
- ↑ 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: Rhaenyra destituída.
- ↑ 7,0 7,1 Fogo & Sangue, A morte dos dragões: O breve e triste reinado de Aegon II.
- ↑ Conto de George R. R. Martin dentro do universo de Westeros, chamado "The Princess and the Queen" (23 de Janeiro de 2013), Gelo & Fogo
- ↑ 9,0 9,1 9,2 9,3 Fogo & Sangue, Herdeiros do dragão: Uma questão de sucessão.
- ↑ 10,0 10,1 O Príncipe de Westeros.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Viserys I.
- ↑ 12,00 12,01 12,02 12,03 12,04 12,05 12,06 12,07 12,08 12,09 12,10 12,11 12,12 12,13 12,14 12,15 12,16 12,17 12,18 12,19 12,20 12,21 12,22 12,23 12,24 12,25 12,26 12,27 12,28 12,29 12,30 12,31 12,32 A Princesa e a Rainha.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: As Terras Ocidentais, Casa Lannister sob os Dragões.
- ↑ 14,0 14,1 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: As Ilhas de Ferro, Lula-Gigante Vermelha.
- ↑ 15,0 15,1 15,2 15,3 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: As Terras da Tempestade, Casa Baratheon.
- ↑ 16,0 16,1 16,2 16,3 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: As Terras Fluviais, Casa Tully.
- ↑ 17,0 17,1 17,2 17,3 17,4 17,5 17,6 17,7 17,8 17,9 O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Aegon III.
- ↑ 18,0 18,1 Fogo & Sangue, O momento posterior: A hora do lobo.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Viserys II.
- ↑ So Spake Martin: Comic Con San Diego (20-23 de julho de 2006)
- ↑ Asoiaf.westeros.org: R+L=J v. 164 – Comment by Ran, 12 de dezembro de 2017